segunda-feira, 12 de abril de 2010

394) Uma intolerancia absoluta: contra a mentira e a fraude eleitoral

A tolerância é uma virtude em muitas circuntâncias, sobretudo em matéria de opiniões políticas, escolhas econômicas, preferências sociais e culturais.
Numa coisa, porém, devemos ser absolutamente intolerantes: com os que tentam nos impingir mentiras e praticar fraudes deliberadas com propósitos político-eleitorais.
Ratifico inteiramente o que vai abaixo.
Paulo Roberto de Almeida (13.04.2010)

PISTOLAGEM NA INTERNET E MENTIRA COMO MÉTODO

Reinaldo Azevedo (11.04.2010)

A pistolagem deu plantão ontem na Internet, especialmente no Twitter. E é claro que tentaram invadir também o meu blog. Agora, há uma nova modalidade — na verdade, nem tão nova, mas se tornou mais freqüente; vai ver é fruto já da orientação duzamericânu.

E essa gente escreve coisas mais ou menos assim: “Eu não vou votar na Dilma, mas você não acha que está sendo pouco isento etc, etc, etc?” Ou ainda: “Seu blog é bom, mas acho que você deveria permitir o contraditório…” Pensam que nasci ontem. Ainda que eu fosse bobo, tenho faro. E petralha é bicho que recende… E há o ataque de sempre, acusando-me de parcial, com a variante bucéfala que cobra, como já contei aqui uma vez, que eu seja “menos imparcial”. Vocês sabem como eles são…

Não me impressionam. Não gosto do que pensam. Rejeito suas concepções vesgas de democracia. Mas, acima de tudo, repudio a compulsão dessa gente para a mentira. A começar do alto, do número 1.

Quem quer que tenha ouvido ontem, por exemplo, o discurso do ex-governador Aécio Neves ouviu, afinal de contas, o que ele disse. Aécio defendeu, por exemplo, as privatizações feitas no governo FHC, mas não novas privatizações ou seu reforço. Poderia até tê-lo feito porque não é crime — ao contrário. Mas não o fez.

E como reagiu Lula em São Bernardo? Assim:
“O momento auspicioso foi quando o ex-governador de Minas disse que é preciso reforçar as privatizações. Foi o momento de maior aplauso na festa dele. Mas, se não fosse o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES, nós teríamos sucumbido na crise. Quem fala isso pensa que tem que entregar os dedos porque os anéis entregaram há muito tempo.”

Eis aí. Não há como condescender com prática assim, entendem? Vá lá que pudesse haver algum dúvida sincera sobre os benefícios da privatização para o país — não há, mas façamos de conta. Vá lá que as divergências não tivessem nada a ver com eficiência, só com ideologia mesmo. Ainda assim, talvez eu pudesse tolerar. Mas como tolerar a mentira? Como aceitar que se possa atribuir ao outro o que ele não disse só para dar curso àquela mesma campanha suja feita em 2006, quando Geraldo Alckmin foi acusado de querer privatizar a CEF, a Petrobras e o BB?

Notem que Aécio já passou a ser tratado como inimigo; já caiu na rede de difamação. E a senha é dada pelo próprio Lula. Pedem-me “isenção” em relação a isso? Não mesmo! Nunca! Não posso ser “isento” diante da mentira. E correntes a soldo, agora organizadas peluzamericânu e por aquele coroa que precisa de barbeiro e pente não vão me constranger.

O que há de errado com os petistas? Por que não contestam o que as pessoas efetivamente dizem e fazem? A resposta é simples: se um dia escolherem a verdade, desaparecem.

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