Opinião
Vaidade sem limites
Rodrigo Constantino, diretor do Instituto Liberal.
Opinião e Notícia, 15/06/2010
Luís XIV, o "Rei-Sol" da França, teria dito "o Estado sou eu". Luís Inácio, o "molusco tupiniquim", parece pensar o mesmo.
O presidente Lula não encontra limites para sua vaidade e seu delírio de grandeza. Do alto de sua enorme popularidade, ele dispara comentários absurdos que permanecem impunes na República das Bananas. Sua mais recente demonstração de megalomania foi a afirmação de que Dilma era apenas seu novo nome na cédula eletrônica, para preencher o “vazio” deixado pela sua ausência entre os candidatos. Que Dilma é apenas um “poste” criado por Lula para se manter no poder, muitos já sabiam. Mas que o próprio Presidente faria esta confissão, constatando a insignificância de sua criatura, isso foi uma surpresa.
O editorial do Estadão hoje (O criador e a criatura) bate justamente neste ponto, e merece ser lido com atenção. Outro artigo recomendável hoje é o de Miriam Leitão (Erro repetido), lembrando que o presidente Lula passa longe de ser um estadista que governa para todos. Lula é um político em eterna campanha, ignorando suas funções de chefe do Estado, e ainda por cima ignorando as leis eleitorais do País.
Lula é “o flagrante mais explícito da mistura entre partido e governo”, resume a colunista. Ela compara a situação atual do País, em que o Presidente prefere atacar a oposição quando seu próprio partido cria dossiês ilegais, com o caso Watergate, que derrubou o presidente Nixon nos Estados Unidos. O uso do aparato estatal para fins partidários é um grave crime. Infelizmente, o presidente Lula se coloca acima das leis, e estimula o avanço de práticas nefastas que corroem a democracia.
Luís XIV, o “Rei-Sol” da França, teria dito “o Estado sou eu”. Luiz Inácio, o “molusco tupiniquim”, parece pensar o mesmo. Hoje, seus arroubos de vaidade parecem blindados por sua popularidade. Mas não custa lembrar: Hitler e Mussolini foram bem populares em seus países por algum tempo…
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