Mostrando postagens com marcador aliancas estaduais. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador aliancas estaduais. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Confusao no campo aliado e governista: retrato de uma candidatura enquanto jovem...

Apenas transcrevendo uma matéria de jornal, puramente descritiva:

PT mineiro ignora apelo de Lula, faz prévias e atrapalha palanque de Dilma
Eduardo Kattah de Belo Horizonte, Vera Rosa de Brasília
O Estado de S.Paulo, 03 de maio de 2010

Dispostos a adiar ao máximo a definição do candidato da base aliada ao governo de Minas, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, e o ex-ministro do Desenvolvimento Social Patrus Ananias, disputaram ontem uma prévia no PT e endureceram o tom contra o PMDB. Patrus criticou a política da "moeda de troca" e Pimentel rejeitou "ultimatos".

O novo enfrentamento irritou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Contrariado, Lula mandou avisar os dois de que quer o impasse resolvido até o fim deste mês. Para ele, a "novela" em Minas já começa a atrapalhar a campanha da petista Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto.

A prévia foi convocada pelo PT para a escolha do candidato ao Palácio da Liberdade. Para garantir o apoio do PMDB a Dilma, porém, Lula concordou em ceder à principal reivindicação do partido, que pede a cabeça da chapa para o senador Hélio Costa. Na composição desejada pelo Planalto, o PT fica com uma vaga ao Senado, além da vice.

"Na história do Brasil e do PT, Minas Gerais nunca foi tratada como moeda de troca", desafiou Patrus, que largou na frente. Na primeira apuração parcial dos votos, contabilizadas as urnas de 97 dos 605 municípios, Patrus liderava a consulta com 51,60% (3.026 votos). Pimentel tinha 48,40% (2.835 votos).

O esforço do Planalto para o acordo em Minas tem fator adicional: trata-se do segundo colégio eleitoral do País, hoje administrado pelo PSDB. Detalhe: o candidato do PSDB, José Serra, está bem à frente de Dilma na região Sudeste.

Amigo de Dilma e um dos principais coordenadores de sua campanha, Pimentel disse não haver motivos para preocupação e garantiu que a petista terá "palanque único" no Estado.

Lula já deu sinal verde para o Diretório Nacional do PT intervir na seção mineira, caso o partido não se entenda com Costa. Quer solução rápida porque o PMDB promoverá um megaencontro no próximo dia 15 para anunciar o aval a Dilma e apresentar o presidente da Câmara, Michel Temer (SP), como vice da chapa. O governo está de olho no tempo de TV do PMDB.

"O meu querido amigo Hélio Costa não tem condições de dar ultimato ao PT", provocou Pimentel. "Ele sabe que não pode fazer isso e não o fará."

O nome do vencedor da prévia sairá hoje, mas terá de passar pelo crivo do encontro estadual do PT, de 21 a 23 deste mês. A ideia, porém, é ganhar tempo e empurrar a definição do candidato até junho para cansar o PMDB e fazer o partido desistir do plano de eleger Costa à cadeira ocupada por Antonio Anastasia (PSDB).

"Fixar prazo, em política, empobrece a discussão", insistiu Pimentel. "O prazo legal de registro da chapa é 3 de julho."

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, não escondeu o desconforto do governo com o impasse. "A nossa expectativa é de que o PT de Minas encerre logo essa disputa e sente com os aliados para que possamos montar o palanque único e começar a campanha da Dilma no Estado", afirmou Padilha. "Não existe candidato que saia sozinho." Pelos cálculos do PT mineiro, o quórum da prévia foi baixo: dos 108 mil filiados aptos a votar, o comparecimento às urnas não ultrapassou 30 mil.


Sinal amarelo nos Estados

Outros problemas para os petistas

Maranhão
Lula entrou em campo para obrigar o PT do Maranhão a apoiar a candidatura da governadora Roseana Sarney (PMDB). Antigo adversário da família Sarney, o PT decidiu se aliar ao deputado Flávio Dino (PC do B). Mas uma ala do partido, com cargos na equipe de Roseana, promete rever a decisão.

Pará
Para apoiar a reeleição da governadora Ana Júlia Carepa (PT), o deputado Jader Barbalho (PMDB) quer reconquistar cargos estratégicos. Em rota de colisão com Ana Julia, Jader flerta com os tucanos e ameaça lançar seu sobrinho, José Priante, ao governo, garantindo um lugar na chapa para o Senado.
Rio
Candidato a um segundo mandato, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), prometeu aval a Dilma, mas não admite que ela pise no palanque de seu adversário, Anthony Garotinho (PR). O PT não sabe como administrar o problema, pois Garotinho também espera retribuição por aderir à campanha de Dilma.

Paraná
O PT pode perder o apoio do senador Osmar Dias (PDT), candidato ao governo. Ele está aborrecido com a insistência do PT em lançar Gleise Hoffmann ao Senado porque quer que ela seja vice na chapa. Alega que o PT está atrapalhando as negociações com o PP e flerta com o PSDB de Beto Richa.

Rio Grande do Sul
O PMDB está em cima do muro. O ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, não declarou apoio ao tucano José Serra, nem fechou com Dilma. A base aliada está dividida: o PT lançou Tarso Genro, o PSB apresentou Beto Albuquerque e o PP ameaça fechar aliança com a governadora Yeda Crusius (PSDB).

Bahia
São cada vez mais fortes as estocadas entre o governador Jaques Wagner (PT), candidato à reeleição, e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). Os partidos governistas estão divididos e o PR aderiu a Geddel.

domingo, 25 de abril de 2010

426) Aliancas estaduais complicadas para o PT - Parana online

PT tem mais dificuldades que PSDB para montar palanques
Roger Pereira
Paraná online, 25/04/2010

A dificuldade em construir um palanque competitivo para a pré-candidata do partido, Dilma Rousseff, à presidência da República, não é um problema exclusivo do PT do Paraná.

Mas, se o PT paranaense sofre com o risco de ter que lançar uma candidatura própria de última hora para não ficar sem palanque em caso de insucesso da aliança com Osmar Dias (PDT), em outros estados é a existência de mais de um pré-candidato da base de apoio ao governo Lula que cria a ameaça de racha e enfraquecimento do palanque.

A aliança nacional entre PT e PMDB é a principal causa de conflito em, pelo menos, oito estados, onde a candidatura própria peemedebista cria palanque duplo ou possibilidade de racha com candidaturas do PT ou de outros partidos da base.

O impasse sobre a candidatura de Ciro Gomes (PSB) à presidência, também pode dificultar a formação de alguns palanques petistas. Da costura que o PT conseguir fazer nos estados, também pode ser definido o futuro dos palanques regionais de José Serra (PSDB), já que há estados onde até os três principais pré-candidatos são da base de Lula. Nesses locais, o PSDB espera o racha para formar sua aliança.

Um estado em que PMDB e PT certamente não estarão juntos é no Rio Grande do Sul. O PMDB lançará o ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, contra o ex-ministro Tarso Genro (PT).

Mas dessa disputa o PSDB não irá se aproveitar, já que também terá candidatura própria, da governador Yeda Crussius, candidata à reeleição. Já na Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba e, principalmente, no Mato Grosso do Sul, a existência de mais de um candidato da base de Lula pode criar o palanque de Serra.

Candidato à reeleição, André Puccinelli (PMDB) condiciona a apoio a Dilma ao palanque único da aliança no Estado, mas o PT ainda alimenta a pré-candidatura de Zeca do PT. Puccinelli tem a simpatia do PSDB e poderia formar palanque para Serra, hipótese reforçada com a pré-candidatura de seu vice, Murilo Zauith (DEM) ao Senado.

No Ceará, tanto PT como PSDB simpatizam com a reeleição de Cid Gomes (PSB), mas a presidente estadual do PT, Luiziane Lins, prefeita de Fortaleza, não admite o apoio do irmão de Ciro Gomes à candidatura ao Senado de Tasso Jereissati (PSDB), ameaçando melar a aliança e lançar candidato próprio ao governo, empurrando Cid para o palanque de Serra.

Em Pernambuco, Bahia, Acre, Espírito Santo e Paraíba, o desentendimento entre PT e PMDB pode beneficiar o palanque de Serra, que já declarou apoio a Jarbas Vasconcelos (PMDB) contra o atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), favorito de Dilma.

Na Bahia, os tucanos torcem pelo rompimento entre Jaques Wagner (PT) e Geddel Vieira Lima (PMDB), para ganhar o apoio do peemedebista. Caso contrário, Serra vai de Paulo Souto (DEM). Situação semelhante à do Acre, onde o PSDB pode abrir mão da candidatura própria para se aliar a Rodrigo Pinto (PMDB), contra Tião Viana (PT).

No Espírito Santo e na Paraíba, o PSDB estuda apoiar o candidato do PSB contra o PMDB, que terá apoio do PT nestes estados. Se conseguir compor, no entanto, o PT pode complicar o palanque de Serra.

O PT ainda tem problemas de palanque duplo em Minas Gerais, onde o ex-ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel disputarão prévias partidárias, mas ainda há a candidatura posta do ex-ministro Hélio Costa (PMDB). No Maranhão, o partido está divido entre Rosena Sarney (PMDB), Jackson Lago (PDT) e Flávio Dino (PCdoB).
Tucanos estão mais enxutos

Com uma coligação bem mais enxuta no plano nacional (três partidos de oposição, PSDB, DEM e PPS, contra 10 da base de Lula) o PSDB tem menos problemas para montar os palanques de José Serra pelos estados.

Mas também não deixa de enfrentar as suas dificuldades. Como acontece no Maranhão, onde o partido não cogita apoiar Roseana Sarney, mas conversa, até, com o candidato do PCdoB, Flávio Dino. O partido também pode ir com Jackson Lago, do PDT.

Mas os principais problemas tucanos estão em Santa Catarina, Goiás, Amazonas e Rio de Janeiro, além da Paraíba e do Espírito Santo, onde o grupo do pré-candidato José Serra torce para que ocorra um racha dos partidos que integram a base de de sustentação do presidente Lula.

Em Santa Catarina, o palanque de Serra é incerto. Dos três principais candidatos, apenas a senadora Ideli Salvati (PT) já sabe de que lado estará na eleição nacional.

Dário Berger (PMDB) e Angela Amim (PP) ainda aguardam definição de seus partidos. O PMDB de Santa Catarina é um dos diretórios estaduais contrários a aliança nacional com o PT e defensores da candidatura própria do partido.

No Amazonas, o partido deve apoiar o candidato do PSB, Serafim Côrrea, mas o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio conversa com o ex-ministro Alfredo Nascimento (PR), que terá o apoio do PT.

Em Goiás, o pré-candidato tucano, Marconi Perillo sofre resistência do DEM de Ronaldo Caiado e o PSDB nacional poderá ter de intervir para impor uma composição.
Problemas para Serra no Rio e no sul do País

No Rio de Janeiro, um dos estados em que a candidatura de Dilma Rousseff é mais forte, com o apoio do governador e candidato à reeleição Sérgio Cabral (PMDB), o PSDB está envolvido em problemas.

O PSDB apóia a pré-candidatura do deputado federal Fernando Gabeira (PV), mas tem que dividir o apoio do partido com a senadora Marina Silva, além de administrar a resistência do pré-candidato do PV a se aliar ao DEM de César Maia, que reivindica uma vaga na chapa para o Senado. Gabeira já cogita desistir da candidatura se tiver que se aliar ao DEM.

Integrante da direção nacional do PSDB, o senador Álvaro Dias avalia que a região Sul é um dos espaços onde o pré-candidato do PSDB à presidência da República José Serra poderia ter conseguido ampliar seus espaços se tivesse feito as composições desejadas.

Álvaro avalia que no Rio Grande do Sul, se a governadora Yeda Crusius não tivesse insistido na candidatura, Serra teria conquistado o PMDB para seu palanque.

Com popularidade e desempenho eleitorais baixos, Yeda, com sua pré-candidatura, impediu que o PSDB ganhasse o apoio do ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça e de todo o PMDB do estado. Lá, os peemedebistas devem seguir a aliança nacional do partido com o PT.

Santa Catarina, Álvaro avalia que o PMDB deve estar no palanque de Serra, mas a aliança poderia juntar outros partidos, como o PP, onde a pré-candidata Ângela Amin ainda não se definiu.

No Paraná, Álvaro lembra que se o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa tivesse permanecido na prefeitura, o senador tucano seria o candidato ao governo e Serra poderia ter o apoio do PMDB e do PDT. "Eu não gosto de falar sobre o Paraná, mas o Estado poderia ter dado ao Serra um dos mais fortes palanques no país", resumiu.