terça-feira, 7 de julho de 2009

20) Empresarios socialistas....

Bem, nao é o caso, mas é incrivel como empresários corporatistas, acostumados com a proteção e as benesses do Estado, se acomodam com quem lhes promete proteção e apoio, e se esquecem dos princípios supostamente capitalistas que deveriam guiar suas atividades.
Eles não percebem que o governo lhes presta favores com uma mão, lhes dá créditos subsidiados por um lado, e com a outra mão, pelo outro lado, surripia recursos de toda a sociedade, inclusive deles mesmos, para financiar essas prodigalidades setoriais.
São estúpidos, certamente, ainda que pensem que estão agindo espertamente ao buscar favores setoriais ou limitados ao âmbito de suas atividades.

A pragmática e o esquerdista
Portal da revista Exame
Por Malu Gaspar | 01/07/2009 - 17:25

A transformação de Dilma Roussef em candidata palatável para o PIB nacional tem sido tão bem sucedida que muitos empresários que no passado se declaravam eleitores do governador de São Paulo, José Serra, hoje consideram Dilma uma opção mais razoável. Quem diz isso é um dos executivos que ouvi (leia post abaixo), presidente de uma das
empresas que mais cresce no setor imobiliário. "Antes eu diria que 99% dos empresários votavam no Serra. Hoje já arrisco apostar que o inverso é cada vez mais provável", afirma ele. Entre as razões para essa mudança, além do crescimento de Dilma nas pesquisas, está a impressão geral de que a ministra é mais pragmática e menos "esquerdista" que o tucano. "Ela ouve mais e é menos cabeça-dura", diz o empresário com quem conversei. Frases do mesmo teor foram repetidas na semana passada por pesos pesados de outros setores, durante a posse de José Luiz Alquéres, presidente da Light, na presidência da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Serra era esperado no evento,
mas não foi, alegando problemas de saúde.
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Minha Casa, Minha Dilma
Por Malu Gaspar | 01/07/2009 - 17:14

A expressão acima, apelido que políticos e empresários do setor imobiliário deram ao programa habitacional do governo Lula, é mais do que mera galhofa. O ibope que a ministra da Casa Civil ganhou com os donos de construtora faz supor que, se não for a maior arma de propaganda eleitoral de Dilma, o Minha Casa, Minha Vida (esse é o nome
correto do programa) pelo menos terá rendido apoios preciosos para 2010. Em conversa recente com executivos de duas das maiores construtoras do Brasil, soube que os bambambams do setor ficaram encantados com a rapidez e objetividade de Dilma Roussef nas negociações para que o programa saísse do papel. "Ela tomou para si a missão de fazer a coisa acontecer. Aceitou muitas sugestões e ligava pessoalmente para cobrar as tarefas", conta um deles. As conversas duraram quatro meses, período em que os empresários conseguiram emplacar o financiamento do seguro de vida e de inadimplência e
diversas outras mudanças que agradaram os donos de construtora a ponto de transformá-los em eleitores. E esse não é um apoio qualquer. Além de responder por estimados 10% do PIB, o setor é dos que mais devem crescer nos próximos anos. Um estudo recente da FGV estimou que, num cenário de queda dos juros, 1,6 milhão de novas unidades habitacionais serão construídas no Brasil até 2017.

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