Mas mentem de forma canhestra, incompetente, calhorda, como diria o coordenador de campanha, Ciro Gomes, que por acaso não votou na sua candidata, que antes achava incompetente e pouco inteligente.
O problema do PT e dos petistas é que para eles a mentira é uma segunda natureza, uma forma de viver, mentem de forma compulsiva, incontrolável, irrenunciável...
Quem quer que lide com esse pessoal, precisa ter um estomago forrado de aço, para aguentar tanta desfaçatez, tanta sem-vergonhice, tanta cara-de-pau...
Paulo Roberto de Almeida
Ao tentar desmentir “boatos”, PT se contradiz sobre aborto
Site da Veja, 07/10/2010 às 19:42
O PT lançou no site da presidenciável Dilma Rousseff uma sessão chamada “Em nome da verdade”. O objetivo é desmentir aquilo que os petistas classificam como boatos. A sessão foi inaugurada nesta quarta-feira, e já tem quatro notas. Uma delas desmente que a candidata tenha dito “Nem Cristo me tira essa vitória”.
Outra esclarece que a candidata pode, sim, entrar nos Estados Unidos, apesar de ter participado da luta armada durante a ditadura militar. Uma terceira notícia diz respeito à mudança no regime das aposentadorias. “Mentira”, dizem os petistas. Mas há um texto que aborda o tema mais delicado da campanha: a liberação do aborto.
Neste caso, o partido derrapa. O texto publicado no site de Dilma afirma que “o PT não defende e nunca defendeu o aborto”. Mas o 3º Congresso da legenda, no ano passado, definiu como diretriz partidária a defesa da “autodeterminação das mulheres e da descriminalização do aborto”.
Referências -- Em 2009, em oposição à criação da CPI do Aborto no Congresso, o comando do partido emitiu uma nota em que afirma: “O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores é contrário a CPI do Aborto e reafirma o compromisso de luta pela descriminalização do aborto”. No site do partido na internet, há várias outras referências a essa posição. Em uma delas, a Secretaria de Mulheres do PT trata a descriminalização como um “dever do estado”.
Além disso, a própria Dilma Rousseff, que hoje se diz contra a descriminalização da prática, parece ter mudado de opinião ao longo do tempo. Há três anos, em sabatina na Folha de S.Paulo, ela foi direta: “Eu acho que tem que haver a descriminalização. Hoje, no Brasil, é um absurdo que não haja”.
Mostrando postagens com marcador mentiras e distorcoes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mentiras e distorcoes. Mostrar todas as postagens
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
O estado da campanha, ou o estado a que chegamos (2): em retrospecto...
Em retrospecto, chega a ser ironico o que diz o presidente do PT...
PT pede para Polícia Federal investigar caso Erenice
Eduardo Militão
Congresso em Foco, 16/09/2010
Partido também abre representações criminal e civil contra denunciante por ter certeza de que acusações não procedem
O Partido dos Trabalhadores revolveu ir à Justiça para tentar desvincular a candidata Dilma Rousseff das denúncias envolvendo a ex-ministra Erenice Guerra, que deixou o governo hoje. Segundo o consultor de empresas Rubnei Quícoli, o lobby promovido pela família de Erenice incluía suborno de R$ 5 milhões para a pré-candidatura de Dilma, de acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
No final da tarde desta quinta-feira (16), o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, anunciou que o partido vai pedir à Polícia Federal que investigue se são verdadeiras as acusações de Quícoli. Ao mesmo tempo, o PT vai abrir uma representação criminal por calúnia e difamação contra o consultor, que ainda responderá a uma ação cível pedindo uma indenização.
Dutra afirmou que as ações contra o denunciante serão antecipadas às conclusões da PF porque os petistas têm certeza de que as afirmações de Quícoli são falsas. “Nós temos absoluta convicção de que isso não existiu”, afirmou o presidente nacional do PT, na sede do partido, em Brasília.
Ele fez menção aos dois processos em que Quícoli foi condenado, um deles por receptação de carga roubada. “Nós não admitimos que ninguém, nem mesmo e principalmente uma cidadão com essa folha corrida, faça essa tentativa de forjar a partipação do PT nesse episódio”, disse Dutra.
O presidente do partido disse que não vai orientar a PF a ouvir a ex-ministra Erenice Guerra, o filho dela, Israel Guerra, ou o ex-diretor dos Correio, Marco Antônio Oliveira, embora acredite que este último deverá ser ouvido.
De acordo com Quícoli, Oliveira lhe pediu R$ 5 milhões no início deste ano para ver o projeto de energia solar ser aprovado pelo BNDES para pagar dívida da “mulher de ferro”, apontada pelo consultor como sendo Dilma. Oliveira negou a afirmação. Em nota divulgada hoje, o BNDES rechaçou que o projeto patrocinado por Quícoli tenha sido rejeitado por conta de lobbies.
Segundo Dutra, só o presidente do PT e o tesoureiro tinham autorização para pedir dinheiro para a pré-campanha até 5 de junho. Depois, disso, só o tesoureiro. Dutra disse que, se for provado que Oliveira pediu recursos em nome do partido, ele também será processado.
Só insinuação
O presidente do PT afirmou hoje que não vai haver processo contra o consultor Fábio Baracat, entrevistado pela revista Veja. Ele afirma que pagou propina para o filho de Erenice Guerra, também citado por Quícoli, para fechar contratos com os Correios. Baracat relatou à revista uma frase atribuída a Erenice, sobre o atraso nos pagamentos: “Entenda, Fábio, que nós temos compromissos políticos a cumprir”.
Segundo Dutra, isso não motivará processos porque não foi citada diretamente a campanha de Dilma. “Isso foi só uma insinuação.”
Obstrução
O presidente nacional do PT disse que Erenice saiu para poder se defender. E avaliou que ela tomou essa atitude também para não ser acusada de obstruir as investigações da Comissão de Ética da Presidência e da Controladoria Geral da União (CGU).
Dutra evitou dizer se a saída de Erenice foi boa para blindar a campanha de ataques. “A campanha não tem relação com o governo. A decisão da saída foi do governo”, argumentou Dutra. Ele disse que bom para a campanha seria que houvesse debate de propostas e não “baixaria” patrocinada pela oposição.
Após denúncia de lobby, Erenice deixa Casa Civil
PT pede para Polícia Federal investigar caso Erenice
Eduardo Militão
Congresso em Foco, 16/09/2010
Partido também abre representações criminal e civil contra denunciante por ter certeza de que acusações não procedem
O Partido dos Trabalhadores revolveu ir à Justiça para tentar desvincular a candidata Dilma Rousseff das denúncias envolvendo a ex-ministra Erenice Guerra, que deixou o governo hoje. Segundo o consultor de empresas Rubnei Quícoli, o lobby promovido pela família de Erenice incluía suborno de R$ 5 milhões para a pré-candidatura de Dilma, de acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
No final da tarde desta quinta-feira (16), o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, anunciou que o partido vai pedir à Polícia Federal que investigue se são verdadeiras as acusações de Quícoli. Ao mesmo tempo, o PT vai abrir uma representação criminal por calúnia e difamação contra o consultor, que ainda responderá a uma ação cível pedindo uma indenização.
Dutra afirmou que as ações contra o denunciante serão antecipadas às conclusões da PF porque os petistas têm certeza de que as afirmações de Quícoli são falsas. “Nós temos absoluta convicção de que isso não existiu”, afirmou o presidente nacional do PT, na sede do partido, em Brasília.
Ele fez menção aos dois processos em que Quícoli foi condenado, um deles por receptação de carga roubada. “Nós não admitimos que ninguém, nem mesmo e principalmente uma cidadão com essa folha corrida, faça essa tentativa de forjar a partipação do PT nesse episódio”, disse Dutra.
O presidente do partido disse que não vai orientar a PF a ouvir a ex-ministra Erenice Guerra, o filho dela, Israel Guerra, ou o ex-diretor dos Correio, Marco Antônio Oliveira, embora acredite que este último deverá ser ouvido.
De acordo com Quícoli, Oliveira lhe pediu R$ 5 milhões no início deste ano para ver o projeto de energia solar ser aprovado pelo BNDES para pagar dívida da “mulher de ferro”, apontada pelo consultor como sendo Dilma. Oliveira negou a afirmação. Em nota divulgada hoje, o BNDES rechaçou que o projeto patrocinado por Quícoli tenha sido rejeitado por conta de lobbies.
Segundo Dutra, só o presidente do PT e o tesoureiro tinham autorização para pedir dinheiro para a pré-campanha até 5 de junho. Depois, disso, só o tesoureiro. Dutra disse que, se for provado que Oliveira pediu recursos em nome do partido, ele também será processado.
Só insinuação
O presidente do PT afirmou hoje que não vai haver processo contra o consultor Fábio Baracat, entrevistado pela revista Veja. Ele afirma que pagou propina para o filho de Erenice Guerra, também citado por Quícoli, para fechar contratos com os Correios. Baracat relatou à revista uma frase atribuída a Erenice, sobre o atraso nos pagamentos: “Entenda, Fábio, que nós temos compromissos políticos a cumprir”.
Segundo Dutra, isso não motivará processos porque não foi citada diretamente a campanha de Dilma. “Isso foi só uma insinuação.”
Obstrução
O presidente nacional do PT disse que Erenice saiu para poder se defender. E avaliou que ela tomou essa atitude também para não ser acusada de obstruir as investigações da Comissão de Ética da Presidência e da Controladoria Geral da União (CGU).
Dutra evitou dizer se a saída de Erenice foi boa para blindar a campanha de ataques. “A campanha não tem relação com o governo. A decisão da saída foi do governo”, argumentou Dutra. Ele disse que bom para a campanha seria que houvesse debate de propostas e não “baixaria” patrocinada pela oposição.
Após denúncia de lobby, Erenice deixa Casa Civil
Marcadores:
ilegalidades eleitorais,
mentiras e distorcoes
quarta-feira, 16 de junho de 2010
O PT exagerou na cara de pau: uma desfacatez muito grande
Este blog se ocupa de questões políticas, de temas partidários, e de eleições e preferências políticas. Ele se ocupa de ideias, entre outras ideias politicas, mas sobretudo de princípios, valores, políticas públicas. Ele pretende preservar a dignidade das boas ideias politicas e contribuir para a melhora dos "costumes políticos" no Brasil.
Raramente, ou quase nunca, eu postaria uma matéria como essa que vai abaixo, se não fosse por uma legítima indignação com a mentira, a desfaçatez, a cara-de-pau e a sem-vergonhice, tão evidentes no tema básica.
Ou seja, o partido que vem usando golpes baixos, que vem montando dossiês e que mente desbragadamente com respeito a suas patifarias pretende acusar os adversários de fazer todas aquelas trapaças às quais ele mesmo recorre e usa extensa e intensivamente.
Como se diz em linguagem popular: é muita cara-de-pau.
Creio que atitudes como essa, merecem denúncia e repúdio indignado, pelo menos da parte de todos aqueles que gostariam de ver uma campanha presidencial de alto nível, com eleições marcadas pela lisura, pelo debate aberto, pela sinceridade de propósitos, enfim.
Minha contribuição à campanha atual, para manter meus princípios e valores, seria confirmar meu total repúdio a esse tipo de atitude, e dizer o que segue:
1) A campanha política será marcada por uma disputa eleitoral entre dois candidatos em torno dos quais se dará o debate político sobre como cada um pretende conduzir a próxima presidência, com base nas suas percepções pessoais sobre os problemas principais do Brasil e suas propostas de soluções. Não estão em causa a administração FHC e sequer a de Lula. As manipulações e tentativas para desviar o foco do debate e orientá-lo em comparações com o passado são a meu ver equivocadas.
2) A acusação de que a oposição aposta no "quanto pior melhor" é de absoluta má-fé e de distorção da verdadeira realidade. Quem recorre a todos os expedientes para tentar ganhar é o PT, que intervem vergonhosamente num diretório estadual para distorcer a vontade de seus militantes e quadros regionais.
3) Acusar alguém de "submissão internacional" é de tão baixo nível que sequer cabe uma rejeição desse inventado propósito, feito de má-fé, numa atitude praticamente criminosa.
4) Finalmente, quando aos grandes temas propostos para campanha -- "reforma agrária, democratização da comunicação social e implantação do imposto sobre grandes riquezas" -- minhas únicas observações são estas: reforma agrária é uma questão praticamente marginal hoje em dia, pertencendo ao Brasil de um passado de agricultura atrasada e pouco capitalizada; "democratização da comunicação social" é um outro nome para a tentativa autoritária e liberticida de controlar a imprensa, criando o que se chama de "grande irmão censor"; imposto sobre as grandes fortunas pode até ser discutido, mas num contexto eleitoral significa pretender fazer demagogia classista, jogando os pobres contra os ricos, para tentar fazer crer que os pobres estariam em melhor situação se esse imposto fosse criado, já que anima a sanha distributivista dos ingênuos, que não sabem que seria mais uma maneira de dar dinheiro a um Estado já superdimensionado, um ogro insaciável em sua extorsão tributária.
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 16.06.2010)
PT volta a atacar imprensa e fala em manipulação
Leila Suwwan
O Globo, 16/06/2010
Partido aprova resolução afirmando que oposição usará golpes baixos e grandes meios de comunicação na campanha
Resolução política do PT aprovada na última sexta-feira ataca a imprensa e afirma que a disputa será marcada por "golpes baixos" e "tentativa de manipulação dos meios de comunicação". O documento afirma que a oposição e seus "apoiadores nos meios de comunicação" tentarão influenciar o resultado da eleição. Também conclama a militância a transformar os esforços da chapa Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) em uma campanha de massas, e a insistir na comparação entre os governos de Lula e Fernando Henrique Cardoso.
O documentou resultou da reunião do Diretório Nacional do partido, semana passada, em São Paulo, e foi divulgado no site do PT. Na mesma reunião, foi decidida a intervenção no diretório regional do Maranhão para garantir o apoio à reeleição de Roseana Sarney (PMDB) para o governo. O diretório regional havia optado pelo apoio a Flávio Dino (PCdoB).
O documento já antecipava orientações presentes também no discurso do presidente Lula na convenção do partido, no último domingo, quando ele avaliou como "quase absoluta" a chance de vitória. "Devemos estar preparados para uma campanha de golpes baixos. (...) E que sinaliza qual será o comportamento de uma parte da oposição durante nosso futuro governo", diz o texto do partido.
O documento afirma que "a oposição e seus apoiadores nos meios de comunicação já demonstraram, por diversas vezes, estar dispostos a absolutamente tudo para tentar ganhar as eleições". "Farão de tudo para levar a eleição ao segundo turno, apoiando outras candidaturas, estimulando a judicialização da política, usando os grandes meios de comunicação como boletins de campanha, atacando os direitos humanos, torcendo para que a nova etapa da crise internacional altere para pior as condições do Brasil, produzindo crise cambial, alta de juros e primarização de nossa pauta de exportações."
O diagnóstico é baseado em acontecimentos das últimas semanas, sem citar o suposto dossiê e acusando o candidato tucano, José Serra, de usurpar mensagens de continuidade. A análise do partido é de que a estratégia do PSDB não teve êxito. Fala em dianteira nas pesquisas, crescimento de Dilma e "estancamento" de Serra - os candidatos estavam tecnicamente empatados nas últimas sondagens. O PT pede que a militância "não baixe a guarda".
O texto acusa o tucano José Serra de "submissão" internacional: "O candidato da oposição ataca a política externa brasileira, deixando evidente que sua opção é pela submissão aos poderosos de ontem, sem perceber que o mundo está mudando e que nosso país já é um dos protagonistas de uma nova época que está nascendo".
A resolução apresenta uma espécie de manual para discussões eleitorais, ancorado na comparação entre os governos Lula (2003-2010) e Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
"Interessa explicar as vantagens do modelo de partilha frente ao modelo de concessão; o papel decisivo que os bancos públicos jogaram, para evitar os efeitos mais perversos da crise internacional; o papel da elevação do salário mínimo e de programas de transferência de renda, para estimular um mercado interno que sustentou o crescimento do país", afirma o documento.
O texto pede o envolvimento dos partidos de esquerda, movimentos sociais e intelectuais para aprofundar o caráter popular do governo e alcançar três objetivos: reforma agrária, democratização da comunicação social e implantação do imposto sobre grandes riquezas.
Raramente, ou quase nunca, eu postaria uma matéria como essa que vai abaixo, se não fosse por uma legítima indignação com a mentira, a desfaçatez, a cara-de-pau e a sem-vergonhice, tão evidentes no tema básica.
Ou seja, o partido que vem usando golpes baixos, que vem montando dossiês e que mente desbragadamente com respeito a suas patifarias pretende acusar os adversários de fazer todas aquelas trapaças às quais ele mesmo recorre e usa extensa e intensivamente.
Como se diz em linguagem popular: é muita cara-de-pau.
Creio que atitudes como essa, merecem denúncia e repúdio indignado, pelo menos da parte de todos aqueles que gostariam de ver uma campanha presidencial de alto nível, com eleições marcadas pela lisura, pelo debate aberto, pela sinceridade de propósitos, enfim.
Minha contribuição à campanha atual, para manter meus princípios e valores, seria confirmar meu total repúdio a esse tipo de atitude, e dizer o que segue:
1) A campanha política será marcada por uma disputa eleitoral entre dois candidatos em torno dos quais se dará o debate político sobre como cada um pretende conduzir a próxima presidência, com base nas suas percepções pessoais sobre os problemas principais do Brasil e suas propostas de soluções. Não estão em causa a administração FHC e sequer a de Lula. As manipulações e tentativas para desviar o foco do debate e orientá-lo em comparações com o passado são a meu ver equivocadas.
2) A acusação de que a oposição aposta no "quanto pior melhor" é de absoluta má-fé e de distorção da verdadeira realidade. Quem recorre a todos os expedientes para tentar ganhar é o PT, que intervem vergonhosamente num diretório estadual para distorcer a vontade de seus militantes e quadros regionais.
3) Acusar alguém de "submissão internacional" é de tão baixo nível que sequer cabe uma rejeição desse inventado propósito, feito de má-fé, numa atitude praticamente criminosa.
4) Finalmente, quando aos grandes temas propostos para campanha -- "reforma agrária, democratização da comunicação social e implantação do imposto sobre grandes riquezas" -- minhas únicas observações são estas: reforma agrária é uma questão praticamente marginal hoje em dia, pertencendo ao Brasil de um passado de agricultura atrasada e pouco capitalizada; "democratização da comunicação social" é um outro nome para a tentativa autoritária e liberticida de controlar a imprensa, criando o que se chama de "grande irmão censor"; imposto sobre as grandes fortunas pode até ser discutido, mas num contexto eleitoral significa pretender fazer demagogia classista, jogando os pobres contra os ricos, para tentar fazer crer que os pobres estariam em melhor situação se esse imposto fosse criado, já que anima a sanha distributivista dos ingênuos, que não sabem que seria mais uma maneira de dar dinheiro a um Estado já superdimensionado, um ogro insaciável em sua extorsão tributária.
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 16.06.2010)
PT volta a atacar imprensa e fala em manipulação
Leila Suwwan
O Globo, 16/06/2010
Partido aprova resolução afirmando que oposição usará golpes baixos e grandes meios de comunicação na campanha
Resolução política do PT aprovada na última sexta-feira ataca a imprensa e afirma que a disputa será marcada por "golpes baixos" e "tentativa de manipulação dos meios de comunicação". O documento afirma que a oposição e seus "apoiadores nos meios de comunicação" tentarão influenciar o resultado da eleição. Também conclama a militância a transformar os esforços da chapa Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) em uma campanha de massas, e a insistir na comparação entre os governos de Lula e Fernando Henrique Cardoso.
O documentou resultou da reunião do Diretório Nacional do partido, semana passada, em São Paulo, e foi divulgado no site do PT. Na mesma reunião, foi decidida a intervenção no diretório regional do Maranhão para garantir o apoio à reeleição de Roseana Sarney (PMDB) para o governo. O diretório regional havia optado pelo apoio a Flávio Dino (PCdoB).
O documento já antecipava orientações presentes também no discurso do presidente Lula na convenção do partido, no último domingo, quando ele avaliou como "quase absoluta" a chance de vitória. "Devemos estar preparados para uma campanha de golpes baixos. (...) E que sinaliza qual será o comportamento de uma parte da oposição durante nosso futuro governo", diz o texto do partido.
O documento afirma que "a oposição e seus apoiadores nos meios de comunicação já demonstraram, por diversas vezes, estar dispostos a absolutamente tudo para tentar ganhar as eleições". "Farão de tudo para levar a eleição ao segundo turno, apoiando outras candidaturas, estimulando a judicialização da política, usando os grandes meios de comunicação como boletins de campanha, atacando os direitos humanos, torcendo para que a nova etapa da crise internacional altere para pior as condições do Brasil, produzindo crise cambial, alta de juros e primarização de nossa pauta de exportações."
O diagnóstico é baseado em acontecimentos das últimas semanas, sem citar o suposto dossiê e acusando o candidato tucano, José Serra, de usurpar mensagens de continuidade. A análise do partido é de que a estratégia do PSDB não teve êxito. Fala em dianteira nas pesquisas, crescimento de Dilma e "estancamento" de Serra - os candidatos estavam tecnicamente empatados nas últimas sondagens. O PT pede que a militância "não baixe a guarda".
O texto acusa o tucano José Serra de "submissão" internacional: "O candidato da oposição ataca a política externa brasileira, deixando evidente que sua opção é pela submissão aos poderosos de ontem, sem perceber que o mundo está mudando e que nosso país já é um dos protagonistas de uma nova época que está nascendo".
A resolução apresenta uma espécie de manual para discussões eleitorais, ancorado na comparação entre os governos Lula (2003-2010) e Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
"Interessa explicar as vantagens do modelo de partilha frente ao modelo de concessão; o papel decisivo que os bancos públicos jogaram, para evitar os efeitos mais perversos da crise internacional; o papel da elevação do salário mínimo e de programas de transferência de renda, para estimular um mercado interno que sustentou o crescimento do país", afirma o documento.
O texto pede o envolvimento dos partidos de esquerda, movimentos sociais e intelectuais para aprofundar o caráter popular do governo e alcançar três objetivos: reforma agrária, democratização da comunicação social e implantação do imposto sobre grandes riquezas.
Marcadores:
Eleicoes presidenciais,
mentiras e distorcoes
Assinar:
Postagens (Atom)