quinta-feira, 15 de julho de 2010

A partidarizacao do Estado brasileiro pelo PT

Serra diz que Estado foi loteado entre partidos e acusa governo Lula de ter criado "república sindicalista"
15.07.2010

RIO - O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, acusou, na noite de quarta-feira, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de promover uma "frenética" partidarização do Estado brasileiro e de criar uma "república sindicalista". Em encontro com artistas e intelectuais, em restaurante da Zona Sul do Rio, o tucano disse que existe hoje uma elite sindical amarrada ao governo que está privatizando toda a estrutura do Estado em benefício próprio.
- A partidarização (do Estado) é evidente. Você tem uma empresa boa, a de Correios e Telégrafos, hoje no chão justamente por causa do loteamento político. Isso prejudica a empresa, que tem bons funcionários,que tem que permanecer estatal. Isso porque foi entregue a um grupo que não tem nada a ver com a finalidade da empresa. Isso é geral, no Estado brasileiro inteiro. Tudo loteado, dividido, tudo privatizado. E privatizar aqui não é vender para uma área privada, é ver um órgão estatal ser apropriado por interesses privados, partidários.
O tucano comparou o aparelhamento do Estado às críticas feitas durante o governo do ex-presidente João Goulart, que ocupou o cargo entre 1961 e1964.
- O que vemos é uma partidarização frenética do Estado brasileiro. Está tudo aparelhado. Em 1964 falavam da República sindicalista do Jango. Brincadeira. Conheci todos no exílio. Eram anjinhos - disse Serra em discurso.
- Não tem nada a ver com o que acontece agora. Agora, tem uma República sindicalista. É uma elite sindical alinhada ao governo pelo dinheiro para fazer um trabalho político partidário - acrescentou o tucano.
O candidato reiterou que se for eleito vai "estatizar o Estado brasileiro".
- Isso é essencial para acabar com a corrupção - ressaltou.
Serra afirmou ainda que o governo Lula usa estatais para fins políticos na área cultural. Para ele, a Petrobras lidera a estratégia do presidente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário