Os 7 piores momentos da campanha de Dilma
26 de Outubro de 2010 por admin
A campanha de Dilma Rousseff foi acusada de se esconder atrás da imagem toda popular de Lula. Mas o pior da campanha da candidata do presidente não foi a falta de luz própria; foram os momentos em que se confundiu com o lado negro do Partido dos Trabalhadores. Abaixo seguem alguns dos piores momentos da campanha presidencial de Dilma Rousseff.
7 – A mestre que nunca foi
“Por que eu não concluí a tese? Pelo mesmo motivo que não concluí o doutorado. Eu fui ser secretária da Fazenda”.Seu currículo no site da Plataforma Lattes, do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), informava que ela havia concluído o mestrado e o doutorado em Ciências Econômicas na Universidade de Campinas (Unicamp). A Unicamp disse que Dilma não havia concluído os cursos. A informação foi alterada no site logo após a imprensa publicar o caso. Depois, com casos como da foto de Norma Bengell e da questão do aborto, essa se tornaria apenas a primeira ocasião em que a campanha de Dilma teve que se corrigir.
6- O desprezo pelo Estado mínimo
“[O Estado mínimo] é uma “tese falida”, que “só os tupiniquins” aplicam.”Uma das formas mais frequentes de desmerecer os argumentos liberais é acusá-los de ultrapassados. Faz-se isso desde o século XIX. A verdade é que o Brasil está a anos luz de qualquer ideia de Estado mínimo. Somos um dos países menos liberais do mundo, de acordo com o ranking de liberdade econômica do Fraser Institute. A visão tupiniquim da economia é de forte intervencionismo, refugiando-se em teorias furadas como a dependência e o industrialismo. Tese falida de verdade é o mercantilismo da Europa do século XVIII que continua a vigorar no Brasil do século XXI.
5- Assinatura “automática” de programa de governo
“Eu não assinei documento nenhum…eu rubriquei páginas. Não olhei porque achei que era aquele programa (feito em junho). Não achei que era o programa de fevereiro. Achei que iam botar o que nós tínhamos acertado em junho. Foi um erro”Fosse a rubrica um acidente ou não, o fato foi que Dilma Rousseff assinou um programa de governo que previa o controle da mídia, a escalada tributária e a redução da jornada de trabalho “sem redução de salários”. Mais tarde, teve que voltar atrás e se distanciar do programa elaborado pelo PT em favor de um programa que contemplasse as demandas do seu principal aliado, o PMDB.
4- As privatizações amaldiçoadas
“Não permitirei, se tiver forças para isto, que o patrimônio nacional, representado por suas riquezas naturais e suas empresas públicas, seja dilapidado e partido em pedaços. Tenham certeza de que nunca, jamais me verão tomando decisões ou assumindo posições que signifiquem a entrega das riquezas nacionais a quem quer que seja.”O nacionalismo estatista se aproveita da ingenuidade dos cidadãos induzindo-os a acreditar que são deles os monopólios do governo. Dilma Rousseff não perdeu a oportunidade de usar essa confusão em seu favor: sugeriu que seu oponente iria tomar a riqueza do povo. Mas se as estatais são mesmo do povo, melhor seria que sua propriedade fosse verdadeiramente dividida entre os brasileiros, e que seus monopólios fossem quebrados para que pudéssemos todos competir pelos serviços e produtos oferecidos. Há formas melhores e piores de abertura das estatais, mas quase todas são melhores do que deixar o monopólio na mão do governo. Com essa retórica de “as estatais são nossas”, Dilma está perpetuando uma mentira que vem há gerações retardando o desenvolvimento brasileiro.
3- Erenice Guerra
“Até hoje ela tem minha confiança”.Foi assim que Dilma Rousseff reagiu quando foi publicada a primeira denúncia contra sua principal assessora e, depois, ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. Pouco mais tarde, a ministra deixou o cargo por suspeitas de transformar o gabinete da Presidência num balcão de negócios que beneficiava seus próprios familiares.
2- A guerra contra a imprensa
“Tem gente que confunde liberdade de imprensa com autoritarismo de imprensa” -Presidente Lula em comício para DilmaA postura petista contra as críticas da imprensa seria ridícula se não fosse ultrajante. Quem hoje ameaça a imprensa com palavras amanhã poderá ameaçá-la com conselhos censores, como alguns estados andam querendo implementar. Por mais enviesado que um veículo de comunicação possa ser, seu único instrumento é a palavra, e palavras não devem ser combatidas com leis, tribunais, nem com a força policial.
Enquanto por todo o mundo a comunicação vem sendo redefinida, não cabe a Dilma Rousseff nem a político algum redefinir a relação do estado com a imprensa em termos intimidadores.
1- As violações de sigilos fiscais
“Esse sigilo fiscal, como a PF diz, foi quebrado em setembro e outubro, quando não existia campanha nem pré-campanha”.Não há fórmula pronta que garanta o surgimento do Estado de Direito em qualquer sociedade. Mas há um receituário eficiente para a sua destruição: basta que se admita que o acúmulo de poder permita a um indivíduo ou partido se tornar exceção à igualdade jurídica.
Mesmo sem um escudo perfeito contra a desonestidade, a descentralização do poder estatal aliada à redução dos poderes dos burocratas tornariam menos frequentes as violações criminosas dos dados de contribuintes e o uso dessas informações como instrumento de chantagem política.
Resta-nos a esperança de que os tribunais investiguem as denúncias e punam qualquer violação de sigilo fiscal com a seriedade que o ato merece.
Por confundir o Estado de Direito com o “Status que dá Direito”, as violações de sigilos fiscais foram o ponto mais baixo da campanha de Dilma Rousseff.
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