sábado, 27 de fevereiro de 2010

323) AInda falando de linguagem - a da candidata...

Celso Arnaldo captura a Mãe do PAC no recomeço do Discurso sobre o Nada em Mato Grosso
Augusto Nunes
24 de fevereiro de 2010

Já refeita do rebolation em Salvador e do rodopio com a vassoura na Sapucaí, embalada pelos aplausos companheiros no congresso do PT, Dilma Rousseff partiu para a discurseira em Mato Grosso com a animação de bichinha palanqueira. Animada com o recomeço do Discurso sobre o Nada, a Mãe do PAC esqueceu que continuava sob a estreita vigilância do jornalista Celso Arnaldo. Deu-se mal, como se verá pelo relato do implacável caçador de cretinices:

Dilma voltou mesmo com tudo, depois do périplo carnavalesco e do discurso de teleprompter na unção de pré. Agora é na lata de novo ─ como pode ser comprovado no site da Casa Civil, que acaba de tornar disponível o discurso ao vivo da pré-candidata numa cerimônia qualquer no Mato Grosso, ontem. No discurso, o primeiro de improviso desde o Carnaval, ela buscou no seu teleprompter natural, constituído de neurônios cerebrais que não fazem conexão entre si, uma explicação um pouco mais esclarecedora sobre esse negócio de quinta potência, que é uma das atuais obsessões dessa potência de quinta. Saiu isto:

“Nós, quando falam assim vamos virar a quinta potência porque falam olha vai ser a primeira potência ou a China ou a Índia, ou… a China ou, ou os Estados Unidos. A segunda, talvez a Índia ou o Japão. E a quinta, né, aí já tem quatro países, seria o Brasil (…) O que nós temos de falar é outra coisa: tá perfeito isso. Isso é um dado que eles olham em relação ao crescimento do produto do País. Nós do governo temos de falar o seguinte: nos interessa, sim, sê a quinta economia. Mas nós vamos ter de ser a quinta economia desde que os 190 milhões brasileiros tenham nível de vida de quinta economia”.

Nessa tremenda confusão entre esses gigantes a respeito de quem é primeiro, terceiro, segundo, terceiro de novo e quarto, é bem capaz de o Brasil espirrar no cesto.

Mas eis aí uma boa notícia que Dilma não revelou em seu discurso no Congresso do PT: o Brasil aceita, de bom grado, a condição de quinta potência do mundo, embora tivesse pensado em recusá-la há algum tempo, preferindo continuar como oitava. Só há uma condição: que os 190 milhões de brasileiros tenham nível de vida de quinta.

Esse número cabalístico de 190 milhões é outra coisa que decididamente não sai da cabeça dela:

“Nós tamo num momento em que o Brasil está sendo de fato reconhecido como uma grande potência em acelerado crescimento, acelerada aparição de oportunidades. O Brasil não tá sendo visto só por nós, mas sendo visto internacionalmente (…). Nós tivemo um crescimento econômico que não excluía o povo brasileiro, seus 190 milhões, mas incluía.”

Depois de informar que oportunidades são entidades sobrenaturais e insinuar, nessa mesma linha, que existiu uma época em que nenhum brasileiro vivo se beneficiava do crescimento econômico, Dilma faz questão de deixar claro que incluir é o contrário de excluir.

Um comentário:

  1. Palhaçada danada!!! fora tucanada que só querem vender tudo!!!! Dilma é lula!!!!Lula é o melhor!!!!!!

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