Da newsletter do jornalista gaúcho Políbio Braga
14.04.2010
Conheça o papel dos exilados e dos combatentes no jogo da redemocratização
Não é só a direita quem espinafra as asininas declarações da ex-ministra Dilma Roussef, porque foi para a esquerda - inclusive aliados - a seguinte acusação feita por ela (versão livre):
- Eu resisti aqui dentro à ditadura militar, caindo na clandestinidade e na luta armada, enquanto os outros fugiram.
. Dilma Roussef esperou 24 horas e só depois da reação irada de aliados e adversários voltou atrás.
. A candidata do PT, atrapalhada como sempre, queria atingir o ex-governador José Serra e o ex-presidente FHC, que se exilaram para não serem presos ou mortos - mas sobretudo para sustentar a resistência ao regime ditatorial militar. Acontece que centenas de aliados da ex-ministra "fugiram da raia", como acusa Dilma Roussef - acovardaram-se, fugindo do País. A lista começa com seu ex-companheiro de armas, José Dirceu, e segue por vários dos seus colegas de ministério, a começar por Paulo Vanuchi e Tarso Genro. Brizola, Prestes, Almino Afonso, Jango e JK foram exilados.
. A ex-ministra Dilma Roussef não tem por que se orgulhar de ter resistido na clandestinidade e empunhado armas, porque ao se colocar sob o comando de delinquentes políticos como o capitão Carlos Lamarca e se armar para roubar o cofre do ex-governador Ademar de Barros ou amparar logisticamente os instintos assassinos da VAR Palmares, ela sempre teve por objetivo número 1 substituir a ditadura militar pela ditadura comunista. Roussef não tem como negar isto. Ela não buscou redemocratizar o País, mas substituir uma ditadura por outra. E foi derrotada pelas armas. Personalidades mais razoáveis do que Roussef, como o deputado Fernando Gabeira, já reconheceram o erro histórico que cometeram - e a contribuição que deram para o recrudescimento do regime militar e sua perpetuação. Esses provocadores, homens e mulheres dominados pela doença infantil do esquerdismo, não quiseram ouvir vozez inteligentes como as de dirigentes políticos como Roberto Freire, então no PCB, apelando para o mais rasteiro foquismo (o foquismo que levou à morte de Che, traído por Régis Debray) e a mais insana matança de aliados (justiçamentos) e adversários (assassinatos).
. Esta discusssão ocorreu no RS há muitos anos, durante a própria ditadura. Ela foi particularmente grave por ocasião da eleição do senador Paulo Brossard , apoiado na época por um feroz adversário, o ex-governador Brizola, exilado no Uruguai. Brossard, que apoiou o golpe de 64, aliou-se aos exilados e aos democratas para ajudar a derrubar a ditadura.
. A ditadura militar não caiu por causa da destrambelhada ex-ministra Dilma Roussef e sua corja de malfeitores comunistas armados, mas caiu por que do exílio, os principais líderes políticos se articularam com os principais líderes democráticos da oposição parlamentar e extra-parlamentar, o que resultou na Lei da Anistia e nas Diretas Já.
. Já está mais do que na hora da sra. Dilma Roussef fazer um mea culpa e subordinar o seu pensamento e a sua ação aos ditames constitucionais que protegem o estado democrático de direito e a economia de mercado.
. A ex-ministra, com suas declarações, demonstra que não aprendeu nada ao ir para o governo e também não esqueceu nada.
terça-feira, 13 de abril de 2010
398) Confusoes na raia governista: quem ficou, quem "fugiu"...
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