terça-feira, 13 de abril de 2010

397) Ato falho de ministro petista elege Serra...

Não deixa de ser irônico...

O MINISTRO PETISTA, O PROGRAMA E O ATO FALHO
Reinaldo Azevedo, 13.04.2010

Leiam trecho de um texto que está na Folha Online. Volto em seguida:

O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) criticou a falta de programas da campanha do candidato José Serra (PSDB) à Presidência. Para Bernardo, Dilma Rousseff (PT) é a candidata mais forte na disputa.

A oposição aparentemente vai trabalhar com programas clandestinos”, afirmou em Brasília. Para ele, ainda não há como apontar falhas nas propostas da área econômica da campanha de Serra porque nada foi apresentado. “Nós só vamos saber depois da eleição

Bernardo acredita que a candidata do governo é mais forte por sustentar o discurso de continuação das políticas econômicas. Segundo ele, a ministra irá manter o regime de câmbio flutuante, as políticas monetárias e fiscais e a autonomia do Banco Central.

Eu acho que a Dilma é mais forte porque o governo tem muito o que mostrar”, sustenta. Apesar das opiniões, ele aponta um cenário eleitoral instável devido ao número de eleitores indecisos.

Comento
Notem que o texto da Folha Online nem se dá o trabalho de escrever: “criticou a suposta falta de programas (por que o plural?)” ou “o que chamou de ‘falta de programas’”. Nada disso! A fala do petista é tomado como um dado da realidade. Até parece que ele está dizendo: “Hoje é terça-feira”.

Releiam a fala de Paulo Bernardo. Ele afirma que Serra ainda não apresentou programa — como se a hora de apresentá-lo já tivesse chegado. Mas vá lá. E qual é o programa de Dilma? Segundo o PT. ela nem mesmo existe. Ela é a reencarnação de Lula — sem, tudo indica, a ternura; só com o endurecimento…

Bernardo diz qual é a plataforma da candidata: “Manter o regime de câmbio flutuante, as políticas monetárias e fiscais e a autonomia do Banco Central” Uau!!! Então Dilma promete manter as políticas herdadas do governo FHC, não é mesmo? Ou ele vai tentar nos convencer de que as opções de Antonio Palocci e Henrique Meirelles na economia estavam no manual do PT? Os petistas, Bernardo inclusive, diziam que superávit primário, por exemplo, era mamata para banqueiro.

O PT sempre teve um programa. Até 1º de janeiro de 2003. Jogou-o no lixo e roubou o software do PSDB.

Mas encantador mesmo é o que parece ter sido um ato falho. Segundo Bernardo, “nós só vamos saber [o programa do PSDB] depois da eleição”. Huuummm… Está antevendo a vitória de Serra por acaso? Vejam bem: na hipótese de o tucano não apresentar programa nenhum e de ser derrotado, não haverá por que saber de coisa nenhuma. A chance de sabermos, então, qual é o programa só depois da eleição supõe a sua vitória, certo?

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