sexta-feira, 18 de setembro de 2009

109) Fazendo política com o figado

Este tipo de dado também é relevante para a campanha presidencial, e as eleições em geral, em 2010, por isso vai reproduzido aqui.
O governo atual se julga dono do Brasil, o que inclui pessoas e empresas privadas, atividades empresariais perfeitamente de mercado e que não têm absolutamente nada a ver com o Estado ou suas atividades típicas, enfim, os governantes atuais se julgam no direito de dar ordens aos empresarios e esperar que elas sejam cumpridas, o que obviamente não é só lamentável, como absolutamente indesejável.
Acho que as eleições do próximo ano vão assistir a esse estatismo exacerbado, a essa glorificação das atividades estatais.
Quem não estiver nas boas graças do governo (com g minusculissimo), pode penar um pouco, como acho que o presidente da Vale vai penar...

Um comitê contra Agnelli
Por Marcelo Onaga
Portal Exame, 18/09/2009 - 08:00

A campanha publicitária colocada no ar recentemente ressaltando os investimentos feitos pela Vale no país e os empregos que serão criados pela companhia foi a forma encontrada pelo presidente da empresa, Roger Agnelli, para tentar se manter no cargo. Agnelli tornou-se alvo de um pesado ataque orquestrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que queria tirá-lo do comando da maior mineradora do país. No fim de agosto, Lula criou um comitê formado por ministros e ex-ministros de seu governo com bom trânsito entre empresas e fundos de pensão com a missão de convencer o Bradesco a vender sua participação na mineradora e encontrar um comprador. O objetivo principal de Lula era sacar Agnelli da presidência da empresa. Lula se refere ao executivo como traidor. Diz que Agnelli se aproximou do governo quando quis ajuda no processo de internacionalização da Vale e posou de amigo pessoal do presidente da República, promovendo encontros entre suas famílias e até um jantar em seu apartamento. Mas na hora de retribuir, teria virado as costas.

A mágoa de Lula vem do fim do ano passado. O presidente avalia que no pior momento do atual governo, provocado pela crise internacional, Agnelli demitiu mais de 1 300 funcionários, criando uma onda de más notícias para o governo. Em uma postura pouco recomendada a um chefe de nação em relação a uma empresa privada, Lula reclamou por não ter sido ouvido e também por Agnelli não ter buscado uma saída menos danosa, como negociar licenças parcialmente remuneradas. Mais recentemente, Lula se revoltou com notícias de que a Vale importaria navios em vez de encomendá-los a estaleiros brasileiros. Depois de algumas reuniões entre altas figuras do Planalto com o comando do Bradesco, os ânimos parecem ter sido acalmados. As dificuldades em convencer o banco a sair da Vale e o esforço da companhia em mostrar que voltou a investir no país, fizeram o presidente rever seus planos. Mas ele continua dizendo aos mais próximos que gostaria de ver Agnelli longe do comando da empresa.

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