segunda-feira, 21 de setembro de 2009

110) Não-candidaturas, capítulo 1

Não canditaturas também fazem parte do processo eleitoral, por isso cabe aqui informar e refletir sobre cada caso.
Algumas não-candidaturas fazem parte de uma estratégia eleitoral, como parece ser o caso do PMDB, o maior partido do Brasil (pelo menos teoricamente) que decidiu não ter candidatura própria, aderiando à do governo ou à da oposição, dependendo do que pagar (ops), render mais em termos eleitorais (ops, em termos de cargos, prebendas, oportunidades de negócios etc, etc, etc, etc, e mais alguns etceteras, mas todos eles muito caros).
Outras não-candidaturas não são por vontade própria, mas por imposição e tramóia, como parece ser o caso da natimorta candidatura do ex-governador e atual senador do DF, Cristovam Buarque.
Como disse alguém, acho que de Minas, a esperteza quando é muita, cresce e engole o dono...
PRA

Lula pediu a Carlos Lupi para barrar candidatura de Cristovam Buarque

Há mais ou menos três semanas, o presidente Lula chamou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e presidente nacional do PDT, para uma reunião em seu gabinete no Centro Cultural Banco do Brasil. Depois de algumas enrolações, Lula finalmente puxou o assunto que o interessava:

Cristovam Buarque, senador pelo PDT do Distrito Federal. Cristovam Buarque foi petista, e disputou o governo do Distrito Federal em 1994, vencendo as eleições. Disputou a reeleição em 1998 e perdeu. Disputou e venceu a eleição de 2002 para Senador. Foi ministro da Educação no primeiro ano do governo Lula, sendo demitido por telefone, quando visitava Portugal em missão oficial, na demissão mais humilhante dos dois mandatos de Lula. Então Cristovam Buarque trocou o PT pelo PDT. Na conversa com Carlos Lupi, Lula pediu para que o PDT não lance Cristovam Buarque candidato ao Senado no próximo ano por Brasília. Todas as pesquisas de intenção de voto aplicadas até agora, no Distrito Federal, apontam Cristovam Buarque como o candidato mais forte para uma vaga no Senado. Ele tem quase 30% do primeiro voto do eleitor (são duas vagas de senador) e pouco mais de 20% do segundo. Lula não se conforma com as críticas que Cristovam faz ao governo em discursos no Senado Federal. Carlos Lupi reagiu à sugestão, dizendo que Cristovam Buarque é um dos nomes do PT com maior número de votos e que o partido não poderia lhe negar legenda. Lula é isso mesmo, ele não suporta crítica. Por isso detesta a imprensa.

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