Desastres na estratégia de marketing da candidatura oficial. Ou os meios são totalmente inadequados, ou o produto é muito ruim...
Da coluna diária do ex-prefeito Cesar Maia (30.04.2010):
MUDA TUDO NA CAMPANHA DO PT!
(Radar Online - Veja) João Santana, o marqueteiro do PT, teve seu papel reduzido a produtor dos programas de televisão no horário político que começa em agosto. O comando da comunicação foi entregue ao deputado estadual e jornalista Rui Falcão (PT-SP), que está montando uma superestrutura em Brasília e São Paulo, com dezenas de profissionais renomados já contratados nas diferentes áreas. - O comando político da campanha está dividido entre o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, o ex-prefeito mineiro Fernando Pimentel, e os deputados federais paulistas Antonio Palocci e José Eduardo Cardoso, que nem sempre falam a mesma língua. Kotscho é rigoroso: - Dilma ainda não conseguiu se livrar do figurino e da linguagem de tecnocrata, (está) pouco à vontade no papel de candidata.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
432) Lula acima da lei, ou o campeao das ilegalidades
Hoje, em horário nobre, pretensamente para saudar os brasileiros por ocasião do Dia do Trabalho, o presidente Lula fez campanha em favor de sua candidata
ELEIÇÕES 2010 BRASIL
Daniel de Mendonça
Da equipe do blog
Hoje, em pleno horário nobre, pretensamente para saudar os brasileiros por ocasião do Dia do Trabalho (que será celebrado somente no sábado!), o presidente da República, mais uma vez sem se preocupar com o Estado Democrático de Direito, fez campanha em favor de sua candidata. Lula, gozando de altos índices de popularidade, rompe mais uma vez a lei que ele, como presidente, jurou defender. Só faltou pedir diretamente aos brasileiros o voto para Dilma Rousseff. Não o fez, talvez, pois não seria uma boa estratégia política.
Isso demonstra, em minha opinião, duas coisas... A primeira, a qual já venho dizendo nesta coluna, que ele não está nem aí para as leis brasileiras. Lula está acima da lei, porque ele é Lula. Lula não é um brasileiro comum, Lula é Lula! Lula é, numa palavra, um Leviatã! Ou um Levialula.
A segunda, o claro receio que o presidente tem de não conseguir eleger a sua candidata criada, inventada, retirada do verbo, do vento ou das sombras. Do contrário: por que Lula faria campanha, usando-se de espaço oficial da Presidência da República?
No pronunciamento, Lula, várias vezes, referiu-se aos brasileiros como “Companheiros e Companheiras”, como se fôssemos membros de seu partido, para depois dizer que ele tinha certeza que o “modelo” por ele “criado” iria continuar. Modelo criado por ele? Que modelo? Lula criou o Plano Real e a estabilidade econômica?
Ou quem sabe, como Pedro Álvares Cabral, em 1500, Lula tenha, em 2003, reinventado o Brasil? Ou ainda mais, como um “Deus” que “no princípio criou os céus e a terra”, Lula, “acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito”.
O que dizer quando estamos diante não da política, mas de atos de fé? O que dizer quando chegamos a um ponto em que burlar a lei eleitoral do país com eufemismos não significa nada diante de uma popularidade alcançada? O que dizer quando os princípios da República, o governo das leis e das virtudes, são meras palavras soltas no ar, pois que foram substituídos por um irracional carisma em que tudo permitido?
Lula, enfim, não tem limites. A única coisa que tem limite é o seu mandato. Lula ainda não aprendeu a vencer o tempo. Pelo menos ainda. Pelo menos isso.
ELEIÇÕES 2010 BRASIL
Daniel de Mendonça
Da equipe do blog
Hoje, em pleno horário nobre, pretensamente para saudar os brasileiros por ocasião do Dia do Trabalho (que será celebrado somente no sábado!), o presidente da República, mais uma vez sem se preocupar com o Estado Democrático de Direito, fez campanha em favor de sua candidata. Lula, gozando de altos índices de popularidade, rompe mais uma vez a lei que ele, como presidente, jurou defender. Só faltou pedir diretamente aos brasileiros o voto para Dilma Rousseff. Não o fez, talvez, pois não seria uma boa estratégia política.
Isso demonstra, em minha opinião, duas coisas... A primeira, a qual já venho dizendo nesta coluna, que ele não está nem aí para as leis brasileiras. Lula está acima da lei, porque ele é Lula. Lula não é um brasileiro comum, Lula é Lula! Lula é, numa palavra, um Leviatã! Ou um Levialula.
A segunda, o claro receio que o presidente tem de não conseguir eleger a sua candidata criada, inventada, retirada do verbo, do vento ou das sombras. Do contrário: por que Lula faria campanha, usando-se de espaço oficial da Presidência da República?
No pronunciamento, Lula, várias vezes, referiu-se aos brasileiros como “Companheiros e Companheiras”, como se fôssemos membros de seu partido, para depois dizer que ele tinha certeza que o “modelo” por ele “criado” iria continuar. Modelo criado por ele? Que modelo? Lula criou o Plano Real e a estabilidade econômica?
Ou quem sabe, como Pedro Álvares Cabral, em 1500, Lula tenha, em 2003, reinventado o Brasil? Ou ainda mais, como um “Deus” que “no princípio criou os céus e a terra”, Lula, “acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito”.
O que dizer quando estamos diante não da política, mas de atos de fé? O que dizer quando chegamos a um ponto em que burlar a lei eleitoral do país com eufemismos não significa nada diante de uma popularidade alcançada? O que dizer quando os princípios da República, o governo das leis e das virtudes, são meras palavras soltas no ar, pois que foram substituídos por um irracional carisma em que tudo permitido?
Lula, enfim, não tem limites. A única coisa que tem limite é o seu mandato. Lula ainda não aprendeu a vencer o tempo. Pelo menos ainda. Pelo menos isso.
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431) Um raro chamado ao bom-senso - Ubiratan Iorio
Abaixo, o artigo do mês de maio de meu site, www.ubirataniorio.org
Artigo do Mês - Ano IX – Nº 98 – Maio de 2010
E A LOUCURA CONTINUA CAMPEANDO...
Ubiratan J. Iorio
O mundo parece ter virado de cabeça para baixo. O certo deixou de ser certo e o errado de ser errado; o que sempre foi considerado como virtude deixou de sê-lo e o que era vício já não é mais vício. Pais jogam filhas do alto de edifícios e de pontes; filhas matam pais e em seguida vão para o motel com o namorado; maridos assassinam esposas e vice-versa; políticos sabidamente corruptos, além de não serem impedidos de concorrer a novos mandatos, frequentemente são reeleitos; médicos abusam sexualmente de pacientes; babás maltratam bebês inocentes; professoras são agredidas por alunos; leis instituem cotas disso e daquilo, sobrepondo-as ao mérito; o governo gasta o que pode – e o que nós, “contribuintes” compulsórios, não podemos – para eleger sua candidata; a direita (envergonhada não sei de quê) não tem coragem de mostrar a cara; e os defensores dos valores morais herdados de nossos antepassados e da economia de mercado estão acuados e, diante de tantas pressões contrárias, muitos deles pensam em desistir da luta, o que é um erro.
Recolhi, em apenas um dia, três manifestações evidentes de que a loucura continua campeando na terra que Caminha tanto exaltou. Deixo-as com vocês, para sua reflexão.
Primeira manifestação: mais um ministério!
Em entrevista ao Jornal da TV Bandeirantes, em 26 de abril, o candidato tucano à presidência do país, instado pelo entrevistador Datena a pronunciar-se sobre o que pensa do MST, após dizer o que todos já sabemos – ou seja, que os invasores de terras alheias, financiados com recursos oficiais, usam a bandeira da reforma agrária como mero pretexto para seus fins políticos – sacou do coldre uma declaração que mostra bem o que representa a disputa política, pela quinta eleição presidencial consecutiva, entre dois partidos de esquerda, o seu e o (dito) dos “trabalhadores”: a de que, caso seja eleito, criará mais um ministério, o da “segurança”...
Mamma mia, mais um ministério! Qualquer paralelepípedo esquecido na mais longínqua rua deste nosso belo e estranho país sabe, há muitos e muitos anos, que a melhor receita para um governo não resolver um problema é criar um ministério (ou secretaria especial) dedicado a solucionar esse problema!
Lula, até agora, é campeão absoluto em criar ministérios e secretarias especiais para acomodar aliados, companheiros e tendências. Com ele, já são trinta e sete, quase quarenta, o mesmo número dos existentes em Cuba e a metade dos que existiam na antiga União Soviética. E Serra demonstra que, com ele, as coisas não mudarão, pois o candidato da “oposição”, simplesmente, promete criar mais um, dessa vez para enfrentar os crimes, inclusive – como inferi da entrevista - os praticados pelo MST. Difícil de acreditar, mas é verdade!
Qualquer governo que revele respeito pelos direitos de propriedade sabe que, para acabar com as invasões dos baderneiros do campo basta ao governo aplicar a lei – ou seja, chamar a polícia do estado onde ocorre a invasão, retirar os invasores e seus “coordenadores”, processá-los e aplicar, pura e simplesmente, o Código Penal, já que os que aprovaram nossa Constituição “cidadã”, com todos os seus defeitos (incluindo o conceito malicioso de “função social da terra”), não se atreveram a abolir o direito de propriedade. Para os demais crimes, cabe o mesmo procedimento, com a ressalva de que, dada a dimensão do problema, há necessidade urgente de investimentos para modernizar as polícias e de disposição para tornar as penas mais severas, o que aumentará ao mesmo tempo a probabilidade de captura e o rigor do castigo reparatório, inibindo assim os criminosos potenciais e reduzindo sensivelmente as taxas de criminalidade.
Mas Serra quer criar um ministério apenas para cuidar da segurança interna, como se fossem poucos os paquidermes que povoam a Esplanada e como se, no seu governo, nem de longe houvesse possibilidade de aparelhamento político do novo filhote de elefante. E, ainda, como se as diversas polícias já existentes - civis, militares, municipais, federal, rodoviária, força nacional de segurança, etc., não fossem capazes de resolver a grave questão do crime na cidade e no campo e a simples vontade política e o consequente respeito à lei, garantido pelas autoridades, não fossem suficientes para manter a ordem.
Ouvidos pela mídia, os chamados “especialistas em segurança”, em geral sociólogos de esquerda, apoiaram em sua maioria a proposta do governador paulista.
É apavorante.
Segunda manifestação: “meu governo será mais de esquerda que o de Dilma”!
No último final de semana, a economista luso-brasileira Maria da Conceição Tavares - aquela que chorou de alegria quando Sarney criou o Plano Cruzado (quando a boa teoria econômica recomendava que a tristeza é que deveria ter sido o motivo do choro, diante de tamanho equívoco) - completou 80 anos e seus amigos e ex-alunos ofereceram-lhe uma festa no Rio de Janeiro. Lá estavam dois velhos discípulos e seguidores de suas ideias intervencionistas: Serra e Dilma.
Em dado momento da comemoração, conforme noticiou o jornal O Globo na mesma segunda-feira, 26 de abril, Serra viu-se cercado por antigos companheiros de “exílio” (as aspas são necessárias, porque muitos dos que hoje recebem a chamada “bolsa-terrorismo” se auto-exilaram) e, para tentar ganhar ou recuperar a simpatia – e os votos – dos velhos comunistas, fez questão de frisar que o seu governo seria mais de “esquerda” do que o de Dilma...
E pensar que o tucano, diante do simulacro de polarização em que se transformaram as eleições presidenciais no Brasil, é apresentado como se fosse o candidato da “direita”...
É assustador!
Terceira manifestação: o Ministério da Justiça quer soltar 20% dos presos do país!
Também no mesmo dia 26 de abril – que, pelo visto, deveria ser doravante considerado como o Dia da Loucura – os jornais noticiaram que o Ministério da Justiça, devido às precárias condições dos presídios brasileiros, pretende colocar na rua, sob regime de monitoramento eletrônico, 20% do total de presos, o que equivale a cerca de 80.000 condenados por diversos crimes. E pensar que tal proposta ocorreu poucos dias depois de terem libertado aquele maníaco pedófilo que acabou se enforcando na prisão, após ter praticado mais seis assassinatos de meninos depois que foi solto por “bom comportamento”...
Alegam os defensores da absurda proposta que, como o sistema prisional do país não trata os presos com dignidade – o que é verdade – então a solução é soltar os que mostrarem “bom comportamento”. Um dos defensores da idéia chegou a afirmar em entrevista na TV que se um preso, após ser solto, voltasse a delinqüir, ele seria facilmente recapturado graças ao sistema de monitoramento eletrônico. Isto nos conduz imediatamente a uma pergunta simples e objetiva: e se o tal delito fosse um assassinato, o gênio que deu a entrevista teria também poderes para ressuscitar a vítima? Será que ele trará de volta à vida os seis meninos que foram mortos pelo maníaco? Ou que fará retornar a alegria às suas famílias e a tantas outras atingidas por crimes praticados em condições semelhantes?
Não seria mais respeitoso para com a população que sempre respeitou a lei se, ao invés de libertarem condenados antes do cumprimento total de suas penas, colocando em risco inadmissível todas as pessoas de bem, construíssem tantos presídios quanto fossem necessários para abrigar com um mínimo de dignidade indivíduos que já comprovaram serem nocivos para a sociedade? Não venham dizer que não há recursos para isso, porque para outros fins bem menos necessários ao bem comum (porém, mais eleitoreiros) os dados demonstram que eles existem - e de sobra.
Do jeito que a coisa caminha, qualquer dia desses outro cérebro iluminado irá propor que, para que a população carcerária pare de crescer, a polícia deverá ser proibida de prender e os juízes de condenar... Ou algum outro luminar sugerirá que, doravante, por decreto, crime não será mais considerado crime e justiça também não será mais justiça... Felizmente, não há possibilidade de um terceiro gênio sugerir que todas as pessoas de bem sejam trancafiadas e todos os bandidos sejam soltos, porque, neste caso, não haveria recursos para construir tantos presídios, embora, muito provavelmente, alguém já deva ter pensado em uma “solução” desse tipo...
É aterrador.
Conclusão simples
O Brasil – assim como o mundo – está de ponta-cabeça. A raiz mais profunda de toda essa maluquice é o abandono dos valores morais que forjaram a civilização ocidental, com a morte de Deus decretada unilateralmente (se fosse hoje, teria sido por Medida Provisória) por Nietzshe, o niilismo, os ataques orquestrados contra o Papa e a Igreja Católica (o que é diferente de punir meia dúzia de padres pedófilos, que devem ser processados na Justiça comum por seus crimes e afastados da Igreja por seu péssimo exemplo). O vácuo causado por todos esses fenômenos estimulou a politização do sistema moral e do sistema econômico, com o avanço crescente do Estado sobre o indivíduo e vem transformando nossa sociedade em um enorme hospício.
Ou acabamos com o relativismo moral ou ele terminará conosco, instituindo definitivamente a barbárie em suas diversas manifestações. E o que vem a ser um homem compulsoriamente desnudado, por meio de permanentes lavagens cerebrais, de princípios morais, senão uma criatura bárbara, semelhante a um animal irracional, despida, portanto, de sua própria dignidade? E o que vem a ser a servidão do indivíduo ao Estado, senão uma forma de barbárie, talvez uma das mais hediondas, torpes, vis e abjetas?
Mas não se preocupe. Sorria! Sua conta bancária já está há tempos sendo monitorada pelo Estado e em breve, - se você não botar a boca no trombone - sua vida privada e todos os seus atos também o estarão. E se, por infelicidade (já que ninguém é perfeito), praticar algum delito moral grave, não será punido por isso e a mídia poderá até transformar você em manchete, capa de revista e chamá-lo para programas na televisão...
Como diz meu dileto amigo, o filósofo Alberto Oliva, da UFRJ, “a loucura campeia”. E, pelo visto, continuará a campear e a ditar as regras do jogo por muito tempo na terra descoberta por Cabral...
Artigo do Mês - Ano IX – Nº 98 – Maio de 2010
E A LOUCURA CONTINUA CAMPEANDO...
Ubiratan J. Iorio
O mundo parece ter virado de cabeça para baixo. O certo deixou de ser certo e o errado de ser errado; o que sempre foi considerado como virtude deixou de sê-lo e o que era vício já não é mais vício. Pais jogam filhas do alto de edifícios e de pontes; filhas matam pais e em seguida vão para o motel com o namorado; maridos assassinam esposas e vice-versa; políticos sabidamente corruptos, além de não serem impedidos de concorrer a novos mandatos, frequentemente são reeleitos; médicos abusam sexualmente de pacientes; babás maltratam bebês inocentes; professoras são agredidas por alunos; leis instituem cotas disso e daquilo, sobrepondo-as ao mérito; o governo gasta o que pode – e o que nós, “contribuintes” compulsórios, não podemos – para eleger sua candidata; a direita (envergonhada não sei de quê) não tem coragem de mostrar a cara; e os defensores dos valores morais herdados de nossos antepassados e da economia de mercado estão acuados e, diante de tantas pressões contrárias, muitos deles pensam em desistir da luta, o que é um erro.
Recolhi, em apenas um dia, três manifestações evidentes de que a loucura continua campeando na terra que Caminha tanto exaltou. Deixo-as com vocês, para sua reflexão.
Primeira manifestação: mais um ministério!
Em entrevista ao Jornal da TV Bandeirantes, em 26 de abril, o candidato tucano à presidência do país, instado pelo entrevistador Datena a pronunciar-se sobre o que pensa do MST, após dizer o que todos já sabemos – ou seja, que os invasores de terras alheias, financiados com recursos oficiais, usam a bandeira da reforma agrária como mero pretexto para seus fins políticos – sacou do coldre uma declaração que mostra bem o que representa a disputa política, pela quinta eleição presidencial consecutiva, entre dois partidos de esquerda, o seu e o (dito) dos “trabalhadores”: a de que, caso seja eleito, criará mais um ministério, o da “segurança”...
Mamma mia, mais um ministério! Qualquer paralelepípedo esquecido na mais longínqua rua deste nosso belo e estranho país sabe, há muitos e muitos anos, que a melhor receita para um governo não resolver um problema é criar um ministério (ou secretaria especial) dedicado a solucionar esse problema!
Lula, até agora, é campeão absoluto em criar ministérios e secretarias especiais para acomodar aliados, companheiros e tendências. Com ele, já são trinta e sete, quase quarenta, o mesmo número dos existentes em Cuba e a metade dos que existiam na antiga União Soviética. E Serra demonstra que, com ele, as coisas não mudarão, pois o candidato da “oposição”, simplesmente, promete criar mais um, dessa vez para enfrentar os crimes, inclusive – como inferi da entrevista - os praticados pelo MST. Difícil de acreditar, mas é verdade!
Qualquer governo que revele respeito pelos direitos de propriedade sabe que, para acabar com as invasões dos baderneiros do campo basta ao governo aplicar a lei – ou seja, chamar a polícia do estado onde ocorre a invasão, retirar os invasores e seus “coordenadores”, processá-los e aplicar, pura e simplesmente, o Código Penal, já que os que aprovaram nossa Constituição “cidadã”, com todos os seus defeitos (incluindo o conceito malicioso de “função social da terra”), não se atreveram a abolir o direito de propriedade. Para os demais crimes, cabe o mesmo procedimento, com a ressalva de que, dada a dimensão do problema, há necessidade urgente de investimentos para modernizar as polícias e de disposição para tornar as penas mais severas, o que aumentará ao mesmo tempo a probabilidade de captura e o rigor do castigo reparatório, inibindo assim os criminosos potenciais e reduzindo sensivelmente as taxas de criminalidade.
Mas Serra quer criar um ministério apenas para cuidar da segurança interna, como se fossem poucos os paquidermes que povoam a Esplanada e como se, no seu governo, nem de longe houvesse possibilidade de aparelhamento político do novo filhote de elefante. E, ainda, como se as diversas polícias já existentes - civis, militares, municipais, federal, rodoviária, força nacional de segurança, etc., não fossem capazes de resolver a grave questão do crime na cidade e no campo e a simples vontade política e o consequente respeito à lei, garantido pelas autoridades, não fossem suficientes para manter a ordem.
Ouvidos pela mídia, os chamados “especialistas em segurança”, em geral sociólogos de esquerda, apoiaram em sua maioria a proposta do governador paulista.
É apavorante.
Segunda manifestação: “meu governo será mais de esquerda que o de Dilma”!
No último final de semana, a economista luso-brasileira Maria da Conceição Tavares - aquela que chorou de alegria quando Sarney criou o Plano Cruzado (quando a boa teoria econômica recomendava que a tristeza é que deveria ter sido o motivo do choro, diante de tamanho equívoco) - completou 80 anos e seus amigos e ex-alunos ofereceram-lhe uma festa no Rio de Janeiro. Lá estavam dois velhos discípulos e seguidores de suas ideias intervencionistas: Serra e Dilma.
Em dado momento da comemoração, conforme noticiou o jornal O Globo na mesma segunda-feira, 26 de abril, Serra viu-se cercado por antigos companheiros de “exílio” (as aspas são necessárias, porque muitos dos que hoje recebem a chamada “bolsa-terrorismo” se auto-exilaram) e, para tentar ganhar ou recuperar a simpatia – e os votos – dos velhos comunistas, fez questão de frisar que o seu governo seria mais de “esquerda” do que o de Dilma...
E pensar que o tucano, diante do simulacro de polarização em que se transformaram as eleições presidenciais no Brasil, é apresentado como se fosse o candidato da “direita”...
É assustador!
Terceira manifestação: o Ministério da Justiça quer soltar 20% dos presos do país!
Também no mesmo dia 26 de abril – que, pelo visto, deveria ser doravante considerado como o Dia da Loucura – os jornais noticiaram que o Ministério da Justiça, devido às precárias condições dos presídios brasileiros, pretende colocar na rua, sob regime de monitoramento eletrônico, 20% do total de presos, o que equivale a cerca de 80.000 condenados por diversos crimes. E pensar que tal proposta ocorreu poucos dias depois de terem libertado aquele maníaco pedófilo que acabou se enforcando na prisão, após ter praticado mais seis assassinatos de meninos depois que foi solto por “bom comportamento”...
Alegam os defensores da absurda proposta que, como o sistema prisional do país não trata os presos com dignidade – o que é verdade – então a solução é soltar os que mostrarem “bom comportamento”. Um dos defensores da idéia chegou a afirmar em entrevista na TV que se um preso, após ser solto, voltasse a delinqüir, ele seria facilmente recapturado graças ao sistema de monitoramento eletrônico. Isto nos conduz imediatamente a uma pergunta simples e objetiva: e se o tal delito fosse um assassinato, o gênio que deu a entrevista teria também poderes para ressuscitar a vítima? Será que ele trará de volta à vida os seis meninos que foram mortos pelo maníaco? Ou que fará retornar a alegria às suas famílias e a tantas outras atingidas por crimes praticados em condições semelhantes?
Não seria mais respeitoso para com a população que sempre respeitou a lei se, ao invés de libertarem condenados antes do cumprimento total de suas penas, colocando em risco inadmissível todas as pessoas de bem, construíssem tantos presídios quanto fossem necessários para abrigar com um mínimo de dignidade indivíduos que já comprovaram serem nocivos para a sociedade? Não venham dizer que não há recursos para isso, porque para outros fins bem menos necessários ao bem comum (porém, mais eleitoreiros) os dados demonstram que eles existem - e de sobra.
Do jeito que a coisa caminha, qualquer dia desses outro cérebro iluminado irá propor que, para que a população carcerária pare de crescer, a polícia deverá ser proibida de prender e os juízes de condenar... Ou algum outro luminar sugerirá que, doravante, por decreto, crime não será mais considerado crime e justiça também não será mais justiça... Felizmente, não há possibilidade de um terceiro gênio sugerir que todas as pessoas de bem sejam trancafiadas e todos os bandidos sejam soltos, porque, neste caso, não haveria recursos para construir tantos presídios, embora, muito provavelmente, alguém já deva ter pensado em uma “solução” desse tipo...
É aterrador.
Conclusão simples
O Brasil – assim como o mundo – está de ponta-cabeça. A raiz mais profunda de toda essa maluquice é o abandono dos valores morais que forjaram a civilização ocidental, com a morte de Deus decretada unilateralmente (se fosse hoje, teria sido por Medida Provisória) por Nietzshe, o niilismo, os ataques orquestrados contra o Papa e a Igreja Católica (o que é diferente de punir meia dúzia de padres pedófilos, que devem ser processados na Justiça comum por seus crimes e afastados da Igreja por seu péssimo exemplo). O vácuo causado por todos esses fenômenos estimulou a politização do sistema moral e do sistema econômico, com o avanço crescente do Estado sobre o indivíduo e vem transformando nossa sociedade em um enorme hospício.
Ou acabamos com o relativismo moral ou ele terminará conosco, instituindo definitivamente a barbárie em suas diversas manifestações. E o que vem a ser um homem compulsoriamente desnudado, por meio de permanentes lavagens cerebrais, de princípios morais, senão uma criatura bárbara, semelhante a um animal irracional, despida, portanto, de sua própria dignidade? E o que vem a ser a servidão do indivíduo ao Estado, senão uma forma de barbárie, talvez uma das mais hediondas, torpes, vis e abjetas?
Mas não se preocupe. Sorria! Sua conta bancária já está há tempos sendo monitorada pelo Estado e em breve, - se você não botar a boca no trombone - sua vida privada e todos os seus atos também o estarão. E se, por infelicidade (já que ninguém é perfeito), praticar algum delito moral grave, não será punido por isso e a mídia poderá até transformar você em manchete, capa de revista e chamá-lo para programas na televisão...
Como diz meu dileto amigo, o filósofo Alberto Oliva, da UFRJ, “a loucura campeia”. E, pelo visto, continuará a campear e a ditar as regras do jogo por muito tempo na terra descoberta por Cabral...
quarta-feira, 28 de abril de 2010
430) Balanco economico da era Lula (ainda incompleta)
Isto deverá, também, fazer parte do debate eleitoral, ou pelo menos deveria.
Candidatos nunca gostam de falar de impostos, carga fiscal, dívida publica.
Talvez porque eles acham que o assunto vai desaparecer se eles deixarem de falar.
Avaliação do Governo Lula
Ricardo Bergamini
Base: De Janeiro de 2003 até Dezembro de 2009
1 - Todos os governos e empresas do planeta são regidos por uma ferramenta denominada de "Balanço".
2 - “Balanço” é composto de Ativos (haveres), Passivo (deveres) e Patrimônio Líquido (Resultado – positivo ou negativo).
3 - Os governantes de plantão e as empresas divulgam para o mercado apenas os seus ativos, se omitindo dos seus passivos, conforme confissão pública abaixo. Haja vista que constantemente somos surpreendidos por falências de grandes empresas e bancos no mundo inteiro.
4 - No caso dos governantes de plantão, a situação enaltece os seus ativos, e a oposição os passivos. Sem dúvida o balanço dá argumentos técnicos válidos para ambos, porém pouco importante para saber o resultado final para a nação ou empresa.
5- O que interessa de um governante ou empresa é o seu "Patrimônio Líquido". No caso do governo Lula poderia ser resumido no texto abaixo:
Resultado Fiscal Nominal da União
De janeiro de 2003 até dezembro de 2009 a União gerou um déficit fiscal nominal de R$ 708,4 bilhões (4,18% do PIB) com a criminosa agravante do aumento da carga tributária da União em 12,86% do PIB (22,08% do PIB em 2002 para 24,92% do PIB em 2008).
Rogo aos senhores leitores lucidez para entendimento da gravidade da situação econômica brasileira, encoberta pela orgia da fartura financeira (excesso de liquidez) do momento.
Candidatos nunca gostam de falar de impostos, carga fiscal, dívida publica.
Talvez porque eles acham que o assunto vai desaparecer se eles deixarem de falar.
Avaliação do Governo Lula
Ricardo Bergamini
Base: De Janeiro de 2003 até Dezembro de 2009
1 - Todos os governos e empresas do planeta são regidos por uma ferramenta denominada de "Balanço".
2 - “Balanço” é composto de Ativos (haveres), Passivo (deveres) e Patrimônio Líquido (Resultado – positivo ou negativo).
3 - Os governantes de plantão e as empresas divulgam para o mercado apenas os seus ativos, se omitindo dos seus passivos, conforme confissão pública abaixo. Haja vista que constantemente somos surpreendidos por falências de grandes empresas e bancos no mundo inteiro.
4 - No caso dos governantes de plantão, a situação enaltece os seus ativos, e a oposição os passivos. Sem dúvida o balanço dá argumentos técnicos válidos para ambos, porém pouco importante para saber o resultado final para a nação ou empresa.
5- O que interessa de um governante ou empresa é o seu "Patrimônio Líquido". No caso do governo Lula poderia ser resumido no texto abaixo:
Resultado Fiscal Nominal da União
De janeiro de 2003 até dezembro de 2009 a União gerou um déficit fiscal nominal de R$ 708,4 bilhões (4,18% do PIB) com a criminosa agravante do aumento da carga tributária da União em 12,86% do PIB (22,08% do PIB em 2002 para 24,92% do PIB em 2008).
Rogo aos senhores leitores lucidez para entendimento da gravidade da situação econômica brasileira, encoberta pela orgia da fartura financeira (excesso de liquidez) do momento.
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429) Jose Serra: programa economico - Luis Nassif
As propostas econômicas de Serra
Coluna Econômica de Luis Nassif
28/04/2010
Em entrevista à agência Reuters, fontes ligadas ao candidato José Serra apresentaram algumas idéias que deverão ser implementadas, caso seja eleito.
Algumas são recorrentes, como a história de renegociação de contratos quando eleito. Ou redução de quadros comissionados.
O ponto que importa é a questão do câmbio.
Historicamente, Serra nunca acreditou que medidas pontuais de desoneração da produção como sucedâneo para o câmbio apreciado. Na entrevista, sugere-se que, durante as eleições, ele indicará para o mercado que deseja um dólar a 2 reais. E acredita que, pelo efeito indução, o mercado chegará até lá.
Na verdade é uma aposta arriscada. Na eleição de Lula, em 2002, o câmbio saltou para 4 reais provocando uma enorme agitação.
Mas, ao mesmo tempo, remete para a questão de como ir até um patamar adequado simplesmente manipulando a taxa de juros do Banco Central – que hoje é o principal componente da apreciação do real, à medida que atrai capitais especulativos para o país.
***
A entrevista é curiosa por explicitar o que o candidato pensa. Não é nada muito diferente do pensamento da equipe econômica de Dilma Rousseff. Os dois lados sabem da necessidade de corrigir o câmbio e reduzir a vulnerabilidade nas contas externas.
A questão é que intenções como essa não costumam ser anunciadas antecipadamente, porque provocam ebulições no mercado cambial.
***
Mesmo assim, quando Dilma Rousseff anuncia plena ênfase às exportações, através de desoneração tributária, devolução dos créditos-prêmio de exportação e outras medidas, sabe-se de antemão que serão insuficientes.
Não há medida de redução de custos, de desoneração, que compense as variações cambiais. Para se obter ganhos de 10% no preço final dos produtos brasileiros, tornando-se mais competitivos, é necessário um esforço descomunal de melhoria tributária, de infra-estrutura.
Todo esse esforço vai por água abaixo mediante uma mera decisão do BC de aumentar a taxa Selic e não impor nenhuma restrição à entrada de capitais externos.
Tanto do lado de Serra quanto de Dilma há a convicção sobre a necessidade de impor taxas maiores à entrada de capitais externos.
***
Na entrevista à Reuters, os porta-vozes de Serra anunciam que o BC não será entregue a nenhum porta-voz do mercado. No máximo, diretores convocados do mercado, por seu conhecimento técnico, mas dispostos a cumprir a agenda do governo.
***
Essa uniformidade de idéias em relação ao câmbio mostra que o ciclo mercadista efetivamente chegou ao fim. Não fosse o ano eleitoral, esse fim poderia ter sido abreviado.
Esses anos de câmbio apreciado roubaram muitos pontos percentuais do PIB, impediram a modernização do parque industrial brasileiro, dizimaram as exportações de manufaturados, reduziram a qualidade do emprego, bloquearam as inovações na indústria.
No balanço do país após a redemocratização, Fernando Henrique Cardoso e Lula entrarão para a história por razões variadas: o primeiro por ter ajudado a consolidar a democracia; o segundo, pelo salto nas políticas de inclusão social.
Mas ambos pagarão o preço de jamais terem ousado enfrentar a maldição do câmbio apreciado.
Coluna Econômica de Luis Nassif
28/04/2010
Em entrevista à agência Reuters, fontes ligadas ao candidato José Serra apresentaram algumas idéias que deverão ser implementadas, caso seja eleito.
Algumas são recorrentes, como a história de renegociação de contratos quando eleito. Ou redução de quadros comissionados.
O ponto que importa é a questão do câmbio.
Historicamente, Serra nunca acreditou que medidas pontuais de desoneração da produção como sucedâneo para o câmbio apreciado. Na entrevista, sugere-se que, durante as eleições, ele indicará para o mercado que deseja um dólar a 2 reais. E acredita que, pelo efeito indução, o mercado chegará até lá.
Na verdade é uma aposta arriscada. Na eleição de Lula, em 2002, o câmbio saltou para 4 reais provocando uma enorme agitação.
Mas, ao mesmo tempo, remete para a questão de como ir até um patamar adequado simplesmente manipulando a taxa de juros do Banco Central – que hoje é o principal componente da apreciação do real, à medida que atrai capitais especulativos para o país.
***
A entrevista é curiosa por explicitar o que o candidato pensa. Não é nada muito diferente do pensamento da equipe econômica de Dilma Rousseff. Os dois lados sabem da necessidade de corrigir o câmbio e reduzir a vulnerabilidade nas contas externas.
A questão é que intenções como essa não costumam ser anunciadas antecipadamente, porque provocam ebulições no mercado cambial.
***
Mesmo assim, quando Dilma Rousseff anuncia plena ênfase às exportações, através de desoneração tributária, devolução dos créditos-prêmio de exportação e outras medidas, sabe-se de antemão que serão insuficientes.
Não há medida de redução de custos, de desoneração, que compense as variações cambiais. Para se obter ganhos de 10% no preço final dos produtos brasileiros, tornando-se mais competitivos, é necessário um esforço descomunal de melhoria tributária, de infra-estrutura.
Todo esse esforço vai por água abaixo mediante uma mera decisão do BC de aumentar a taxa Selic e não impor nenhuma restrição à entrada de capitais externos.
Tanto do lado de Serra quanto de Dilma há a convicção sobre a necessidade de impor taxas maiores à entrada de capitais externos.
***
Na entrevista à Reuters, os porta-vozes de Serra anunciam que o BC não será entregue a nenhum porta-voz do mercado. No máximo, diretores convocados do mercado, por seu conhecimento técnico, mas dispostos a cumprir a agenda do governo.
***
Essa uniformidade de idéias em relação ao câmbio mostra que o ciclo mercadista efetivamente chegou ao fim. Não fosse o ano eleitoral, esse fim poderia ter sido abreviado.
Esses anos de câmbio apreciado roubaram muitos pontos percentuais do PIB, impediram a modernização do parque industrial brasileiro, dizimaram as exportações de manufaturados, reduziram a qualidade do emprego, bloquearam as inovações na indústria.
No balanço do país após a redemocratização, Fernando Henrique Cardoso e Lula entrarão para a história por razões variadas: o primeiro por ter ajudado a consolidar a democracia; o segundo, pelo salto nas políticas de inclusão social.
Mas ambos pagarão o preço de jamais terem ousado enfrentar a maldição do câmbio apreciado.
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segunda-feira, 26 de abril de 2010
428) Candidatura oficial: fraude historica
Apenas um empréstimo involuntário, alguns alegarão, de fato, uma tremenda tentativa de apresentar a candidata como uma inocente manifestante pela democracia, quando ela devia desprezar esses "companheiros de viagem", preferindo a via das armnas.
Ver o link para as fotos:
http://feedproxy.google.com/~r/ReinaldoAzevedo/~3/5yUoJOqiIjQ/
O DIA EM QUE O PT TRANSFORMOU NORMA BENGELL EM DILMA ROUSSEFF. OU: LOBO PERDE O PÊLO, MAS NÃO O VÍCIO
Reinaldo Azevedo, 25.04.2010
A rede já desvendou a tramóia. Não se fala em outra coisa!
O lobo perde o pêlo (aqui, ainda com acento), diz o ditado popular, mas não perde o vício. E, como sua especialidade é fingir, apresenta-se, às vezes, como se fosse cordeiro. Os petistas retomam uma prática antiga da tirania stalinista para tentar bombar a biografia da “criatura eleitoral” de Lula. Vejam esta imagem publicada no blog oficial de Dilma Rousseff:
Ela ilustra uma biografia da pré-candidata cujo objetivo é demonstrar a sua participação em momentos importantes da história brasileira — e sempre ao lado da democracia, ora essa! Trata-se de uma montagem com supostas três imagens de Dilma: quando criança, numa passeata contra a ditadura e nos dias atuais. Tudo estaria certo não tivesse aquela imagem do meio sido retirada desta foto:
A personagem apresentada como Dilma Rousseff é, na verdade, a atriz Normal Bengel, participando da chamada Passeata dos Cem Mil, realizada no Rio, no dia 26 de junho de 1968. Da esquerda para a direita, aparecem na fila as atrizes Tonia Carrero, Eva Wilma, Odette Lara, Norma Bengel e Ruth Escobar.
Isto mesmo: o BLOG OFICIAL DE DILMA — não se trata de coisa da molecada da rede, não; isso foi criado por profissionais — fraudou a história para tentar emprestar alguma relevância à biografia da candidata.
A situação é tão vexaminosa, que a empresa contratada para fazer a campanha, a tal Pepper Interativa, divulgou uma nota. Vejam que primor:
O blog Dilmanaweb lamenta profundamente a interpretação equivocada da foto que traz a atriz Norma Bengell participando de uma passeata contra a ditadura.
Jamais houve a intenção de confundir a sua imagem com a de Dilma, o que seria estapafúrdio, ainda mais se tratando de uma figura pública. O que se busca, ali, é ressaltar um momento da vida do país do qual Dilma participou ativamente. Outras fotos do blog fazem referência a esse momento em que os brasileiros foram às ruas pedir o fim da ditadura.
Dilma participou de todas essas lutas. Elas fazem parte de sua vida e da vida de milhões de brasileiros. Lamentamos eventuais mal-entendidos que possam ter ocorrido e tomaremos providências para evitá-los.
Pepper Interativa
Atenção!
Entenderam? Roubam a imagem de Norma Bengell, apresentam-na como se fosse de Dilma, mas a responsabilidade, obviamente, é de quem entendeu “errado” a mensagem… A Pepper é a agência que emprega o tal Marcelo Branco, aquele cabeludo que está revolucionando a língua portuguesa em suas mensagens na Internet.
Dilma militou em três organizações terroristas stalinistas, isto é, inspiradas moral, intelectual e politicamente no tirano soviético Josef Stálin, um dos maiores carniceiros da história. A prática de fraudar fotos vem daquele tempo.
A exemplo dos petistas, Stálin também recontava a história segundo os seus interesses, apagando, literalmente, os seus inimigos e se atribuindo uma importância que não tivera. Vejam estas fotos e suas respectivas legendas. Volto em seguida.
Em 1920, Lênin discursa em frente ao teatro Bolshoi, em Moscou. Fala aos soldados que vão lutar contra a Polônia. Ao lado do balcão, à sua esquerda (à direita da foto), de quepe, está Trotsky. Agora vejam...
... o que aconteceu depois que Trotsky foi banido da União Soviética. Stálin mandou apagar a sua imagem. No arquivo oficial e nos livros escolares, essa passou a ser a foto "verdadeira". Vejam outro exemplo abaixo.
Ato comemora o segundo ano do golpe bolchevique na Rússia, chamado de "revolução". Na foto da esquerda, sempre de quepe, Trotsky aparece ao lado de Lênin. Depois que Stálin "corrigiu" o passado, como fazem os petistas, seu inimigo desapareceu da história
Encerro
Os tempos são outros, mas a alma tirana é a mesma. A mitologia esquerdopata só se sustenta porque não reconhece a superioridade moral da verdade. Não fosse assim, não seria o próprio Lula a assaltar o passado e a biografia de seus adversários. Transformar Norma Bengell em Dilma Rousseff faz parte do PAM — o Programa de Aceleração da Mistificação. Trata-se apenas de um emblema de uma prática metódica.
Stálin, o fraudador-símbolo da história, metido a estudar lingüística (!), teria dito certa feita: “Fizemos a revolução, mas preservamos a bela língua russa”. Em tempos de Lula, Dilma e Marcelo Branco, caso a revolução petista seja consumada, nem isso se poderá afirmar sobre a “inculta & bela”.
Ver o link para as fotos:
http://feedproxy.google.com/~r/ReinaldoAzevedo/~3/5yUoJOqiIjQ/
O DIA EM QUE O PT TRANSFORMOU NORMA BENGELL EM DILMA ROUSSEFF. OU: LOBO PERDE O PÊLO, MAS NÃO O VÍCIO
Reinaldo Azevedo, 25.04.2010
A rede já desvendou a tramóia. Não se fala em outra coisa!
O lobo perde o pêlo (aqui, ainda com acento), diz o ditado popular, mas não perde o vício. E, como sua especialidade é fingir, apresenta-se, às vezes, como se fosse cordeiro. Os petistas retomam uma prática antiga da tirania stalinista para tentar bombar a biografia da “criatura eleitoral” de Lula. Vejam esta imagem publicada no blog oficial de Dilma Rousseff:
Ela ilustra uma biografia da pré-candidata cujo objetivo é demonstrar a sua participação em momentos importantes da história brasileira — e sempre ao lado da democracia, ora essa! Trata-se de uma montagem com supostas três imagens de Dilma: quando criança, numa passeata contra a ditadura e nos dias atuais. Tudo estaria certo não tivesse aquela imagem do meio sido retirada desta foto:
A personagem apresentada como Dilma Rousseff é, na verdade, a atriz Normal Bengel, participando da chamada Passeata dos Cem Mil, realizada no Rio, no dia 26 de junho de 1968. Da esquerda para a direita, aparecem na fila as atrizes Tonia Carrero, Eva Wilma, Odette Lara, Norma Bengel e Ruth Escobar.
Isto mesmo: o BLOG OFICIAL DE DILMA — não se trata de coisa da molecada da rede, não; isso foi criado por profissionais — fraudou a história para tentar emprestar alguma relevância à biografia da candidata.
A situação é tão vexaminosa, que a empresa contratada para fazer a campanha, a tal Pepper Interativa, divulgou uma nota. Vejam que primor:
O blog Dilmanaweb lamenta profundamente a interpretação equivocada da foto que traz a atriz Norma Bengell participando de uma passeata contra a ditadura.
Jamais houve a intenção de confundir a sua imagem com a de Dilma, o que seria estapafúrdio, ainda mais se tratando de uma figura pública. O que se busca, ali, é ressaltar um momento da vida do país do qual Dilma participou ativamente. Outras fotos do blog fazem referência a esse momento em que os brasileiros foram às ruas pedir o fim da ditadura.
Dilma participou de todas essas lutas. Elas fazem parte de sua vida e da vida de milhões de brasileiros. Lamentamos eventuais mal-entendidos que possam ter ocorrido e tomaremos providências para evitá-los.
Pepper Interativa
Atenção!
Entenderam? Roubam a imagem de Norma Bengell, apresentam-na como se fosse de Dilma, mas a responsabilidade, obviamente, é de quem entendeu “errado” a mensagem… A Pepper é a agência que emprega o tal Marcelo Branco, aquele cabeludo que está revolucionando a língua portuguesa em suas mensagens na Internet.
Dilma militou em três organizações terroristas stalinistas, isto é, inspiradas moral, intelectual e politicamente no tirano soviético Josef Stálin, um dos maiores carniceiros da história. A prática de fraudar fotos vem daquele tempo.
A exemplo dos petistas, Stálin também recontava a história segundo os seus interesses, apagando, literalmente, os seus inimigos e se atribuindo uma importância que não tivera. Vejam estas fotos e suas respectivas legendas. Volto em seguida.
Em 1920, Lênin discursa em frente ao teatro Bolshoi, em Moscou. Fala aos soldados que vão lutar contra a Polônia. Ao lado do balcão, à sua esquerda (à direita da foto), de quepe, está Trotsky. Agora vejam...
... o que aconteceu depois que Trotsky foi banido da União Soviética. Stálin mandou apagar a sua imagem. No arquivo oficial e nos livros escolares, essa passou a ser a foto "verdadeira". Vejam outro exemplo abaixo.
Ato comemora o segundo ano do golpe bolchevique na Rússia, chamado de "revolução". Na foto da esquerda, sempre de quepe, Trotsky aparece ao lado de Lênin. Depois que Stálin "corrigiu" o passado, como fazem os petistas, seu inimigo desapareceu da história
Encerro
Os tempos são outros, mas a alma tirana é a mesma. A mitologia esquerdopata só se sustenta porque não reconhece a superioridade moral da verdade. Não fosse assim, não seria o próprio Lula a assaltar o passado e a biografia de seus adversários. Transformar Norma Bengell em Dilma Rousseff faz parte do PAM — o Programa de Aceleração da Mistificação. Trata-se apenas de um emblema de uma prática metódica.
Stálin, o fraudador-símbolo da história, metido a estudar lingüística (!), teria dito certa feita: “Fizemos a revolução, mas preservamos a bela língua russa”. Em tempos de Lula, Dilma e Marcelo Branco, caso a revolução petista seja consumada, nem isso se poderá afirmar sobre a “inculta & bela”.
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domingo, 25 de abril de 2010
427) Voto feminino sera decisivo, segundo IBGE
El voto de las mujeres decidirá la sucesión de Lula
Brasil – El País – 25/04/2010.
Será el voto femenino el que decidirá quién será el sucesor del presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Así lo afirma uno de los grandes expertos en estadística, el catedrático José Eustaquio Diniz Alves, de la Escuela Nacional de Ciencias Estadísticas del IBGE (Instituto Brasileño de Geografía y Estadística). El electorado femenino cuenta con cinco millones de votos más que el masculino y serán esos votos los que inclinarán el fiel de la balanza el próximo 3 de octubre.
El censo femenino en Brasil, un país con 191 millones de habitantes y más de 125 millones de votantes, ha ido creciendo progresivamente por el hecho de que las mujeres tienen una media de vida varios años superior a la de los hombres. En 1998, las mujeres que votaban eran 37 millones. Este año son 70 millones.
Precisamente, de los tres candidatos que se disputarán la sucesión del carismático ex tornero Lula, dos son mujeres: la ex ministra Dilma Rousseff, la preferida del presidente, y la ecologista Marina Silva, antagonista de Rousseff en los temas de política ambiental. Curiosamente, el único candidato masculino, José Serra, ex gobernador de São Paulo, capitaliza, según los sondeos, es el preferido por las electoras: el 35% de las mujeres lo votaría, frente al 25% que lo haría por Rousseff.
Lula tuvo siempre más votantes entre los hombres que entre las mujeres. Fue la falta de tres millones de votos femeninos lo que le obligó a disputar la segunda vuelta en 2002 y 2006.
Los analistas piensan que el hecho de que las mujeres se inclinen por candidatos varones se debe a que la mujer en Brasil ha tenido muy poco protagonismo en la política, mientras que sí lo tiene en otros ramos como la industria, el periodismo o el comercio. Comparado con otros países de América Latina, en 2009, Brasil estaba entre los últimos lugares en el índice de participación femenina en los Parlamentos del sur del continente. Superaba sólo a Haití y Guatemala.
Las brasileñas no están acostumbradas a experiencia de ver a mujeres actuando en política con un sello propio. Hasta cuando la actual candidata Rousseff sucedió en el Ministerio de la Casa Civil al poderoso José Dirceu, entonces brazo derecho de Lula, que tuvo que dejar el cargo por un escándalo de corrupción, se decía, como elogio, que era “un Dirceu con faldas”.
Los candidatos varones siguen ofreciéndoles aún mayor confianza. De ahí que la ex guerrillera Rousseff, con fama de dura, haya apelado hasta a la Virgen María, para celebrar a la “diosa mujer”, y llame a que Brasil tenga, por primera vez, una presidenta, como ella ha empezado a autodenominarse.
Según los sondeos, hay más mujeres que hombres entre los indecisos. Son más pragmáticas y menos ideologizadas, y suelen esperar hasta el último momento para conocer las propuestas concretas de cada candidato antes de decidir su voto.
Acesso em: 25/04/2010.
Brasil – El País – 25/04/2010.
Será el voto femenino el que decidirá quién será el sucesor del presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Así lo afirma uno de los grandes expertos en estadística, el catedrático José Eustaquio Diniz Alves, de la Escuela Nacional de Ciencias Estadísticas del IBGE (Instituto Brasileño de Geografía y Estadística). El electorado femenino cuenta con cinco millones de votos más que el masculino y serán esos votos los que inclinarán el fiel de la balanza el próximo 3 de octubre.
El censo femenino en Brasil, un país con 191 millones de habitantes y más de 125 millones de votantes, ha ido creciendo progresivamente por el hecho de que las mujeres tienen una media de vida varios años superior a la de los hombres. En 1998, las mujeres que votaban eran 37 millones. Este año son 70 millones.
Precisamente, de los tres candidatos que se disputarán la sucesión del carismático ex tornero Lula, dos son mujeres: la ex ministra Dilma Rousseff, la preferida del presidente, y la ecologista Marina Silva, antagonista de Rousseff en los temas de política ambiental. Curiosamente, el único candidato masculino, José Serra, ex gobernador de São Paulo, capitaliza, según los sondeos, es el preferido por las electoras: el 35% de las mujeres lo votaría, frente al 25% que lo haría por Rousseff.
Lula tuvo siempre más votantes entre los hombres que entre las mujeres. Fue la falta de tres millones de votos femeninos lo que le obligó a disputar la segunda vuelta en 2002 y 2006.
Los analistas piensan que el hecho de que las mujeres se inclinen por candidatos varones se debe a que la mujer en Brasil ha tenido muy poco protagonismo en la política, mientras que sí lo tiene en otros ramos como la industria, el periodismo o el comercio. Comparado con otros países de América Latina, en 2009, Brasil estaba entre los últimos lugares en el índice de participación femenina en los Parlamentos del sur del continente. Superaba sólo a Haití y Guatemala.
Las brasileñas no están acostumbradas a experiencia de ver a mujeres actuando en política con un sello propio. Hasta cuando la actual candidata Rousseff sucedió en el Ministerio de la Casa Civil al poderoso José Dirceu, entonces brazo derecho de Lula, que tuvo que dejar el cargo por un escándalo de corrupción, se decía, como elogio, que era “un Dirceu con faldas”.
Los candidatos varones siguen ofreciéndoles aún mayor confianza. De ahí que la ex guerrillera Rousseff, con fama de dura, haya apelado hasta a la Virgen María, para celebrar a la “diosa mujer”, y llame a que Brasil tenga, por primera vez, una presidenta, como ella ha empezado a autodenominarse.
Según los sondeos, hay más mujeres que hombres entre los indecisos. Son más pragmáticas y menos ideologizadas, y suelen esperar hasta el último momento para conocer las propuestas concretas de cada candidato antes de decidir su voto.
Acesso em: 25/04/2010.
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426) Aliancas estaduais complicadas para o PT - Parana online
PT tem mais dificuldades que PSDB para montar palanques
Roger Pereira
Paraná online, 25/04/2010
A dificuldade em construir um palanque competitivo para a pré-candidata do partido, Dilma Rousseff, à presidência da República, não é um problema exclusivo do PT do Paraná.
Mas, se o PT paranaense sofre com o risco de ter que lançar uma candidatura própria de última hora para não ficar sem palanque em caso de insucesso da aliança com Osmar Dias (PDT), em outros estados é a existência de mais de um pré-candidato da base de apoio ao governo Lula que cria a ameaça de racha e enfraquecimento do palanque.
A aliança nacional entre PT e PMDB é a principal causa de conflito em, pelo menos, oito estados, onde a candidatura própria peemedebista cria palanque duplo ou possibilidade de racha com candidaturas do PT ou de outros partidos da base.
O impasse sobre a candidatura de Ciro Gomes (PSB) à presidência, também pode dificultar a formação de alguns palanques petistas. Da costura que o PT conseguir fazer nos estados, também pode ser definido o futuro dos palanques regionais de José Serra (PSDB), já que há estados onde até os três principais pré-candidatos são da base de Lula. Nesses locais, o PSDB espera o racha para formar sua aliança.
Um estado em que PMDB e PT certamente não estarão juntos é no Rio Grande do Sul. O PMDB lançará o ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, contra o ex-ministro Tarso Genro (PT).
Mas dessa disputa o PSDB não irá se aproveitar, já que também terá candidatura própria, da governador Yeda Crussius, candidata à reeleição. Já na Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba e, principalmente, no Mato Grosso do Sul, a existência de mais de um candidato da base de Lula pode criar o palanque de Serra.
Candidato à reeleição, André Puccinelli (PMDB) condiciona a apoio a Dilma ao palanque único da aliança no Estado, mas o PT ainda alimenta a pré-candidatura de Zeca do PT. Puccinelli tem a simpatia do PSDB e poderia formar palanque para Serra, hipótese reforçada com a pré-candidatura de seu vice, Murilo Zauith (DEM) ao Senado.
No Ceará, tanto PT como PSDB simpatizam com a reeleição de Cid Gomes (PSB), mas a presidente estadual do PT, Luiziane Lins, prefeita de Fortaleza, não admite o apoio do irmão de Ciro Gomes à candidatura ao Senado de Tasso Jereissati (PSDB), ameaçando melar a aliança e lançar candidato próprio ao governo, empurrando Cid para o palanque de Serra.
Em Pernambuco, Bahia, Acre, Espírito Santo e Paraíba, o desentendimento entre PT e PMDB pode beneficiar o palanque de Serra, que já declarou apoio a Jarbas Vasconcelos (PMDB) contra o atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), favorito de Dilma.
Na Bahia, os tucanos torcem pelo rompimento entre Jaques Wagner (PT) e Geddel Vieira Lima (PMDB), para ganhar o apoio do peemedebista. Caso contrário, Serra vai de Paulo Souto (DEM). Situação semelhante à do Acre, onde o PSDB pode abrir mão da candidatura própria para se aliar a Rodrigo Pinto (PMDB), contra Tião Viana (PT).
No Espírito Santo e na Paraíba, o PSDB estuda apoiar o candidato do PSB contra o PMDB, que terá apoio do PT nestes estados. Se conseguir compor, no entanto, o PT pode complicar o palanque de Serra.
O PT ainda tem problemas de palanque duplo em Minas Gerais, onde o ex-ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel disputarão prévias partidárias, mas ainda há a candidatura posta do ex-ministro Hélio Costa (PMDB). No Maranhão, o partido está divido entre Rosena Sarney (PMDB), Jackson Lago (PDT) e Flávio Dino (PCdoB).
Tucanos estão mais enxutos
Com uma coligação bem mais enxuta no plano nacional (três partidos de oposição, PSDB, DEM e PPS, contra 10 da base de Lula) o PSDB tem menos problemas para montar os palanques de José Serra pelos estados.
Mas também não deixa de enfrentar as suas dificuldades. Como acontece no Maranhão, onde o partido não cogita apoiar Roseana Sarney, mas conversa, até, com o candidato do PCdoB, Flávio Dino. O partido também pode ir com Jackson Lago, do PDT.
Mas os principais problemas tucanos estão em Santa Catarina, Goiás, Amazonas e Rio de Janeiro, além da Paraíba e do Espírito Santo, onde o grupo do pré-candidato José Serra torce para que ocorra um racha dos partidos que integram a base de de sustentação do presidente Lula.
Em Santa Catarina, o palanque de Serra é incerto. Dos três principais candidatos, apenas a senadora Ideli Salvati (PT) já sabe de que lado estará na eleição nacional.
Dário Berger (PMDB) e Angela Amim (PP) ainda aguardam definição de seus partidos. O PMDB de Santa Catarina é um dos diretórios estaduais contrários a aliança nacional com o PT e defensores da candidatura própria do partido.
No Amazonas, o partido deve apoiar o candidato do PSB, Serafim Côrrea, mas o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio conversa com o ex-ministro Alfredo Nascimento (PR), que terá o apoio do PT.
Em Goiás, o pré-candidato tucano, Marconi Perillo sofre resistência do DEM de Ronaldo Caiado e o PSDB nacional poderá ter de intervir para impor uma composição.
Problemas para Serra no Rio e no sul do País
No Rio de Janeiro, um dos estados em que a candidatura de Dilma Rousseff é mais forte, com o apoio do governador e candidato à reeleição Sérgio Cabral (PMDB), o PSDB está envolvido em problemas.
O PSDB apóia a pré-candidatura do deputado federal Fernando Gabeira (PV), mas tem que dividir o apoio do partido com a senadora Marina Silva, além de administrar a resistência do pré-candidato do PV a se aliar ao DEM de César Maia, que reivindica uma vaga na chapa para o Senado. Gabeira já cogita desistir da candidatura se tiver que se aliar ao DEM.
Integrante da direção nacional do PSDB, o senador Álvaro Dias avalia que a região Sul é um dos espaços onde o pré-candidato do PSDB à presidência da República José Serra poderia ter conseguido ampliar seus espaços se tivesse feito as composições desejadas.
Álvaro avalia que no Rio Grande do Sul, se a governadora Yeda Crusius não tivesse insistido na candidatura, Serra teria conquistado o PMDB para seu palanque.
Com popularidade e desempenho eleitorais baixos, Yeda, com sua pré-candidatura, impediu que o PSDB ganhasse o apoio do ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça e de todo o PMDB do estado. Lá, os peemedebistas devem seguir a aliança nacional do partido com o PT.
Santa Catarina, Álvaro avalia que o PMDB deve estar no palanque de Serra, mas a aliança poderia juntar outros partidos, como o PP, onde a pré-candidata Ângela Amin ainda não se definiu.
No Paraná, Álvaro lembra que se o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa tivesse permanecido na prefeitura, o senador tucano seria o candidato ao governo e Serra poderia ter o apoio do PMDB e do PDT. "Eu não gosto de falar sobre o Paraná, mas o Estado poderia ter dado ao Serra um dos mais fortes palanques no país", resumiu.
Roger Pereira
Paraná online, 25/04/2010
A dificuldade em construir um palanque competitivo para a pré-candidata do partido, Dilma Rousseff, à presidência da República, não é um problema exclusivo do PT do Paraná.
Mas, se o PT paranaense sofre com o risco de ter que lançar uma candidatura própria de última hora para não ficar sem palanque em caso de insucesso da aliança com Osmar Dias (PDT), em outros estados é a existência de mais de um pré-candidato da base de apoio ao governo Lula que cria a ameaça de racha e enfraquecimento do palanque.
A aliança nacional entre PT e PMDB é a principal causa de conflito em, pelo menos, oito estados, onde a candidatura própria peemedebista cria palanque duplo ou possibilidade de racha com candidaturas do PT ou de outros partidos da base.
O impasse sobre a candidatura de Ciro Gomes (PSB) à presidência, também pode dificultar a formação de alguns palanques petistas. Da costura que o PT conseguir fazer nos estados, também pode ser definido o futuro dos palanques regionais de José Serra (PSDB), já que há estados onde até os três principais pré-candidatos são da base de Lula. Nesses locais, o PSDB espera o racha para formar sua aliança.
Um estado em que PMDB e PT certamente não estarão juntos é no Rio Grande do Sul. O PMDB lançará o ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, contra o ex-ministro Tarso Genro (PT).
Mas dessa disputa o PSDB não irá se aproveitar, já que também terá candidatura própria, da governador Yeda Crussius, candidata à reeleição. Já na Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba e, principalmente, no Mato Grosso do Sul, a existência de mais de um candidato da base de Lula pode criar o palanque de Serra.
Candidato à reeleição, André Puccinelli (PMDB) condiciona a apoio a Dilma ao palanque único da aliança no Estado, mas o PT ainda alimenta a pré-candidatura de Zeca do PT. Puccinelli tem a simpatia do PSDB e poderia formar palanque para Serra, hipótese reforçada com a pré-candidatura de seu vice, Murilo Zauith (DEM) ao Senado.
No Ceará, tanto PT como PSDB simpatizam com a reeleição de Cid Gomes (PSB), mas a presidente estadual do PT, Luiziane Lins, prefeita de Fortaleza, não admite o apoio do irmão de Ciro Gomes à candidatura ao Senado de Tasso Jereissati (PSDB), ameaçando melar a aliança e lançar candidato próprio ao governo, empurrando Cid para o palanque de Serra.
Em Pernambuco, Bahia, Acre, Espírito Santo e Paraíba, o desentendimento entre PT e PMDB pode beneficiar o palanque de Serra, que já declarou apoio a Jarbas Vasconcelos (PMDB) contra o atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), favorito de Dilma.
Na Bahia, os tucanos torcem pelo rompimento entre Jaques Wagner (PT) e Geddel Vieira Lima (PMDB), para ganhar o apoio do peemedebista. Caso contrário, Serra vai de Paulo Souto (DEM). Situação semelhante à do Acre, onde o PSDB pode abrir mão da candidatura própria para se aliar a Rodrigo Pinto (PMDB), contra Tião Viana (PT).
No Espírito Santo e na Paraíba, o PSDB estuda apoiar o candidato do PSB contra o PMDB, que terá apoio do PT nestes estados. Se conseguir compor, no entanto, o PT pode complicar o palanque de Serra.
O PT ainda tem problemas de palanque duplo em Minas Gerais, onde o ex-ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel disputarão prévias partidárias, mas ainda há a candidatura posta do ex-ministro Hélio Costa (PMDB). No Maranhão, o partido está divido entre Rosena Sarney (PMDB), Jackson Lago (PDT) e Flávio Dino (PCdoB).
Tucanos estão mais enxutos
Com uma coligação bem mais enxuta no plano nacional (três partidos de oposição, PSDB, DEM e PPS, contra 10 da base de Lula) o PSDB tem menos problemas para montar os palanques de José Serra pelos estados.
Mas também não deixa de enfrentar as suas dificuldades. Como acontece no Maranhão, onde o partido não cogita apoiar Roseana Sarney, mas conversa, até, com o candidato do PCdoB, Flávio Dino. O partido também pode ir com Jackson Lago, do PDT.
Mas os principais problemas tucanos estão em Santa Catarina, Goiás, Amazonas e Rio de Janeiro, além da Paraíba e do Espírito Santo, onde o grupo do pré-candidato José Serra torce para que ocorra um racha dos partidos que integram a base de de sustentação do presidente Lula.
Em Santa Catarina, o palanque de Serra é incerto. Dos três principais candidatos, apenas a senadora Ideli Salvati (PT) já sabe de que lado estará na eleição nacional.
Dário Berger (PMDB) e Angela Amim (PP) ainda aguardam definição de seus partidos. O PMDB de Santa Catarina é um dos diretórios estaduais contrários a aliança nacional com o PT e defensores da candidatura própria do partido.
No Amazonas, o partido deve apoiar o candidato do PSB, Serafim Côrrea, mas o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio conversa com o ex-ministro Alfredo Nascimento (PR), que terá o apoio do PT.
Em Goiás, o pré-candidato tucano, Marconi Perillo sofre resistência do DEM de Ronaldo Caiado e o PSDB nacional poderá ter de intervir para impor uma composição.
Problemas para Serra no Rio e no sul do País
No Rio de Janeiro, um dos estados em que a candidatura de Dilma Rousseff é mais forte, com o apoio do governador e candidato à reeleição Sérgio Cabral (PMDB), o PSDB está envolvido em problemas.
O PSDB apóia a pré-candidatura do deputado federal Fernando Gabeira (PV), mas tem que dividir o apoio do partido com a senadora Marina Silva, além de administrar a resistência do pré-candidato do PV a se aliar ao DEM de César Maia, que reivindica uma vaga na chapa para o Senado. Gabeira já cogita desistir da candidatura se tiver que se aliar ao DEM.
Integrante da direção nacional do PSDB, o senador Álvaro Dias avalia que a região Sul é um dos espaços onde o pré-candidato do PSDB à presidência da República José Serra poderia ter conseguido ampliar seus espaços se tivesse feito as composições desejadas.
Álvaro avalia que no Rio Grande do Sul, se a governadora Yeda Crusius não tivesse insistido na candidatura, Serra teria conquistado o PMDB para seu palanque.
Com popularidade e desempenho eleitorais baixos, Yeda, com sua pré-candidatura, impediu que o PSDB ganhasse o apoio do ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça e de todo o PMDB do estado. Lá, os peemedebistas devem seguir a aliança nacional do partido com o PT.
Santa Catarina, Álvaro avalia que o PMDB deve estar no palanque de Serra, mas a aliança poderia juntar outros partidos, como o PP, onde a pré-candidata Ângela Amin ainda não se definiu.
No Paraná, Álvaro lembra que se o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa tivesse permanecido na prefeitura, o senador tucano seria o candidato ao governo e Serra poderia ter o apoio do PMDB e do PDT. "Eu não gosto de falar sobre o Paraná, mas o Estado poderia ter dado ao Serra um dos mais fortes palanques no país", resumiu.
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425) Uma aposentadoria presidencial tranquila (mas quem disse aposentadoria?)
A julgar por esse decreto de mordomias superiores a qualquer marajah indiano, o presidente não vai exatamente gozar de uma aposentadoria tranquila, e sim trabalhar furiosamente, com tantos assessores e aspones (pagos com o nosso dinheiro), motoristas, seguranças e outras facilidades feitas para entreter um séquito completo de serviçais e bajuladores habituais e outras mariposas circulantes em volta. Uma vergonha, se querem saber o que penso a respeito disso.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO Nº 6.381, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2008
Regulamenta a Lei no 7.474, de 8 de maio de 1986, que dispõe sobre medidas de segurança aos ex-Presidentes da República, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 7.474, de 8 de maio de 1986,
DECRETA:
Art. 1o Findo o mandato do Presidente da República, quem o houver exercido, em caráter permanente, terá direito:
I - aos serviços de quatro servidores para atividades de segurança e apoio pessoal;
II - a dois veículos oficiais, com os respectivos motoristas; e
III - ao assessoramento de dois servidores ocupantes de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, nível 5.
Art. 2o Os servidores e motoristas a que se refere o art. 1o serão de livre escolha do ex-Presidente da República e nomeados para cargo em comissão destinado ao apoio a ex-Presidentes da República, integrante do quadro dos cargos em comissão e das funções gratificadas da Casa Civil da Presidência da República.
Art. 3o Para atendimento do disposto no art. 1o, a Secretaria de Administração da Casa Civil da Presidência da República poderá dispor, para cada ex-Presidente, de até oito cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, sendo dois DAS 102.5, dois DAS 102.4, dois DAS 102.2 e dois DAS 102.1.
Art. 4o Os servidores em atividade de segurança e os motoristas de que trata o art. 1o receberão treinamento para se capacitar, respectivamente, para o exercício da função de segurança pessoal e de condutor de veículo de segurança, pelo Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
Art. 5o Os servidores em atividade de segurança e os motoristas aprovados no treinamento de capacitação na forma do art. 4o, enquanto estiverem em exercício nos respectivos cargos em comissão da Casa Civil, ficarão vinculados tecnicamente ao Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional, sendo considerados, para os fins do art. 6o, inciso V, segunda parte, da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, agentes daquele Departamento.
Art. 6o Aos servidores de que trata o art. 5o poderá ser disponibilizado, por solicitação do ex-Presidente ou seu representante, porte de arma institucional do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional, desde que cumpridos os seguintes requisitos, além daqueles previstos na Lei no 10.826, de 2003, em seu regulamento e em portaria do Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional:
I - avaliação que ateste a capacidade técnica e aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, a ser realizada pelo Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional;
II - observância dos procedimentos relativos às condições para a utilização da arma institucional, estabelecidos em ato normativo interno do Gabinete de Segurança Institucional; e
III - que se tratem de pessoas originárias das situações previstas no art. 6o, incisos I, II e V, da Lei no 10.826, de 2003.
Parágrafo único. O porte de arma institucional de que trata o caput terá prazo de validade determinado e, para sua renovação, deverá ser realizada novamente a avaliação de que trata o inciso I do caput, nos termos de portaria do Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
Art. 7o Durante os períodos de treinamento e avaliação de que tratam os arts. 4o e 6o, o servidor em atividade de segurança e motorista de ex-Presidente poderá ser substituído temporariamente, mediante solicitação do ex-Presidente ou seu representante, por agente de segurança do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional.
Art. 8o O planejamento, a coordenação, o controle e o zelo pela segurança patrimonial e pessoal de ex-Presidente caberá aos servidores de que trata o art. 1o, conforme estrutura e organização própria estabelecida.
Art. 9o A execução dos atos administrativos internos relacionados com a gestão dos servidores de que trata o art. 1o e a disponibilidade de dois veículos para o ex-Presidente serão praticadas pela Casa Civil, que arcará com as despesas decorrentes.
Art. 10. Os candidatos à Presidência da República terão direito a segurança pessoal, exercida por agentes da Polícia Federal, a partir da homologação da respectiva candidatura em convenção partidária.
Art. 11. O Ministro de Estado da Justiça, no que diz respeito ao art. 10, o Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, no que concerne aos arts. 4o, 5o, 6o e 7o, e o Secretário de Administração da Casa Civil, quanto ao disposto nos arts. 2o e 9o, baixarão as instruções e os atos necessários à execução do disposto neste Decreto.
Art. 12. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
Art. 13. Revoga-se o Decreto no 1.347, de 28 de dezembro de 1994.
Brasília, 27 de fevereiro de 2008; 187o da Independência e 120o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Tarso Genro
Jorge Armando Felix
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DECRETO Nº 6.381, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2008
Regulamenta a Lei no 7.474, de 8 de maio de 1986, que dispõe sobre medidas de segurança aos ex-Presidentes da República, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 7.474, de 8 de maio de 1986,
DECRETA:
Art. 1o Findo o mandato do Presidente da República, quem o houver exercido, em caráter permanente, terá direito:
I - aos serviços de quatro servidores para atividades de segurança e apoio pessoal;
II - a dois veículos oficiais, com os respectivos motoristas; e
III - ao assessoramento de dois servidores ocupantes de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, nível 5.
Art. 2o Os servidores e motoristas a que se refere o art. 1o serão de livre escolha do ex-Presidente da República e nomeados para cargo em comissão destinado ao apoio a ex-Presidentes da República, integrante do quadro dos cargos em comissão e das funções gratificadas da Casa Civil da Presidência da República.
Art. 3o Para atendimento do disposto no art. 1o, a Secretaria de Administração da Casa Civil da Presidência da República poderá dispor, para cada ex-Presidente, de até oito cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, sendo dois DAS 102.5, dois DAS 102.4, dois DAS 102.2 e dois DAS 102.1.
Art. 4o Os servidores em atividade de segurança e os motoristas de que trata o art. 1o receberão treinamento para se capacitar, respectivamente, para o exercício da função de segurança pessoal e de condutor de veículo de segurança, pelo Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
Art. 5o Os servidores em atividade de segurança e os motoristas aprovados no treinamento de capacitação na forma do art. 4o, enquanto estiverem em exercício nos respectivos cargos em comissão da Casa Civil, ficarão vinculados tecnicamente ao Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional, sendo considerados, para os fins do art. 6o, inciso V, segunda parte, da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, agentes daquele Departamento.
Art. 6o Aos servidores de que trata o art. 5o poderá ser disponibilizado, por solicitação do ex-Presidente ou seu representante, porte de arma institucional do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional, desde que cumpridos os seguintes requisitos, além daqueles previstos na Lei no 10.826, de 2003, em seu regulamento e em portaria do Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional:
I - avaliação que ateste a capacidade técnica e aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, a ser realizada pelo Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional;
II - observância dos procedimentos relativos às condições para a utilização da arma institucional, estabelecidos em ato normativo interno do Gabinete de Segurança Institucional; e
III - que se tratem de pessoas originárias das situações previstas no art. 6o, incisos I, II e V, da Lei no 10.826, de 2003.
Parágrafo único. O porte de arma institucional de que trata o caput terá prazo de validade determinado e, para sua renovação, deverá ser realizada novamente a avaliação de que trata o inciso I do caput, nos termos de portaria do Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
Art. 7o Durante os períodos de treinamento e avaliação de que tratam os arts. 4o e 6o, o servidor em atividade de segurança e motorista de ex-Presidente poderá ser substituído temporariamente, mediante solicitação do ex-Presidente ou seu representante, por agente de segurança do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional.
Art. 8o O planejamento, a coordenação, o controle e o zelo pela segurança patrimonial e pessoal de ex-Presidente caberá aos servidores de que trata o art. 1o, conforme estrutura e organização própria estabelecida.
Art. 9o A execução dos atos administrativos internos relacionados com a gestão dos servidores de que trata o art. 1o e a disponibilidade de dois veículos para o ex-Presidente serão praticadas pela Casa Civil, que arcará com as despesas decorrentes.
Art. 10. Os candidatos à Presidência da República terão direito a segurança pessoal, exercida por agentes da Polícia Federal, a partir da homologação da respectiva candidatura em convenção partidária.
Art. 11. O Ministro de Estado da Justiça, no que diz respeito ao art. 10, o Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, no que concerne aos arts. 4o, 5o, 6o e 7o, e o Secretário de Administração da Casa Civil, quanto ao disposto nos arts. 2o e 9o, baixarão as instruções e os atos necessários à execução do disposto neste Decreto.
Art. 12. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
Art. 13. Revoga-se o Decreto no 1.347, de 28 de dezembro de 1994.
Brasília, 27 de fevereiro de 2008; 187o da Independência e 120o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Tarso Genro
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sábado, 24 de abril de 2010
424) Xiii, complicou para a candidata oficial - PSB do Paraná se revolta
Política: PSB do Paraná descarta apoio a Dilma
Elizabete Castro
Paraná Online, 24/04/2010
Reni Pereira: “Nem amarrado”.
Se tentar, a direção nacional do PSB vai ter dificuldades para tirar o partido do palanque do PSDB no Paraná e levá-lo a apoiar a candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff à presidência da República pelo PT.
A única forma de o PSB não apoiar a candidatura do ex-governador de São Paulo José Serra à presidência da República é se o deputado federal Ciro Gomes for candidato à sucessão do presidente Lula, disse o líder da bancada estadual do PSB e integrante do diretório nacional do partido, deputado Reni Pereira.
“Desse socialista aqui, podem tirar o cavalo da chuva. Não apoio o PT nem amarrado”, avisou Pereira, atribuindo a rejeição ao acordo, que está sendo costurado nacionalmente, ao histórico da relação entre os dois partidos no Estado.
Também líder da bancada socialista na Assembleia Legislativa PSB, Pereira destacou que nos últimos anos o PSB e o PT estiveram em lados opostos no Paraná. Para ele, o quadro é claro.
“O PSDB nos respeitou como aliado. Tanto que fomos vice-prefeito e temos hoje a prefeitura de Curitiba. Nós vamos devolver este respeito apoiando o Beto e o Serra, se o Ciro não for candidato. Até porque não há mais verticalização das coligações”, disse.
Desde a substituição do ex-militante Vitorio Sorotiuk por Severino Araújo, no início de 90, o PSB deixou de ser um aliado tradicional do PT do Paraná. Investigado pelo ex-governador Roberto Requião (PMDB), então no Senado, na CPI dos Precatórios, o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, que presidiu o PSB nacional durante as últimas décadas, antes de morrer, em 2005, passou o comando estadual do partido para Severino Araújo.
Sob nova direção, o PSB passou a ser base de apoio do grupo do ex-governador Jaime Lerner, adversário de Requião e, em seguida, aliou-se ao PSDB. “Nós não temos histórico de caminhada junto com o PT do Paraná. Além disso, nos oito anos de governo Lula, fomos tratados como adversários pelo PT. Não é agora que eles vão lembrar de nós”, atacou Pereira. O símbolo
Além das rivalidades, a prefeitura de Curitiba é o símbolo da resistência a um acordo com o PT. Desde que o ex-prefeito Beto Richa (PSDB) se afastou do cargo em março para concorrer ao governo do Estado, a prefeitura está sob o comando de Luciano Ducci que, deixou o PSDB há alguns anos, para se filiar ao PSB.
Ducci não quer falar a respeito do impasse no partido. Acha que é prematuro se manifestar antes da reunião da próxima semana, quando a direção nacional deve oficializar o fim da candidatura de Ciro Gomes à sucessão.
Entretanto, o atual prefeito de Curitiba sempre declarou apoio a Beto Richa e subiria ao mesmo palanque do candidato a presidente da República apoiado pelo ex-prefeito de Curitiba.
Elizabete Castro
Paraná Online, 24/04/2010
Reni Pereira: “Nem amarrado”.
Se tentar, a direção nacional do PSB vai ter dificuldades para tirar o partido do palanque do PSDB no Paraná e levá-lo a apoiar a candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff à presidência da República pelo PT.
A única forma de o PSB não apoiar a candidatura do ex-governador de São Paulo José Serra à presidência da República é se o deputado federal Ciro Gomes for candidato à sucessão do presidente Lula, disse o líder da bancada estadual do PSB e integrante do diretório nacional do partido, deputado Reni Pereira.
“Desse socialista aqui, podem tirar o cavalo da chuva. Não apoio o PT nem amarrado”, avisou Pereira, atribuindo a rejeição ao acordo, que está sendo costurado nacionalmente, ao histórico da relação entre os dois partidos no Estado.
Também líder da bancada socialista na Assembleia Legislativa PSB, Pereira destacou que nos últimos anos o PSB e o PT estiveram em lados opostos no Paraná. Para ele, o quadro é claro.
“O PSDB nos respeitou como aliado. Tanto que fomos vice-prefeito e temos hoje a prefeitura de Curitiba. Nós vamos devolver este respeito apoiando o Beto e o Serra, se o Ciro não for candidato. Até porque não há mais verticalização das coligações”, disse.
Desde a substituição do ex-militante Vitorio Sorotiuk por Severino Araújo, no início de 90, o PSB deixou de ser um aliado tradicional do PT do Paraná. Investigado pelo ex-governador Roberto Requião (PMDB), então no Senado, na CPI dos Precatórios, o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, que presidiu o PSB nacional durante as últimas décadas, antes de morrer, em 2005, passou o comando estadual do partido para Severino Araújo.
Sob nova direção, o PSB passou a ser base de apoio do grupo do ex-governador Jaime Lerner, adversário de Requião e, em seguida, aliou-se ao PSDB. “Nós não temos histórico de caminhada junto com o PT do Paraná. Além disso, nos oito anos de governo Lula, fomos tratados como adversários pelo PT. Não é agora que eles vão lembrar de nós”, atacou Pereira. O símbolo
Além das rivalidades, a prefeitura de Curitiba é o símbolo da resistência a um acordo com o PT. Desde que o ex-prefeito Beto Richa (PSDB) se afastou do cargo em março para concorrer ao governo do Estado, a prefeitura está sob o comando de Luciano Ducci que, deixou o PSDB há alguns anos, para se filiar ao PSB.
Ducci não quer falar a respeito do impasse no partido. Acha que é prematuro se manifestar antes da reunião da próxima semana, quando a direção nacional deve oficializar o fim da candidatura de Ciro Gomes à sucessão.
Entretanto, o atual prefeito de Curitiba sempre declarou apoio a Beto Richa e subiria ao mesmo palanque do candidato a presidente da República apoiado pelo ex-prefeito de Curitiba.
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423) Camisetas de campanha: atualizacao maldosa
Nao sou favoravel a campanhas maldosas, nitidamente sectarias, politicamente motivadas (mas tudo é politicamente motivado numa campanha eleitoral, sobretudo presidencial), sobretudo a descaracterizações do adversário, mas simplesmente não resisti a certos jogos de palavras. Eles são impagáveis.
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422) Ciro Gomes: o destempero de um candidato "suicidado"
CIRO: “LULA VIAJA NA MAIONESE; SERRA É MAIS PREPARADO; DIREÇÃO DO PSB NÃO ESTÁ À ALTURA DO DESAFIO DA HISTÓRIA; PT VAI TENTAR OUTRO ESCÂNDALO DOS ALOPRADOS; NÃO ME PEÇAM PARA IR À TELEVISÃO”
Reinaldo Azevedo, 23.04.2010
Em entrevista a Eduardo Oinegue, do iG, o deputado Ciro Gomes (PSB) rasga o verbo e afirma que “Lula está navegando na maionese”; que o tucano José Serra “é mais preparado, mais legítimo e mais capaz ” de “enfrentar a crise que conheceremos em um ou dois anos”; que o presidente nacional do partido, o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, e o vice-presidente da legenda, Roberto Amaral, “não estão no nível que a história impõe a eles” e antevê que o PT tentará, de novo, algo parecido com o escândalo dos aloprados. E avisa: “”Não me peçam para ir à televisão declarar o meu voto, que eu não vou.”
Trechos da entrevista:
Lula:
“Lula está navegando na maionese. Ele está se sentindo o Todo-Poderoso e acha que vai batizar Dilma presidente da República. Pior: ninguém chega para ele e diz ‘Presidente, tenha calma’. No primeiro mandato eu cumpria esse papel de conselheiro, a Dilma, que é uma pessoa valorosa, fazia isso, o Márcio Thomaz Bastos fazia isso. Agora ninguém faz”.
Serra
“Minha sensação agora é que o Serra vai ganhar esta eleição. Dilma é melhor do que o Serra como pessoa. Mas o Serra é mais preparado, mais legítimo, mais capaz. Mais capaz inclusive de trair o conservadorismo e enfrentar a crise que conheceremos em um ou dois anos.”
PSB
[Eduardo Campos e Roberto Amaral, dirigentes do PSB] “não estão no nível que a História impõe a eles”.
Aloprados
“Sabe os aloprados do PT que tentaram comprar um dossiê contra os tucanos em 2006? Veremos algo assim de novo. Vai ser uma merda”.
Crise futura
“Em 2011 ou 2012, o Brasil vai enfrentar uma crise fiscal, uma crise cambial. Como estamos numa fase econômica e aparentemente boa, a discussão fica escondida. Mas precisa ser feita. Como o PT, apoiado pelo PMDB, vai conseguir enfrentar esta crise? Dilma não aguenta. Serra tem mais chances de conseguir”
Apoio a Dilma
“Não me peçam para ir à televisão declarar o meu voto, que eu não vou. Sei lá. Vai ver viajo, vou virar intelectual. Vou fazer outra coisa”.
Comentários Reinaldo Azevedo:
A posição de Ciro (ver abaixo), a ser mantida, é serena se comparada àquilo que Lula e o PT fizeram com ele. Jamais vi um aliado tão fiel ser tratado com tamanha descortesia. “Descortesia”? A palavra não cabe porque isso é ofensa de salão. O ex-governador do Ceará foi vítima é de brutalidade mesmo.
E é o que sempre acontece com qualquer um que tente ter uma relação minimamente altiva com o PT e, particularmente, com Lula. Já escrevi que Ciro nunca entendeu a natureza do partido e a raiz intelectual de sua formação, que não compreende um governo de coalizão coisa nenhuma!
Coalizão significa unir as principais forças políticas do país, concentrando-se no que se considera essencial. Os petistas só entendem a relação de subordinação, e aqueles que se juntam a seu “projeto” têm de ter a cara que tem o PMDB lulista, este liderado por gigantes morais como José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá.
Ciro foi convidado a fazer parte desse festim e a ter um naco do poder, como um peemedebista qualquer, regalando-se com alguma divisão do governo, onde pode fazer seus pequenos grandes negócios. O deputado do PSB queria mais: queria ser protagonista na política. Não existe esse espaço no PT.
Lula foi esvaziando Ciro com a técnica e a paciência de um taxidermista. Tirou-lhe a vitalidade eleitoral e o encheu de palha, de modo que ele pudesse conservar, durante algum tempo ao menos, a aparência de figura relevante na sucessão. Até que chegou a hora do golpe: a visita de Dilma Rousseff ao Ceará, o que, vamos convir, foi de um desrespeito brutal.
Notem que narrativa interessante: o petista levou Ciro a transferir seu domicílio eleitoral para São Paulo e despachou Dilma para fazer embaixadinha no Ceará. Em suma: deu-lhe de presente o que ele jamais terá — São Paulo — e tentou lhe roubar o que ele tinha: o Ceará. O jornalismo amigo do PT tentou atribuir a visita de Dilma àquele estado a um erro da candidata ou da coordenação de campanha. Bobagem! Pode até ter sido um erro, mas cometido pela cúpula do partido. Nem isso cabe a Dilma decidir. Não custa lembrar que até para evocar palavras de otimismo, como fez no programa do tal Datena, ela recorre a Lula — ou, pior, à mãe de Lula.
A forma como o lulo-petismo trata um aliado dá conta do que esse gente gostaria de fazer com adversários. O escândalo dos aloprados, que Ciro relembra em sua entrevista, dá uma pista.
O PT tem um norte moral: tudo o que não serve à hegemonia do partido deve ser destruído. E, bem…, no que diz respeito à relação Ciro Gomes-PT (consulte o arquivo do blog), não foi por falta de aviso.
=================
LULA, UM ESPECIALISTA EM ESMAGAR PESSOAS
Na entrevista (ler dois posts anteriores sobre o assunto), Ciro Gomes afirma que pode até se afastar da política. Pois é… Quando brigou com os tucanos de São Paulo, fizeram dele um gigante. Depois de se aliar aos petistas, pode até desistir da política. Ciro precisa repensar que estranha relação é essa em que os inimigos servem para torná-lo grande, e os amigos, para destruí-lo. Não seria o caso de um ajustamento de conduta, de modo que estas duas categorias — aliados e relevância política — possam andar juntas?
Não creio que desista. Mas, caso o faça, poderia se dedicar, quem sabe?, à vida acadêmica. Há um campo de estudo bastante interessante, que jamais será investigado pela “subintelectuália esquerdopata” das universidades: “O que aconteceu, nos últimos 30 anos, com qualquer um que tenha contestado Lula?”
Uma boa pesquisa requer frieza analítica. Mas a experiência pessoal pode ajudar. Dou algumas pistas:
- Lula destruiu todos os seus adversários no sindicalismo, estivessem eles à “esquerda” ou à “direita”. Sobreviveu quem se dobrou ou se vendeu. Vejam o caso de Joaquinzão, o dito grande pelego do “sindicalismo reacionário”: morreu pobre e abandonado num asilo. Lula, o “progressista e socialista”, é quem é;
- Lula relegou a uma expressão não mais do que regional lideranças de esquerda ou “progressistas” egressas do pré-64, como Leonel Brizola e Miguel Arraes;
- Lula esmagou politicamente todos aqueles que tentaram, quando isso não lhe era pessoalmente conveniente, qualquer diálogo com outras forças políticas. Vejam o que aconteceu com os três deputados petistas que participaram do Colégio Eleitoral que elegeu Tancredo Neves (José Eudes, Beth Mendes e Airton Soares) com ou Luíza Erundina, que aceitou ser ministra de Itamar Franco;
- Lula desmoralizou, chegando ao poder, as alas à esquerda do partido. Posso até achar que ele fez muito bem, mas elas eram suas aliadas, não minhas, e faziam o discurso histórico do petismo;
- Lula sempre tratou a pontapés qualquer um que ousasse contestar a sua liderança no partido (ou em qualquer outro assunto), como sabe, por exemplo, o senador Cristovam Buarque (DF), hoje no PDT, demitido por telefone;
E Lula, finalmente, trata como inimiga a ser destruída a própria história do Brasil, ao tentar desconstruir a biografia de todos os governantes que o antecederam — em parte, contou com a colaboração de Ciro por um período ao menos.
Nada cresce à sombra de Lula, deputado Ciro Gomes, se não for com a plena concordância do… frondoso Lula! E o que lhe garantiu tal poder? É dono, sem dúvida, de uma notável inteligência política. Isso conta muito. Lidera um partido que se estrutura para substituir a sociedade, não para governá-la. E isso é fundamental. E, não menos importante, o PT tem uma presença maciça na imprensa. E isso não é de hoje. Querem um exemplo até banal? Quem primeiro chamou o Democratas de “demo” e seus membros de “demos” foi o PT. O termo é hoje empregado como linguagem referencial pelos jornalistas — já o vi em títulos na primeira página.
Qualquer político que ambicione ter existência própria, deputado Ciro Gomes, deve se preparar para enfrentar essa máquina em vez de se aliar a ela. O PT entende duas categorias: oposição, que ele tenta destruir por meios lícitos e ilícitos, e subordinação.
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COMEÇOU O TRABALHO PETISTA PARA FAZER DE CIRO A GENI
O PT já começou o trabalho de desmoralização do deputado Ciro Gomes (PSB), um precioso aliado até anteontem. Percebam a arrogância contida nestas palavras do líder do governo na Câmara, Candido Vaccarezza (SP):
“Nós garantimos a ele a possibilidade de sair para o governo de São Paulo, ele não topou. Nós não concordamos com a tese de sua candidatura para a Presidência. Ele que tem que arcar com a política dele; por isso, está sendo muito injusto com o PT e com o presidente”.
Notaram? Generosamente, “ofereceram” a Ciro a possibilidade de se candidatar ao governo de São Paulo!!! E não “concordaram” com a candidatura!!! Ciro e o PSB não foram livres, como se nota, nem para decidir isso.
Vaccarezza está dizendo o seguinte: “Como ele não concordou com a nossa decisão, então tivemos de atropelá-lo. Logo, a culpa é dele. Ele era livre para concordar”.
Eis o PT!
===============
“O tratamento que deram a Ciro não foi leal”
Na Folha Online:
Lideranças do PSDB endossaram nesta sexta-feira as palavras do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) de que o tucano José Serra é “mais preparado” para assumir a Presidência da República do que a pré-candidata petista Dilma Rousseff. Além de comemorar as farpas de Ciro disparadas a Dilma, os tucanos também se mostraram surpresos com o fato de um aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticá-lo publicamente –já que Ciro disse que Lula “navega na maionese”.
Na opinião dos oposicionistas, Ciro reagiu depois de ser “escanteado” pelo presidente Lula, que optou por fazer de Dilma a sua candidata. “Ele foi cozinhado grosseiramente, depois percebeu que sequer seria candidato a governador de São Paulo. O tratamento que deram a ele não foi leal”, disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).
Para o líder tucano na Câmara, deputado João Almeida (BA), Ciro se “iludiu” com o presidente Lula quando acreditou que seria o candidato da base aliada ao Palácio do Planalto. “O Ciro não entendeu a personalidade do Lula. Achou que seria valorizado, mas o projeto do Lula é a Dilma”, afirmou.
Na opinião de Almeida, as recentes declarações de Lula mostram que o presidente está “cada vez mais distante da realidade”, por isso acha que Lula “viaja na maionese”.
Para Virgílio, as críticas de Ciro beneficiam diretamente a pré-candidatura de Serra ao governo federal. “Com o peso nacional do Ciro, é relevante reconhecer que o melhor para o Brasil é o Serra. Ele não é obrigado a gostar do Serra, mas é importante reconhecer que a eleição com ele seria muito mais interessante do que com a Dilma”, afirmou.
O tucano disse que Ciro errou ao transferir seu domicílio eleitoral para São Paulo, atendendo um pedido de Lula, para que disputasse o governo estadual. Como Ciro insistiu na sua candidatura ao Palácio do Planalto, o PT elevou o senador Aloizio Mercadante (SP) a pré-candidato do partido ao governo do Estado.
[Observação PRA: Só não concordo com uma observação acima, do deputado João Almeida (PSDB-BA), de que o projeto de Lula é a Dilma. Não, não é; o projeto de Lula é Lula!. As simple as that.]
=================
LÍDER DE LULA NO SENADO DIZ QUE CIRO AGE COM “IMATURIDADE” E “NÃO ESTÁ AJUDANDO”!!!
Romero Jucá (RR), líder do governo no Senado e membro da bancada de Educação Moral e Cívica do PMDB, também reagiu às declarações de Ciro Gomes:
“Ele virou uma metralhadora giratória e atirou para todos os lados. Está agindo com imaturidade. Eu lamento as declarações dele, especialmente porque o deputado é uma pessoa que pode ajudar muito o País e não está contribuindo, não está ajudando”.
===================
‘JÁ LHE DEI MEU CORPO, MINHA ALEGRIA, JÁ ESTANQUEI MEU SANGUE, QUANDO FERVIA, OLHA A VOZ QUE ME RESTA…
Vejam este trechinho de um texto da Folha Online: “Questionado sobre as declarações do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, limitou-se a cantarolar a música “Gota d’Água”, de Chico Buarque…
Volto
Chico é um bobo político e um grande letrista (o que não quer dizer “grande poeta”, que poesia é outra coisa). “Gota d’Água” é uma das suas mais belas criações e dá voz ao amante que, embora fiel, é tratado com desprezo: cedeu ao outro seu corpo, sua alegria, até sua dignidade. No momento em que fala, está por um triz, pronto a explodir, a dar um desfecho “à festa”. Na peça homônima, de Chico e Paulo Pontes (uma releitura de Medéia, de Eurípedes), a letra assume um significado um tanto distinto. Mas isso não cabe agora.
Ao ser irônico e grosseiro com Ciro Gomes, o presidente do PT não deixa de empregar uma referência pertinente. Metaforicamente, Ciro foi esse amante que entregou tudo ao PT. Até o seu domicílio eleitoral! Segue a letra.
Já lhe dei meu corpo, minha alegria
Já estanquei meu sangue quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta pro desfecho da festa
Por favor,
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d’água
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d’água
Já lhe dei meu corpo, minha alegria
Já estanquei meu sangue quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta pro desfecho da festa
Por favor
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d’água
Pode ser a gota d’água
Pode ser a gota d’água
Encerro
O que resta a Ciro? A voz! Tomara que ele saiba empregá-la para o bem da democracia brasileira. Vamos ver.
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NA TV, CIRO REPETE QUE SERRA É MAIS PREPARADO DO QUE DILMA PARA GOVERNAR O BRASIL E REITERA QUE PT PREPARA DOSSIÊ CONTRA O TUCANO
É… Ciro Gomes foi cem por cento Ciro Gomes na entrevista ao SBT Brasil.
Repetiu tudo o que está no texto assinado por Eduardo Oinegue, publicado no iG, mas negou que tenha concedido uma entrevista ao portal… Vai ver o jornalista desenvolveu o dom da adivinhação. Atacou, como de hábito, José Serra — que trataria, segundo ele, os adversários como inimigos —, mas repetiu que o tucano está mais preparado para governar o Brasil. Num particular, e bastante relevante, Ciro avançou um tanto mais. Já chego lá.
Ciro admitiu que Lula e o PT atuaram para desidratar sua candidatura e voltou a criticar José Dirceu, que teria ido à casa de seu irmão, o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), para fazer ameaças: o PT retiraria o apoio a Cid caso Ciro fosse candidato. pelo PSB “Esse [José Dirceu], eu já mandei pastar”.
Dirceu ser um dos coordenadores da campanha de Dilma é, segundo Ciro, um dos erros cometidos pelo PT: “Um desacato ao Judiciário e à opinião pública”. Disse que os primeiros movimentos de Dilma o deixaram arrepiado: a visita ao túmulo de Tancredo e a ida ao Ceará, “sem nem um telefonema”. E emendou: “Não porque eu seja um coronel, mas porque eu sou candidato, caramba!”
Ciro não se disse ainda um não-candidato — já que seu partido toma a decisão oficial na terça-feira —, mas sabe que está fora do jogo. Foi ambíguo sobre o futuro: num dado momento, afirmou que obedecerá às diretrizes do partido; noutro, que vai cantar em outra freguesia, dando a entender que deixa o PSB.
Dossiê
Na “não-entrevista” (!!!) ao iG, Ciro afirmou que o PT recorreria de novo a coisas como o dossiê dos aloprados. Na entrevista ao SBT Brasil, ele se estendeu um pouco mais: deu a entender que o governo já mobilizou o Ministério da Justiça para tentar envolver o candidato do PSDB à Presidência com supostas irregularidades da Alstom.
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Ciro frustra o Planalto e irrita Lula com elogio a tucano
Vera Rosa e Tânia Monteiro
O Estado de S.Paulo, 24.04.2010
De todas as estocadas do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), a que mais surpreendeu e irritou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o elogio feito pelo antigo aliado a José Serra, candidato do PSDB ao Palácio do Planalto. Furioso, Lula orientou Dilma Rousseff, concorrente do PT, a não entrar no bate-boca para não jogar mais combustível na crise.
Para Lula, o fato de Ciro ter dito que ele está “navegando na maionese” não passa de “bobagem”, mas a declaração referente a Serra - definido pelo deputado como “mais preparado, mais legítimo e mais capaz” do que Dilma - foi recebida como traição.Em público, Lula não comentou a entrevista de Ciro ao portal iG.
“Estou mudo”, disse ele, ao chegar ontem para a posse do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso. Longe dos holofotes, porém, não escondeu a contrariedade. No seu diagnóstico, Ciro quebrou o acordo de tudo fazer para ajudar Dilma.
O presidente qualificou a situação como “dolorosa”. A auxiliares, afirmou que não havia chamado Ciro para uma conversa a sós, até hoje, porque aguardava um sinal do PSB. Na prática, não sabia o que fazer. A certa altura, chegou mesmo a achar que ele aceitaria ser candidato ao governo de São Paulo, com o apoio do PT. Era o script combinado.
Depois, quando Ciro começou a bater cada vez mais duro, Lula recebeu da cúpula do PSB a garantia de que a desistência do cearense da disputa presidencial seria “administrada”. O ex-ministro, porém, fugiu do controle.
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O golpe de graça do PSB
Editorial do Estado de São Paulo, 24.04.2010:
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) marcou para terça-feira as exéquias da candidatura Ciro Gomes ao Planalto. Se dependesse da cúpula da legenda, as pretensões presidenciais do deputado pelo Ceará deveriam se desmanchar “espontaneamente”, em fogo brando, como já sugerem as pesquisas. Mas depois que - em um artigo tipicamente agressivo - ele chamou os socialistas às falas para se decidirem de uma vez por todas, o comando da agremiação resolveu antecipar o desenlace, mediante um golpe de graça para salvar a face de Ciro.
Em seguida a uma consulta aos diretórios regionais da sigla, neste fim de semana, a executiva socialista de 18 membros resolverá na terça o que de há muito resolvido está: o partido não terá candidato próprio à sucessão do presidente Lula e se integrará à caravana dilmista. Numa de suas exortações para que o PSB fizesse o contrário, indo consigo à disputa, o duas vezes ex-presidenciável argumentou que, de outro modo, a sigla estaria fadada a imitar o PC do B em matéria de subserviência ao governo. É verdade, mas não toda a verdade.
De um lado, o cacife político da legenda era e é notoriamente insuficiente para contrariar a estratégia eleitoral lulista do “nós e eles”, firmada depois que se dissiparam as dúvidas sobre a saúde da então ministra Dilma Rousseff. A sorte de Ciro foi, como se diz, selada a partir do momento em que o presidente e o PT concluíram que a entrada em cena de um segundo nome governista, embora garantisse que a sucessão só se decidirá no segundo tempo, representaria um risco incalculável para as chances de Dilma.
Não seria o lulismo que se exporia à eventualidade de ver migrar para ele parcela decisiva do eleitorado, à medida que as limitações da candidata se revelassem insuperáveis. No limite, melhor perder com Dilma - hipótese que Lula trataria de tornar inconcebível - do que ganhar na segunda rodada com o instável e boquirroto aliado, que ainda ontem acusou Lula de “navegar na maionese” ao se achar o “Todo-Poderoso”. Ciro detesta o PT quase tanto quanto o PSDB a que já esteve filiado, considerando ambos faces da mesma suposta hegemonia política paulista.
Além disso, no que dependesse do PMDB, Ciro morreria na praia. Não foi ele quem classificou a aliança PT-PMDB — neste caso coberto de razão — como um “roçado de escândalos”? (O que levou Dilma a atribuir-lhe o pecado da soberba.) De outro lado, com 28 deputados, formando a oitava bancada das 20 da Câmara, e apenas 3 governadores, o PSB precisa compor-se com o PT para não definhar no plano regional. Os socialistas têm 11 candidatos a governador, mas só 3 deles apoiados pelos petistas. E, correndo por fora, a anunciada aspiração do partido de “duplicar a bancada” federal se tornaria ainda mais despropositada do que já parece.
O próprio Ciro não tem moral para se queixar do presidente ou de seus correligionários. Afinal, ele aceitou prestar-se à ostensiva jogada de Lula para tirá-lo do pleito nacional, concordando em transferir do Ceará para São Paulo, seu Estado natal, o seu título de eleitor. Com isso, Ciro apequenou a sua alardeada imagem de altivez e independência, mesmo sabendo serem praticamente desprezíveis as chances de o PT paulista fechar com a sua candidatura ao governo estadual. Numa versão caridosa, ele teria querido dar uma prova de lealdade a Lula, na expectativa de que, ao fim e ao cabo, o “Todo-Poderoso” o deixasse competir no páreo principal. Se assim entendesse, agiria como um néscio - o que ele não é.
O esperado fim da quimera de Ciro privará a campanha de uma presença desejável, como desejável é a da ex-ministra Marina Silva, para, entre outras coisas, ampliar o debate das questões nacionais.
Por deploráveis que sejam os seu rompantes temperamentais e os estereótipos nos quais se enreda com frequência, é inegável que ele demonstra ter luz própria quando fala sobre o País - mais do que a escolhida de Lula, que outra coisa não diz a não ser que o seu padrinho é o máximo. Também por isso, talvez, Ciro julga o tucano José Serra “mais preparado, mais legítimo, mais capaz” do que ela.
Reinaldo Azevedo, 23.04.2010
Em entrevista a Eduardo Oinegue, do iG, o deputado Ciro Gomes (PSB) rasga o verbo e afirma que “Lula está navegando na maionese”; que o tucano José Serra “é mais preparado, mais legítimo e mais capaz ” de “enfrentar a crise que conheceremos em um ou dois anos”; que o presidente nacional do partido, o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, e o vice-presidente da legenda, Roberto Amaral, “não estão no nível que a história impõe a eles” e antevê que o PT tentará, de novo, algo parecido com o escândalo dos aloprados. E avisa: “”Não me peçam para ir à televisão declarar o meu voto, que eu não vou.”
Trechos da entrevista:
Lula:
“Lula está navegando na maionese. Ele está se sentindo o Todo-Poderoso e acha que vai batizar Dilma presidente da República. Pior: ninguém chega para ele e diz ‘Presidente, tenha calma’. No primeiro mandato eu cumpria esse papel de conselheiro, a Dilma, que é uma pessoa valorosa, fazia isso, o Márcio Thomaz Bastos fazia isso. Agora ninguém faz”.
Serra
“Minha sensação agora é que o Serra vai ganhar esta eleição. Dilma é melhor do que o Serra como pessoa. Mas o Serra é mais preparado, mais legítimo, mais capaz. Mais capaz inclusive de trair o conservadorismo e enfrentar a crise que conheceremos em um ou dois anos.”
PSB
[Eduardo Campos e Roberto Amaral, dirigentes do PSB] “não estão no nível que a História impõe a eles”.
Aloprados
“Sabe os aloprados do PT que tentaram comprar um dossiê contra os tucanos em 2006? Veremos algo assim de novo. Vai ser uma merda”.
Crise futura
“Em 2011 ou 2012, o Brasil vai enfrentar uma crise fiscal, uma crise cambial. Como estamos numa fase econômica e aparentemente boa, a discussão fica escondida. Mas precisa ser feita. Como o PT, apoiado pelo PMDB, vai conseguir enfrentar esta crise? Dilma não aguenta. Serra tem mais chances de conseguir”
Apoio a Dilma
“Não me peçam para ir à televisão declarar o meu voto, que eu não vou. Sei lá. Vai ver viajo, vou virar intelectual. Vou fazer outra coisa”.
Comentários Reinaldo Azevedo:
A posição de Ciro (ver abaixo), a ser mantida, é serena se comparada àquilo que Lula e o PT fizeram com ele. Jamais vi um aliado tão fiel ser tratado com tamanha descortesia. “Descortesia”? A palavra não cabe porque isso é ofensa de salão. O ex-governador do Ceará foi vítima é de brutalidade mesmo.
E é o que sempre acontece com qualquer um que tente ter uma relação minimamente altiva com o PT e, particularmente, com Lula. Já escrevi que Ciro nunca entendeu a natureza do partido e a raiz intelectual de sua formação, que não compreende um governo de coalizão coisa nenhuma!
Coalizão significa unir as principais forças políticas do país, concentrando-se no que se considera essencial. Os petistas só entendem a relação de subordinação, e aqueles que se juntam a seu “projeto” têm de ter a cara que tem o PMDB lulista, este liderado por gigantes morais como José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá.
Ciro foi convidado a fazer parte desse festim e a ter um naco do poder, como um peemedebista qualquer, regalando-se com alguma divisão do governo, onde pode fazer seus pequenos grandes negócios. O deputado do PSB queria mais: queria ser protagonista na política. Não existe esse espaço no PT.
Lula foi esvaziando Ciro com a técnica e a paciência de um taxidermista. Tirou-lhe a vitalidade eleitoral e o encheu de palha, de modo que ele pudesse conservar, durante algum tempo ao menos, a aparência de figura relevante na sucessão. Até que chegou a hora do golpe: a visita de Dilma Rousseff ao Ceará, o que, vamos convir, foi de um desrespeito brutal.
Notem que narrativa interessante: o petista levou Ciro a transferir seu domicílio eleitoral para São Paulo e despachou Dilma para fazer embaixadinha no Ceará. Em suma: deu-lhe de presente o que ele jamais terá — São Paulo — e tentou lhe roubar o que ele tinha: o Ceará. O jornalismo amigo do PT tentou atribuir a visita de Dilma àquele estado a um erro da candidata ou da coordenação de campanha. Bobagem! Pode até ter sido um erro, mas cometido pela cúpula do partido. Nem isso cabe a Dilma decidir. Não custa lembrar que até para evocar palavras de otimismo, como fez no programa do tal Datena, ela recorre a Lula — ou, pior, à mãe de Lula.
A forma como o lulo-petismo trata um aliado dá conta do que esse gente gostaria de fazer com adversários. O escândalo dos aloprados, que Ciro relembra em sua entrevista, dá uma pista.
O PT tem um norte moral: tudo o que não serve à hegemonia do partido deve ser destruído. E, bem…, no que diz respeito à relação Ciro Gomes-PT (consulte o arquivo do blog), não foi por falta de aviso.
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LULA, UM ESPECIALISTA EM ESMAGAR PESSOAS
Na entrevista (ler dois posts anteriores sobre o assunto), Ciro Gomes afirma que pode até se afastar da política. Pois é… Quando brigou com os tucanos de São Paulo, fizeram dele um gigante. Depois de se aliar aos petistas, pode até desistir da política. Ciro precisa repensar que estranha relação é essa em que os inimigos servem para torná-lo grande, e os amigos, para destruí-lo. Não seria o caso de um ajustamento de conduta, de modo que estas duas categorias — aliados e relevância política — possam andar juntas?
Não creio que desista. Mas, caso o faça, poderia se dedicar, quem sabe?, à vida acadêmica. Há um campo de estudo bastante interessante, que jamais será investigado pela “subintelectuália esquerdopata” das universidades: “O que aconteceu, nos últimos 30 anos, com qualquer um que tenha contestado Lula?”
Uma boa pesquisa requer frieza analítica. Mas a experiência pessoal pode ajudar. Dou algumas pistas:
- Lula destruiu todos os seus adversários no sindicalismo, estivessem eles à “esquerda” ou à “direita”. Sobreviveu quem se dobrou ou se vendeu. Vejam o caso de Joaquinzão, o dito grande pelego do “sindicalismo reacionário”: morreu pobre e abandonado num asilo. Lula, o “progressista e socialista”, é quem é;
- Lula relegou a uma expressão não mais do que regional lideranças de esquerda ou “progressistas” egressas do pré-64, como Leonel Brizola e Miguel Arraes;
- Lula esmagou politicamente todos aqueles que tentaram, quando isso não lhe era pessoalmente conveniente, qualquer diálogo com outras forças políticas. Vejam o que aconteceu com os três deputados petistas que participaram do Colégio Eleitoral que elegeu Tancredo Neves (José Eudes, Beth Mendes e Airton Soares) com ou Luíza Erundina, que aceitou ser ministra de Itamar Franco;
- Lula desmoralizou, chegando ao poder, as alas à esquerda do partido. Posso até achar que ele fez muito bem, mas elas eram suas aliadas, não minhas, e faziam o discurso histórico do petismo;
- Lula sempre tratou a pontapés qualquer um que ousasse contestar a sua liderança no partido (ou em qualquer outro assunto), como sabe, por exemplo, o senador Cristovam Buarque (DF), hoje no PDT, demitido por telefone;
E Lula, finalmente, trata como inimiga a ser destruída a própria história do Brasil, ao tentar desconstruir a biografia de todos os governantes que o antecederam — em parte, contou com a colaboração de Ciro por um período ao menos.
Nada cresce à sombra de Lula, deputado Ciro Gomes, se não for com a plena concordância do… frondoso Lula! E o que lhe garantiu tal poder? É dono, sem dúvida, de uma notável inteligência política. Isso conta muito. Lidera um partido que se estrutura para substituir a sociedade, não para governá-la. E isso é fundamental. E, não menos importante, o PT tem uma presença maciça na imprensa. E isso não é de hoje. Querem um exemplo até banal? Quem primeiro chamou o Democratas de “demo” e seus membros de “demos” foi o PT. O termo é hoje empregado como linguagem referencial pelos jornalistas — já o vi em títulos na primeira página.
Qualquer político que ambicione ter existência própria, deputado Ciro Gomes, deve se preparar para enfrentar essa máquina em vez de se aliar a ela. O PT entende duas categorias: oposição, que ele tenta destruir por meios lícitos e ilícitos, e subordinação.
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COMEÇOU O TRABALHO PETISTA PARA FAZER DE CIRO A GENI
O PT já começou o trabalho de desmoralização do deputado Ciro Gomes (PSB), um precioso aliado até anteontem. Percebam a arrogância contida nestas palavras do líder do governo na Câmara, Candido Vaccarezza (SP):
“Nós garantimos a ele a possibilidade de sair para o governo de São Paulo, ele não topou. Nós não concordamos com a tese de sua candidatura para a Presidência. Ele que tem que arcar com a política dele; por isso, está sendo muito injusto com o PT e com o presidente”.
Notaram? Generosamente, “ofereceram” a Ciro a possibilidade de se candidatar ao governo de São Paulo!!! E não “concordaram” com a candidatura!!! Ciro e o PSB não foram livres, como se nota, nem para decidir isso.
Vaccarezza está dizendo o seguinte: “Como ele não concordou com a nossa decisão, então tivemos de atropelá-lo. Logo, a culpa é dele. Ele era livre para concordar”.
Eis o PT!
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“O tratamento que deram a Ciro não foi leal”
Na Folha Online:
Lideranças do PSDB endossaram nesta sexta-feira as palavras do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) de que o tucano José Serra é “mais preparado” para assumir a Presidência da República do que a pré-candidata petista Dilma Rousseff. Além de comemorar as farpas de Ciro disparadas a Dilma, os tucanos também se mostraram surpresos com o fato de um aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticá-lo publicamente –já que Ciro disse que Lula “navega na maionese”.
Na opinião dos oposicionistas, Ciro reagiu depois de ser “escanteado” pelo presidente Lula, que optou por fazer de Dilma a sua candidata. “Ele foi cozinhado grosseiramente, depois percebeu que sequer seria candidato a governador de São Paulo. O tratamento que deram a ele não foi leal”, disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).
Para o líder tucano na Câmara, deputado João Almeida (BA), Ciro se “iludiu” com o presidente Lula quando acreditou que seria o candidato da base aliada ao Palácio do Planalto. “O Ciro não entendeu a personalidade do Lula. Achou que seria valorizado, mas o projeto do Lula é a Dilma”, afirmou.
Na opinião de Almeida, as recentes declarações de Lula mostram que o presidente está “cada vez mais distante da realidade”, por isso acha que Lula “viaja na maionese”.
Para Virgílio, as críticas de Ciro beneficiam diretamente a pré-candidatura de Serra ao governo federal. “Com o peso nacional do Ciro, é relevante reconhecer que o melhor para o Brasil é o Serra. Ele não é obrigado a gostar do Serra, mas é importante reconhecer que a eleição com ele seria muito mais interessante do que com a Dilma”, afirmou.
O tucano disse que Ciro errou ao transferir seu domicílio eleitoral para São Paulo, atendendo um pedido de Lula, para que disputasse o governo estadual. Como Ciro insistiu na sua candidatura ao Palácio do Planalto, o PT elevou o senador Aloizio Mercadante (SP) a pré-candidato do partido ao governo do Estado.
[Observação PRA: Só não concordo com uma observação acima, do deputado João Almeida (PSDB-BA), de que o projeto de Lula é a Dilma. Não, não é; o projeto de Lula é Lula!. As simple as that.]
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LÍDER DE LULA NO SENADO DIZ QUE CIRO AGE COM “IMATURIDADE” E “NÃO ESTÁ AJUDANDO”!!!
Romero Jucá (RR), líder do governo no Senado e membro da bancada de Educação Moral e Cívica do PMDB, também reagiu às declarações de Ciro Gomes:
“Ele virou uma metralhadora giratória e atirou para todos os lados. Está agindo com imaturidade. Eu lamento as declarações dele, especialmente porque o deputado é uma pessoa que pode ajudar muito o País e não está contribuindo, não está ajudando”.
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‘JÁ LHE DEI MEU CORPO, MINHA ALEGRIA, JÁ ESTANQUEI MEU SANGUE, QUANDO FERVIA, OLHA A VOZ QUE ME RESTA…
Vejam este trechinho de um texto da Folha Online: “Questionado sobre as declarações do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, limitou-se a cantarolar a música “Gota d’Água”, de Chico Buarque…
Volto
Chico é um bobo político e um grande letrista (o que não quer dizer “grande poeta”, que poesia é outra coisa). “Gota d’Água” é uma das suas mais belas criações e dá voz ao amante que, embora fiel, é tratado com desprezo: cedeu ao outro seu corpo, sua alegria, até sua dignidade. No momento em que fala, está por um triz, pronto a explodir, a dar um desfecho “à festa”. Na peça homônima, de Chico e Paulo Pontes (uma releitura de Medéia, de Eurípedes), a letra assume um significado um tanto distinto. Mas isso não cabe agora.
Ao ser irônico e grosseiro com Ciro Gomes, o presidente do PT não deixa de empregar uma referência pertinente. Metaforicamente, Ciro foi esse amante que entregou tudo ao PT. Até o seu domicílio eleitoral! Segue a letra.
Já lhe dei meu corpo, minha alegria
Já estanquei meu sangue quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta pro desfecho da festa
Por favor,
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d’água
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d’água
Já lhe dei meu corpo, minha alegria
Já estanquei meu sangue quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta pro desfecho da festa
Por favor
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d’água
Pode ser a gota d’água
Pode ser a gota d’água
Encerro
O que resta a Ciro? A voz! Tomara que ele saiba empregá-la para o bem da democracia brasileira. Vamos ver.
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NA TV, CIRO REPETE QUE SERRA É MAIS PREPARADO DO QUE DILMA PARA GOVERNAR O BRASIL E REITERA QUE PT PREPARA DOSSIÊ CONTRA O TUCANO
É… Ciro Gomes foi cem por cento Ciro Gomes na entrevista ao SBT Brasil.
Repetiu tudo o que está no texto assinado por Eduardo Oinegue, publicado no iG, mas negou que tenha concedido uma entrevista ao portal… Vai ver o jornalista desenvolveu o dom da adivinhação. Atacou, como de hábito, José Serra — que trataria, segundo ele, os adversários como inimigos —, mas repetiu que o tucano está mais preparado para governar o Brasil. Num particular, e bastante relevante, Ciro avançou um tanto mais. Já chego lá.
Ciro admitiu que Lula e o PT atuaram para desidratar sua candidatura e voltou a criticar José Dirceu, que teria ido à casa de seu irmão, o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), para fazer ameaças: o PT retiraria o apoio a Cid caso Ciro fosse candidato. pelo PSB “Esse [José Dirceu], eu já mandei pastar”.
Dirceu ser um dos coordenadores da campanha de Dilma é, segundo Ciro, um dos erros cometidos pelo PT: “Um desacato ao Judiciário e à opinião pública”. Disse que os primeiros movimentos de Dilma o deixaram arrepiado: a visita ao túmulo de Tancredo e a ida ao Ceará, “sem nem um telefonema”. E emendou: “Não porque eu seja um coronel, mas porque eu sou candidato, caramba!”
Ciro não se disse ainda um não-candidato — já que seu partido toma a decisão oficial na terça-feira —, mas sabe que está fora do jogo. Foi ambíguo sobre o futuro: num dado momento, afirmou que obedecerá às diretrizes do partido; noutro, que vai cantar em outra freguesia, dando a entender que deixa o PSB.
Dossiê
Na “não-entrevista” (!!!) ao iG, Ciro afirmou que o PT recorreria de novo a coisas como o dossiê dos aloprados. Na entrevista ao SBT Brasil, ele se estendeu um pouco mais: deu a entender que o governo já mobilizou o Ministério da Justiça para tentar envolver o candidato do PSDB à Presidência com supostas irregularidades da Alstom.
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Ciro frustra o Planalto e irrita Lula com elogio a tucano
Vera Rosa e Tânia Monteiro
O Estado de S.Paulo, 24.04.2010
De todas as estocadas do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), a que mais surpreendeu e irritou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o elogio feito pelo antigo aliado a José Serra, candidato do PSDB ao Palácio do Planalto. Furioso, Lula orientou Dilma Rousseff, concorrente do PT, a não entrar no bate-boca para não jogar mais combustível na crise.
Para Lula, o fato de Ciro ter dito que ele está “navegando na maionese” não passa de “bobagem”, mas a declaração referente a Serra - definido pelo deputado como “mais preparado, mais legítimo e mais capaz” do que Dilma - foi recebida como traição.Em público, Lula não comentou a entrevista de Ciro ao portal iG.
“Estou mudo”, disse ele, ao chegar ontem para a posse do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso. Longe dos holofotes, porém, não escondeu a contrariedade. No seu diagnóstico, Ciro quebrou o acordo de tudo fazer para ajudar Dilma.
O presidente qualificou a situação como “dolorosa”. A auxiliares, afirmou que não havia chamado Ciro para uma conversa a sós, até hoje, porque aguardava um sinal do PSB. Na prática, não sabia o que fazer. A certa altura, chegou mesmo a achar que ele aceitaria ser candidato ao governo de São Paulo, com o apoio do PT. Era o script combinado.
Depois, quando Ciro começou a bater cada vez mais duro, Lula recebeu da cúpula do PSB a garantia de que a desistência do cearense da disputa presidencial seria “administrada”. O ex-ministro, porém, fugiu do controle.
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O golpe de graça do PSB
Editorial do Estado de São Paulo, 24.04.2010:
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) marcou para terça-feira as exéquias da candidatura Ciro Gomes ao Planalto. Se dependesse da cúpula da legenda, as pretensões presidenciais do deputado pelo Ceará deveriam se desmanchar “espontaneamente”, em fogo brando, como já sugerem as pesquisas. Mas depois que - em um artigo tipicamente agressivo - ele chamou os socialistas às falas para se decidirem de uma vez por todas, o comando da agremiação resolveu antecipar o desenlace, mediante um golpe de graça para salvar a face de Ciro.
Em seguida a uma consulta aos diretórios regionais da sigla, neste fim de semana, a executiva socialista de 18 membros resolverá na terça o que de há muito resolvido está: o partido não terá candidato próprio à sucessão do presidente Lula e se integrará à caravana dilmista. Numa de suas exortações para que o PSB fizesse o contrário, indo consigo à disputa, o duas vezes ex-presidenciável argumentou que, de outro modo, a sigla estaria fadada a imitar o PC do B em matéria de subserviência ao governo. É verdade, mas não toda a verdade.
De um lado, o cacife político da legenda era e é notoriamente insuficiente para contrariar a estratégia eleitoral lulista do “nós e eles”, firmada depois que se dissiparam as dúvidas sobre a saúde da então ministra Dilma Rousseff. A sorte de Ciro foi, como se diz, selada a partir do momento em que o presidente e o PT concluíram que a entrada em cena de um segundo nome governista, embora garantisse que a sucessão só se decidirá no segundo tempo, representaria um risco incalculável para as chances de Dilma.
Não seria o lulismo que se exporia à eventualidade de ver migrar para ele parcela decisiva do eleitorado, à medida que as limitações da candidata se revelassem insuperáveis. No limite, melhor perder com Dilma - hipótese que Lula trataria de tornar inconcebível - do que ganhar na segunda rodada com o instável e boquirroto aliado, que ainda ontem acusou Lula de “navegar na maionese” ao se achar o “Todo-Poderoso”. Ciro detesta o PT quase tanto quanto o PSDB a que já esteve filiado, considerando ambos faces da mesma suposta hegemonia política paulista.
Além disso, no que dependesse do PMDB, Ciro morreria na praia. Não foi ele quem classificou a aliança PT-PMDB — neste caso coberto de razão — como um “roçado de escândalos”? (O que levou Dilma a atribuir-lhe o pecado da soberba.) De outro lado, com 28 deputados, formando a oitava bancada das 20 da Câmara, e apenas 3 governadores, o PSB precisa compor-se com o PT para não definhar no plano regional. Os socialistas têm 11 candidatos a governador, mas só 3 deles apoiados pelos petistas. E, correndo por fora, a anunciada aspiração do partido de “duplicar a bancada” federal se tornaria ainda mais despropositada do que já parece.
O próprio Ciro não tem moral para se queixar do presidente ou de seus correligionários. Afinal, ele aceitou prestar-se à ostensiva jogada de Lula para tirá-lo do pleito nacional, concordando em transferir do Ceará para São Paulo, seu Estado natal, o seu título de eleitor. Com isso, Ciro apequenou a sua alardeada imagem de altivez e independência, mesmo sabendo serem praticamente desprezíveis as chances de o PT paulista fechar com a sua candidatura ao governo estadual. Numa versão caridosa, ele teria querido dar uma prova de lealdade a Lula, na expectativa de que, ao fim e ao cabo, o “Todo-Poderoso” o deixasse competir no páreo principal. Se assim entendesse, agiria como um néscio - o que ele não é.
O esperado fim da quimera de Ciro privará a campanha de uma presença desejável, como desejável é a da ex-ministra Marina Silva, para, entre outras coisas, ampliar o debate das questões nacionais.
Por deploráveis que sejam os seu rompantes temperamentais e os estereótipos nos quais se enreda com frequência, é inegável que ele demonstra ter luz própria quando fala sobre o País - mais do que a escolhida de Lula, que outra coisa não diz a não ser que o seu padrinho é o máximo. Também por isso, talvez, Ciro julga o tucano José Serra “mais preparado, mais legítimo, mais capaz” do que ela.
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sexta-feira, 23 de abril de 2010
421) A "cristianizacao" da candidata governista - Carlos Brickmann
Pode não parecer, mas é o que está ocorrendo, objetivamente.
Dilma, mas pode me chamar de Cristiana
Coluna Carlos Brickmann
Coluna de domingo, 25 de abril
O presidente Lula disse que não iria à posse do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Ricardo Lewandowski. Uma postura deselegante. A candidata Dilma, obediente, também não foi. Mas Lula foi. E não a avisou.
Ciro Gomes acabou sendo informado oficialmente de que o PSB não o quer como candidato à Presidência. Mas, até receber a informação, assistiu às sabotagens, às tentativas de desgastá-lo, ao trabalho do presidente Lula para liquidar sua candidatura. Saiu irritadíssimo; avisou que não fará a campanha nem irá declarar seu voto. Aliás, já declarou: disse que Serra, de quem definitivamente não gosta, tem mais chances de ganhar a eleição. Sua entrevista ao jornalista Eduardo Oinegue, do iG, é duríssima. Chega ao ponto de garantir que os aloprados, compradores e vendedores de dossiês-baixaria, estarão ativos na campanha petista.
Ciro foi fiel a Lula, deixou claro que queria ser candidato para evitar que Serra ganhasse no primeiro turno, mudou seu título eleitoral para São Paulo a pedido de Lula. Foi chutado; na melhor das hipóteses, nada fará que ajude Dilma. Na pior das hipóteses, sabe-se lá.
Há outras coisas. O Governo Lula comprou a Nossa Caixa, permitindo que Serra pudesse investir mais num ano eleitoral. Lula ajudou até Kassab.
A propósito, "cristianizar" é uma palavra de 1950. O candidato oficial era Cristiano Machado, mas seu partido, por trás, apoiou Getúlio, que se elegeu.
A voz e a vez do Cara
E por que o presidente Lula cristianizaria sua candidata Dilma Rousseff? Levantemos uma hipótese: até agora, o líder único e incontestável do PT foi Lula. Um outro petista na Presidência poderia criar nova vertente no partido - alguém que, certamente sem seu carisma, sem ser o mito em que Lula se transformou, teria o poder nas mãos para criar seu próprio caminho. Imaginemos que Dilma queira, em 2014, se candidatar à reeleição, tendo o poder de nomear e demitir. Criaria pelo menos um constrangimento para o atual presidente. Já com um candidato de oposição, adversário do PT, pode ser mais fácil lidar. Lula sairia candidato em 2014 como líder supremo e único do partido. Em palavras mais curtas, o interesse do presidente não estaria em 2010, mas apenas em 2014
Dilma, mas pode me chamar de Cristiana
Coluna Carlos Brickmann
Coluna de domingo, 25 de abril
O presidente Lula disse que não iria à posse do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Ricardo Lewandowski. Uma postura deselegante. A candidata Dilma, obediente, também não foi. Mas Lula foi. E não a avisou.
Ciro Gomes acabou sendo informado oficialmente de que o PSB não o quer como candidato à Presidência. Mas, até receber a informação, assistiu às sabotagens, às tentativas de desgastá-lo, ao trabalho do presidente Lula para liquidar sua candidatura. Saiu irritadíssimo; avisou que não fará a campanha nem irá declarar seu voto. Aliás, já declarou: disse que Serra, de quem definitivamente não gosta, tem mais chances de ganhar a eleição. Sua entrevista ao jornalista Eduardo Oinegue, do iG, é duríssima. Chega ao ponto de garantir que os aloprados, compradores e vendedores de dossiês-baixaria, estarão ativos na campanha petista.
Ciro foi fiel a Lula, deixou claro que queria ser candidato para evitar que Serra ganhasse no primeiro turno, mudou seu título eleitoral para São Paulo a pedido de Lula. Foi chutado; na melhor das hipóteses, nada fará que ajude Dilma. Na pior das hipóteses, sabe-se lá.
Há outras coisas. O Governo Lula comprou a Nossa Caixa, permitindo que Serra pudesse investir mais num ano eleitoral. Lula ajudou até Kassab.
A propósito, "cristianizar" é uma palavra de 1950. O candidato oficial era Cristiano Machado, mas seu partido, por trás, apoiou Getúlio, que se elegeu.
A voz e a vez do Cara
E por que o presidente Lula cristianizaria sua candidata Dilma Rousseff? Levantemos uma hipótese: até agora, o líder único e incontestável do PT foi Lula. Um outro petista na Presidência poderia criar nova vertente no partido - alguém que, certamente sem seu carisma, sem ser o mito em que Lula se transformou, teria o poder nas mãos para criar seu próprio caminho. Imaginemos que Dilma queira, em 2014, se candidatar à reeleição, tendo o poder de nomear e demitir. Criaria pelo menos um constrangimento para o atual presidente. Já com um candidato de oposição, adversário do PT, pode ser mais fácil lidar. Lula sairia candidato em 2014 como líder supremo e único do partido. Em palavras mais curtas, o interesse do presidente não estaria em 2010, mas apenas em 2014
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420) Demitido por abandono de funcoes, e nao comparecimento ao emprego...
...Bem, poderia ser assim, mas até agora não foi, e não será, mas sempre ficamos pensando que um emprego em que não é preciso trabalhar é bom demais...
Se a lei valesse para todos os brasileiros, Lula seria demitido por abandono de emprego
Augusto Nunes
Blog em Veja, 22 de abril de 2010
“Enquanto eu estiver trabalhando, das oito da manhã às dez da noite, não terei candidato, mas depois do expediente vou para o palanque”, disse duas vezes neste mês o presidente que nunca trabalhou das oito da manhã às dez da noite, aparece no local do emprego só de vez em quando, passa a maior parte do tempo fora de Brasília, ficou longe do gabinete no Planalto mais de um ano dos quase oito de governo, não desce do palanque desde o dia da posse, tem candidata desde 2007, faz um comício por dia há dois anos e agora se dedica em tempo integral à campanha de Dilma Rousseff.
Deveria ter evitado a reprise da fantasia, soube no fim de semana. Intrigado com a dupla menção a esse misterioso “expediente”, o deputado Paulo Bornhausen, líder do DEM na Câmara, resolveu desvendar o enigma com um pedido de informações encaminhado no último sábado à chefia da Casa Civil. O parlamentar quer saber da ministra Erenice Guerra quantos dias por semana, e quantas horas por dia, o chefe de governo dedica ao serviço da nação.
“É preciso que o Palácio do Planalto esclareça qual é o expediente do presidente Lula, para que a própria Justiça tenha um parâmetro para verificar se ele faz campanha em horário de trabalho”, lembra Bornhausen, interessado em conhecer sobretudo “os horários de início e término da jornada de trabalho?”. Melhor amiga de Dilma Rousseff, Erenice é bastante inventiva. Inventou, por exemplo, um dossiê destinado a transformar Fernando Henrique e Ruth Cardoso em campeões da gastança. Também inventou álibis para que Dilma pudesse jurar que jamais conversou com Lina Vieira. Vai tentar agora inventar o expediente que não há.
Lula acha que existe, e que pode fazer o que quiser depois de cumpri-lo. Já no crepúsculo do segundo mandato, ele nunca entendeu que o chefe do Poder Executivo ─ diferentemente de um torneiro-mecânico ─ não obedece a turnos, não trabalha em meio período, nem é liberado no fim da tarde para brincar de cabo eleitoral. Nunca entendeu que o presidente, do momento da posse à hora do adeus, encarna todo o tempo uma instituição. E é tarde para compreender que continua a ser presidente mesmo quando entrega o cargo ao vice para sair de férias, para sair pelo mundo ou para sair por aí com um isopor na cabeça.
Acreditar que só se é presidente durante parte do dia é um equívoco de bom tamanho. Insistir na crendice depois de consumado o sumiço do expediente é uma agressão à sensatez ─ e uma afronta à lei. Já faz muito tempo que Lula não despacha com ministros, não consegue lembrar o nome de muitos deles, não examina documentos, estudos ou relatórios, não lê a papelada que assina, não consulta quem entende do assunto para tomar qualquer decisão, não se interessa por questões administrativas.
Se a legislação em vigor valesse para todos os brasileiros, o presidente da República não escaparia da demissão por abandono de emprego.
Se a lei valesse para todos os brasileiros, Lula seria demitido por abandono de emprego
Augusto Nunes
Blog em Veja, 22 de abril de 2010
“Enquanto eu estiver trabalhando, das oito da manhã às dez da noite, não terei candidato, mas depois do expediente vou para o palanque”, disse duas vezes neste mês o presidente que nunca trabalhou das oito da manhã às dez da noite, aparece no local do emprego só de vez em quando, passa a maior parte do tempo fora de Brasília, ficou longe do gabinete no Planalto mais de um ano dos quase oito de governo, não desce do palanque desde o dia da posse, tem candidata desde 2007, faz um comício por dia há dois anos e agora se dedica em tempo integral à campanha de Dilma Rousseff.
Deveria ter evitado a reprise da fantasia, soube no fim de semana. Intrigado com a dupla menção a esse misterioso “expediente”, o deputado Paulo Bornhausen, líder do DEM na Câmara, resolveu desvendar o enigma com um pedido de informações encaminhado no último sábado à chefia da Casa Civil. O parlamentar quer saber da ministra Erenice Guerra quantos dias por semana, e quantas horas por dia, o chefe de governo dedica ao serviço da nação.
“É preciso que o Palácio do Planalto esclareça qual é o expediente do presidente Lula, para que a própria Justiça tenha um parâmetro para verificar se ele faz campanha em horário de trabalho”, lembra Bornhausen, interessado em conhecer sobretudo “os horários de início e término da jornada de trabalho?”. Melhor amiga de Dilma Rousseff, Erenice é bastante inventiva. Inventou, por exemplo, um dossiê destinado a transformar Fernando Henrique e Ruth Cardoso em campeões da gastança. Também inventou álibis para que Dilma pudesse jurar que jamais conversou com Lina Vieira. Vai tentar agora inventar o expediente que não há.
Lula acha que existe, e que pode fazer o que quiser depois de cumpri-lo. Já no crepúsculo do segundo mandato, ele nunca entendeu que o chefe do Poder Executivo ─ diferentemente de um torneiro-mecânico ─ não obedece a turnos, não trabalha em meio período, nem é liberado no fim da tarde para brincar de cabo eleitoral. Nunca entendeu que o presidente, do momento da posse à hora do adeus, encarna todo o tempo uma instituição. E é tarde para compreender que continua a ser presidente mesmo quando entrega o cargo ao vice para sair de férias, para sair pelo mundo ou para sair por aí com um isopor na cabeça.
Acreditar que só se é presidente durante parte do dia é um equívoco de bom tamanho. Insistir na crendice depois de consumado o sumiço do expediente é uma agressão à sensatez ─ e uma afronta à lei. Já faz muito tempo que Lula não despacha com ministros, não consegue lembrar o nome de muitos deles, não examina documentos, estudos ou relatórios, não lê a papelada que assina, não consulta quem entende do assunto para tomar qualquer decisão, não se interessa por questões administrativas.
Se a legislação em vigor valesse para todos os brasileiros, o presidente da República não escaparia da demissão por abandono de emprego.
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419) Morte de uma candidatura: Ciro Gomes (e um pouco do candidato, também...)
Tês notas, ou materias, sequencias, que ilustram o enterro de uma candidatura promissora (até certo ponto).
Na verdade, ele não desistiu, foi desistido...
A) Ciro insiste: não desistiu ainda
Rudolfo Lago
Congresso em Foco, 22/04/2010 - 20h12
O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) acaba de divulgar uma nota em que diz que não retirou sua candidatura à Presidência. A nota, porém, não deixa claro o que lhe foi dito hoje pela cúpula do PSB: se disseram ou não a ele que não emprestarão legenda para que ele seja candidato. De qualquer modo, a nota demonstra que a decisão sobre a candidatura ou não, pelo menos para Ciro, ainda não é definitiva.
Leia a íntegra da nota divulgada pela assessoria de Ciro Gomes:
"Ciro Gomes deixa claro que não desiste da disputa
O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) desmentiu que tenha retirado sua candidatura à Presidência da República, conforme nota que circula pela Internet. Ciro afirma que continua candidato, que considera sua postulação importante para o PSB e para o país, e que jamais desistirá de concorrer à Presidência. Se o seu partido decidir por não apresentar candidatura própria, que assuma o ônus da decisão, que ele respeitará como filiado."
B) PSB diz a Ciro que ele não será candidato a presidente
Rudolfo Lago
Congresso em Foco, 22/04/2010 - 19h24
O PSB não esperou pela reunião que estava marcada para a próxima terça-feira (27). Segundo informa o site da revista Época, a direção do partido já comunicou hoje (22) ao deputado Ciro Gomes que ele não será candidato à Presidência da República pela legenda. De acordo com a reportagem da revista, a decisão da cúpula do PSB foi tomada após reuniões que aconteceram entre a noite de quarta-feira (21) e hoje.
O comunicado final a Ciro foi feito, conforme Época, numa reunião que começou pela manhã e se estendeu até o almoço. Após a reunião com Ciro, a cúpula do PSB foi para o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) - sede provisória do governo enquanto se reforma o Palácio do Planalto - para um encontro com o presidente Lula.
De acordo com a pesquisa eleitoral mais recente, feita pelo instituto Ibope, no cenário sem Ciro Gomes, o candidato do PSDB, José Serra, aparece com 40% das intenções de voto. Dilma Rousseff, do PT, tem 32%. E Marina Silva, do PV, 8%.
Leia a íntegra da reportagem de Época
C) Fora da disputa, Ciro tirará licença
Rudolfo Lago
Congresso em Foco, 22/04/2010 - 20h42
Um dirigente do PSB confirma que o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) já foi mesmo informado pelo partido que não terá legenda para disputar a Presidência da República. Segundo esse dirigente, a reação de Ciro não foi ríspida. Ele aceitou a decisão da cúpula, embora tenha deixado clara sua tristeza e contrariedade. Ciro comentou que, oficializada a posição do PSB, ele tirará uma licença do mandato de deputado. Quando voltar, deverá ficar distante do cenário nacional, concentrando suas atenções no Ceará e na tentativa de reeleger seu irmão, Cid Gomes, no governo do estado.
Na verdade, ele não desistiu, foi desistido...
A) Ciro insiste: não desistiu ainda
Rudolfo Lago
Congresso em Foco, 22/04/2010 - 20h12
O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) acaba de divulgar uma nota em que diz que não retirou sua candidatura à Presidência. A nota, porém, não deixa claro o que lhe foi dito hoje pela cúpula do PSB: se disseram ou não a ele que não emprestarão legenda para que ele seja candidato. De qualquer modo, a nota demonstra que a decisão sobre a candidatura ou não, pelo menos para Ciro, ainda não é definitiva.
Leia a íntegra da nota divulgada pela assessoria de Ciro Gomes:
"Ciro Gomes deixa claro que não desiste da disputa
O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) desmentiu que tenha retirado sua candidatura à Presidência da República, conforme nota que circula pela Internet. Ciro afirma que continua candidato, que considera sua postulação importante para o PSB e para o país, e que jamais desistirá de concorrer à Presidência. Se o seu partido decidir por não apresentar candidatura própria, que assuma o ônus da decisão, que ele respeitará como filiado."
B) PSB diz a Ciro que ele não será candidato a presidente
Rudolfo Lago
Congresso em Foco, 22/04/2010 - 19h24
O PSB não esperou pela reunião que estava marcada para a próxima terça-feira (27). Segundo informa o site da revista Época, a direção do partido já comunicou hoje (22) ao deputado Ciro Gomes que ele não será candidato à Presidência da República pela legenda. De acordo com a reportagem da revista, a decisão da cúpula do PSB foi tomada após reuniões que aconteceram entre a noite de quarta-feira (21) e hoje.
O comunicado final a Ciro foi feito, conforme Época, numa reunião que começou pela manhã e se estendeu até o almoço. Após a reunião com Ciro, a cúpula do PSB foi para o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) - sede provisória do governo enquanto se reforma o Palácio do Planalto - para um encontro com o presidente Lula.
De acordo com a pesquisa eleitoral mais recente, feita pelo instituto Ibope, no cenário sem Ciro Gomes, o candidato do PSDB, José Serra, aparece com 40% das intenções de voto. Dilma Rousseff, do PT, tem 32%. E Marina Silva, do PV, 8%.
Leia a íntegra da reportagem de Época
C) Fora da disputa, Ciro tirará licença
Rudolfo Lago
Congresso em Foco, 22/04/2010 - 20h42
Um dirigente do PSB confirma que o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) já foi mesmo informado pelo partido que não terá legenda para disputar a Presidência da República. Segundo esse dirigente, a reação de Ciro não foi ríspida. Ele aceitou a decisão da cúpula, embora tenha deixado clara sua tristeza e contrariedade. Ciro comentou que, oficializada a posição do PSB, ele tirará uma licença do mandato de deputado. Quando voltar, deverá ficar distante do cenário nacional, concentrando suas atenções no Ceará e na tentativa de reeleger seu irmão, Cid Gomes, no governo do estado.
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418) Candidata oficial: entrevista sobre corrupcao
Dilma: "Corrupção não pode ser confundida com partido"
Edson Sardinha
Congresso em Foco, 22/04/2010 - 13h36
A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse hoje (22) que não se pode associar a corrupção a nenhum partido político brasileiro e que nenhum governo se empenhou mais no combate a esse tipo de crime do que o governo do presidente Lula. Em entrevista à Rádio 730, de Goiânia, a ex-ministra da Casa Civil afirmou que ninguém pode ter a “soberba” de achar que determinada sigla está imune a “desvios de conduta” de seus filiados.
"A questão da corrupção não pode ser confundida com um partido ou uma sigla. Não é possível a gente supor hoje que as pessoas, os seres humanos são diferentes se eles são de um partido. A questão da corrupção é um desvio de conduta da pessoa, isso pode acontecer em todos os lugares. A gente não pode ter essa soberba ao analisar os outros. O PMDB e o PT deram grandes contribuições para o país e a democracia. Onde houve erro, você tem de investigar e punir. Se não, fica só na retórica", disse a petista ao comentar a declaração do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) de que a aliança entre peemedebistas e petistas era "terreno fértil" para escândalos. A ex-ministra declarou que, apesar de admirar o ex-colega de governo, discorda do posicionamento do deputado cearense, que tenta se lançar na corrida ao Planalto.
Operações da PF
Segundo Dilma, as operações da Polícia Federal no governo Lula mostram que "ninguém está acima da lei". "Não só mobilizamos a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal como jamais cerceamos o Ministério Público. Nos oito anos que nos antecederam, houve só 29 operações especiais da Polícia Federal. No nosso período, houve mais de mil, 1012, se não me engano. Nesse período, nós investigamos tudo que se nos apresentou, e punimos o culpado, doesse a quem doesse. Esse é o tema, é investigar e punir pra não ter a questão da impunidade", declarou.
"Nunca antes na história deste país, como diz o nosso presidente, houve caso de prisão de governador, prefeito, deputado, empresário e banqueiro. No Brasil antes só se prendiam os pobres, as pessoas de menos recursos e menos poder. Hoje o governo mostrou que ninguém está acima da lei", acrescentou.
Ouça a entrevista
A pré-candidata petista reafirmou que não se envolverá no processo de escolha do vice de sua chapa. De acordo com a petista, cabe ao PMDB definir o nome que melhor representa o partido. Dilma admitiu, ainda, que em determinados estados não será possível reproduzir nos palanques regionais a aliança que dá sustentação ao governo Lula. "Em muitos estados pode ser que haja dois palanques. Mas na maioria deles vai haver uma tendência a unificar os palanques", destacou."Cada situação regional vai ser diferenciada. Não é possível ter uma regra geral no Brasil. Todo mundo segue aquele modelinho, e aí quando a coisa não dá certo, a pessoa se surpreende. Não pode ser assim. É possível dois palanques."
Pesquisas e reflexões
Na entrevista aos jornalistas Altair Tavares, Eduardo Horácio e Marcelo Heleno, Dilma afirmou que não vai criar "constrangimento"a nenhum instituto de pesquisa, por mais que haja diferença nos dados divulgados, e que os números apresentados até agora são importantes porque geram "reflexões". A pré-candidata do PT disse que espera crescer à medida em que se aproximar mais do eleitorado durante a campanha eleitoral. "Espero que quanto mais eu seja conhecida, os eleitores vão se aproximar de mim. Porque o projeto que represento, que é o do presidente Lula, é amplamente aprovado", declarou.
Dilma atribuiu os altos índices de aprovação ao governo Lula a uma mudança de "lógica". "Uma parte importante se deve ao fato de que o governo do presidente Lula é um governo muito bem avaliado, porque nós mudamos a lógica. Essa avaliação que o presidente tem favorável a nós se deve ao fato de que o país vinha de uma trajetória de desemprego, estagnação e desigualdade. Com a gente, ele muda. Sai dessa trajetória, em que também havia desesperança. As pessoas eram céticas, não acreditavam mais. E passa para uma nova era, que eu chamo de prosperidade."
A ex-ministra da Casa Civil e de Minas e Energia defendeu a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, contestada por ambientalistas, indígenas e Ministério Público. Segundo ela, a energia gerada por hidrelétricas é a menos poluente. "Estamos fazendo Belo Monte e exigindo um padrão de respeito ao meio ambiente que permita que a gente faça hidrelétrica e não destrua o meio ambiente", declarou.
Pais e filhos
Ainda na entrevista, Dilma negou que seja uma pessoa dura e comparou sua postura no governo Lula com a de uma mãe, que precisa às vezes falar coisas que os filhos não querem ouvir. "Não acho que sou dura, não. Eu sou uma pessoa que exijo de mim um trabalho árduo. Se você não exigir de si um trabalho árduo, no Brasil, você não toca as coisas pra frente. Nós, quando chegamos ao governo, devemos isso para o povo", afirmou. "Minha função era coordenar o governo. Eu queria saber por que a obra nesse estado não estava andando, por que a gente não está cumprindo os prazos. Eu cumpria aquele papel em que ninguém é muito simpático fazendo, o da cobrança. É como uma família, mãe tem hora que o filho acha mais duro que o pai. O pai deixa os filhos soltos por aí", acrescentou.
Questionada se o presidente Lula era o pai que deixava as coisas correrem soltas, Dilma evitou a comparação. "Não. O pai, que é o Lula, tem um olho de lince. Ele sabia antes de mim aonde a coisa não estava funcionando. Obviamente, porque ele é o presidente. 'Isso aqui tem de andar, aquilo ali não pode ser assim'", afirmou.
Edson Sardinha
Congresso em Foco, 22/04/2010 - 13h36
A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse hoje (22) que não se pode associar a corrupção a nenhum partido político brasileiro e que nenhum governo se empenhou mais no combate a esse tipo de crime do que o governo do presidente Lula. Em entrevista à Rádio 730, de Goiânia, a ex-ministra da Casa Civil afirmou que ninguém pode ter a “soberba” de achar que determinada sigla está imune a “desvios de conduta” de seus filiados.
"A questão da corrupção não pode ser confundida com um partido ou uma sigla. Não é possível a gente supor hoje que as pessoas, os seres humanos são diferentes se eles são de um partido. A questão da corrupção é um desvio de conduta da pessoa, isso pode acontecer em todos os lugares. A gente não pode ter essa soberba ao analisar os outros. O PMDB e o PT deram grandes contribuições para o país e a democracia. Onde houve erro, você tem de investigar e punir. Se não, fica só na retórica", disse a petista ao comentar a declaração do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) de que a aliança entre peemedebistas e petistas era "terreno fértil" para escândalos. A ex-ministra declarou que, apesar de admirar o ex-colega de governo, discorda do posicionamento do deputado cearense, que tenta se lançar na corrida ao Planalto.
Operações da PF
Segundo Dilma, as operações da Polícia Federal no governo Lula mostram que "ninguém está acima da lei". "Não só mobilizamos a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal como jamais cerceamos o Ministério Público. Nos oito anos que nos antecederam, houve só 29 operações especiais da Polícia Federal. No nosso período, houve mais de mil, 1012, se não me engano. Nesse período, nós investigamos tudo que se nos apresentou, e punimos o culpado, doesse a quem doesse. Esse é o tema, é investigar e punir pra não ter a questão da impunidade", declarou.
"Nunca antes na história deste país, como diz o nosso presidente, houve caso de prisão de governador, prefeito, deputado, empresário e banqueiro. No Brasil antes só se prendiam os pobres, as pessoas de menos recursos e menos poder. Hoje o governo mostrou que ninguém está acima da lei", acrescentou.
Ouça a entrevista
A pré-candidata petista reafirmou que não se envolverá no processo de escolha do vice de sua chapa. De acordo com a petista, cabe ao PMDB definir o nome que melhor representa o partido. Dilma admitiu, ainda, que em determinados estados não será possível reproduzir nos palanques regionais a aliança que dá sustentação ao governo Lula. "Em muitos estados pode ser que haja dois palanques. Mas na maioria deles vai haver uma tendência a unificar os palanques", destacou."Cada situação regional vai ser diferenciada. Não é possível ter uma regra geral no Brasil. Todo mundo segue aquele modelinho, e aí quando a coisa não dá certo, a pessoa se surpreende. Não pode ser assim. É possível dois palanques."
Pesquisas e reflexões
Na entrevista aos jornalistas Altair Tavares, Eduardo Horácio e Marcelo Heleno, Dilma afirmou que não vai criar "constrangimento"a nenhum instituto de pesquisa, por mais que haja diferença nos dados divulgados, e que os números apresentados até agora são importantes porque geram "reflexões". A pré-candidata do PT disse que espera crescer à medida em que se aproximar mais do eleitorado durante a campanha eleitoral. "Espero que quanto mais eu seja conhecida, os eleitores vão se aproximar de mim. Porque o projeto que represento, que é o do presidente Lula, é amplamente aprovado", declarou.
Dilma atribuiu os altos índices de aprovação ao governo Lula a uma mudança de "lógica". "Uma parte importante se deve ao fato de que o governo do presidente Lula é um governo muito bem avaliado, porque nós mudamos a lógica. Essa avaliação que o presidente tem favorável a nós se deve ao fato de que o país vinha de uma trajetória de desemprego, estagnação e desigualdade. Com a gente, ele muda. Sai dessa trajetória, em que também havia desesperança. As pessoas eram céticas, não acreditavam mais. E passa para uma nova era, que eu chamo de prosperidade."
A ex-ministra da Casa Civil e de Minas e Energia defendeu a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, contestada por ambientalistas, indígenas e Ministério Público. Segundo ela, a energia gerada por hidrelétricas é a menos poluente. "Estamos fazendo Belo Monte e exigindo um padrão de respeito ao meio ambiente que permita que a gente faça hidrelétrica e não destrua o meio ambiente", declarou.
Pais e filhos
Ainda na entrevista, Dilma negou que seja uma pessoa dura e comparou sua postura no governo Lula com a de uma mãe, que precisa às vezes falar coisas que os filhos não querem ouvir. "Não acho que sou dura, não. Eu sou uma pessoa que exijo de mim um trabalho árduo. Se você não exigir de si um trabalho árduo, no Brasil, você não toca as coisas pra frente. Nós, quando chegamos ao governo, devemos isso para o povo", afirmou. "Minha função era coordenar o governo. Eu queria saber por que a obra nesse estado não estava andando, por que a gente não está cumprindo os prazos. Eu cumpria aquele papel em que ninguém é muito simpático fazendo, o da cobrança. É como uma família, mãe tem hora que o filho acha mais duro que o pai. O pai deixa os filhos soltos por aí", acrescentou.
Questionada se o presidente Lula era o pai que deixava as coisas correrem soltas, Dilma evitou a comparação. "Não. O pai, que é o Lula, tem um olho de lince. Ele sabia antes de mim aonde a coisa não estava funcionando. Obviamente, porque ele é o presidente. 'Isso aqui tem de andar, aquilo ali não pode ser assim'", afirmou.
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Dilma Rousseff
417) Campanha eleitoral: Serra quer Mercosul como ZLC, nao UA
“O mundo tem 100 tratados de livre comércio, o Brasil só fez um”, diz Serra
Por Anna Ruth Dantas, no Estadão Online, 22.04.2010:
O ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou nesta quinta-feira, 22, a política de comércio exterior do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Durante evento em Natal promovido pela Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas no Rio Grande do Norte, o tucano disse que, no Brasil, “há pouca agressividade” para o setor.
Serra também voltou a criticar a postura do governo brasileiro diante do Mercosul. O tucano lembrou que apenas um tratado de livre comércio foi firmado durante o governo Lula, enquanto que no mundo todo há cerca de cem acordos em andamento. A declaração foi feita no mesmo dia em que o chancelar argentino, Jorge Taiana, retrucou
as declarações do pré-candidato do PSDB, que na terça-feira, em palestra em Minas, classificou o Mercosul como uma “farsa”.
“O Mercosul tem que se concentrar em ser uma zona de livre comércio, porque além de zona de livre comércio ele passou a ser uma união alfandegária. Ou seja, todas as tarifas do exterior, de política comercial, ficam subordinadas aos quatro países”, explicou o tucano, para quem a situação inviabiliza acordos bilaterais. “O Mercosul não avançou no que era mais importante, na medida em que poderia avançar: o livre comércio entre os países”, afirmou. “O Mercado Comum Europeu e a União Econômica México-Estados Unidos começaram com uma zona de livre comércio. Era importante para ter no futuro uma boa união alfandegária ter uma zona de livre comércio consolidada primeiro”, concluiu.
Serra também não poupou criticas aos fracos investimentos na infraestrutura brasileira e lembrou que nos anos 70 um terço dos investimentos eram voltados para essa área.
Aproveitando o viés econômico do encontro, o pré-candidato tucano disse que a política macroeconômica do governo se sustenta sobre dois tripés: “um do bem e outro do mal”. O último seria composto pelos juros, carga tributária e falta de infraestrutura. Já o tripé do bem é o do câmbio flutuante, metas de inflação e políticas econômicas bem definidas.
Vice
O ex-governador defendeu ainda uma política mais eficiente de incentivo aos genéricos. Ele disse que essa será uma das propostas do seu plano de governo e garantiu que é favorável ao Bolsa Família, tanto que pretende aumentar o número de beneficiados.
“Vamos turbinar de novo os remédios, eles precisam ser turbinados porque é um produto que barateia e é de boa qualidade. Teremos uma cesta de remédios gratuitos próxima a 80 medicamentos, que são distribuídos através dos municípios. Essa é uma questão do acesso aos medicamentos”, afirmou.
Sobre a escolha do candidato a vice-presidente, Serra admitiu que o assunto está sendo tratado pela cúpula do PSDB. “São critérios políticos, de princípios, porque tem que ser alguém afinado com nossos valores, nossos princípios, nossos programas para o Brasil, para todas as regiões. Esse é um processo que se desenvolverá normalmente e até junho teremos uma definição boa. Não estou cuidando pessoalmente disso, quem cuida é o meu partido”, comentou o pré-candidato tucano.
Em campanha
Na chegada ao local da palestra para os empresários, José Serra foi abordado pelo produtor de mel Milton Alves de Araújo. Ele entregou um litro de mel ao tucano que recebeu e, de pronto, na frente de diversos fotógrafos e cinegrafistas, bebeu na boca da garrafa. Questionado sobre a encomenda, Milton Araújo disse que recebeu um telefonema de uma pessoa de São Paulo que pediu para ele ir ao local e entregar o mel a Serra. “Me ligaram de São Paulo, disseram que ele gostava de mel e pediram para eu vir entregar um litro para ele”, comentou o criador de abelha.
Por Anna Ruth Dantas, no Estadão Online, 22.04.2010:
O ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou nesta quinta-feira, 22, a política de comércio exterior do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Durante evento em Natal promovido pela Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas no Rio Grande do Norte, o tucano disse que, no Brasil, “há pouca agressividade” para o setor.
Serra também voltou a criticar a postura do governo brasileiro diante do Mercosul. O tucano lembrou que apenas um tratado de livre comércio foi firmado durante o governo Lula, enquanto que no mundo todo há cerca de cem acordos em andamento. A declaração foi feita no mesmo dia em que o chancelar argentino, Jorge Taiana, retrucou
as declarações do pré-candidato do PSDB, que na terça-feira, em palestra em Minas, classificou o Mercosul como uma “farsa”.
“O Mercosul tem que se concentrar em ser uma zona de livre comércio, porque além de zona de livre comércio ele passou a ser uma união alfandegária. Ou seja, todas as tarifas do exterior, de política comercial, ficam subordinadas aos quatro países”, explicou o tucano, para quem a situação inviabiliza acordos bilaterais. “O Mercosul não avançou no que era mais importante, na medida em que poderia avançar: o livre comércio entre os países”, afirmou. “O Mercado Comum Europeu e a União Econômica México-Estados Unidos começaram com uma zona de livre comércio. Era importante para ter no futuro uma boa união alfandegária ter uma zona de livre comércio consolidada primeiro”, concluiu.
Serra também não poupou criticas aos fracos investimentos na infraestrutura brasileira e lembrou que nos anos 70 um terço dos investimentos eram voltados para essa área.
Aproveitando o viés econômico do encontro, o pré-candidato tucano disse que a política macroeconômica do governo se sustenta sobre dois tripés: “um do bem e outro do mal”. O último seria composto pelos juros, carga tributária e falta de infraestrutura. Já o tripé do bem é o do câmbio flutuante, metas de inflação e políticas econômicas bem definidas.
Vice
O ex-governador defendeu ainda uma política mais eficiente de incentivo aos genéricos. Ele disse que essa será uma das propostas do seu plano de governo e garantiu que é favorável ao Bolsa Família, tanto que pretende aumentar o número de beneficiados.
“Vamos turbinar de novo os remédios, eles precisam ser turbinados porque é um produto que barateia e é de boa qualidade. Teremos uma cesta de remédios gratuitos próxima a 80 medicamentos, que são distribuídos através dos municípios. Essa é uma questão do acesso aos medicamentos”, afirmou.
Sobre a escolha do candidato a vice-presidente, Serra admitiu que o assunto está sendo tratado pela cúpula do PSDB. “São critérios políticos, de princípios, porque tem que ser alguém afinado com nossos valores, nossos princípios, nossos programas para o Brasil, para todas as regiões. Esse é um processo que se desenvolverá normalmente e até junho teremos uma definição boa. Não estou cuidando pessoalmente disso, quem cuida é o meu partido”, comentou o pré-candidato tucano.
Em campanha
Na chegada ao local da palestra para os empresários, José Serra foi abordado pelo produtor de mel Milton Alves de Araújo. Ele entregou um litro de mel ao tucano que recebeu e, de pronto, na frente de diversos fotógrafos e cinegrafistas, bebeu na boca da garrafa. Questionado sobre a encomenda, Milton Araújo disse que recebeu um telefonema de uma pessoa de São Paulo que pediu para ele ir ao local e entregar o mel a Serra. “Me ligaram de São Paulo, disseram que ele gostava de mel e pediram para eu vir entregar um litro para ele”, comentou o criador de abelha.
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416) Ciro Gomes: a descontrucao de um candidato
Nunca, em nenhum país, um politico de expressão desceu tão baixo em tão pouco tempo, sem ter cometido, vountária ou involuntariamente, algum escândalo destruídor de sua carreira.
Essa é a máquina de desconstruir carreiras e reputações atualmente em operação no Brasil.
CIRO: MAIS UMA VÍTIMA DO LULO-PETISMO. OU: A GRANDE LIÇÃO
Reinaldo Azevedo, 22.04.2010
A humilhação a que a o lulo-petismo, por intermédio do PSB, submete o deputado Ciro Gomes deve ser inédita entre aliados. Ciro recebe, assim, uma dura lição numa quadra da vida em que as pessoas costumam estar se preparando para ser mestres. Quando rompeu com o PSDB, exercitando aquele seu discurso sempre estrepitoso, cheio de palavras fortes que apelam à moral, à honra, à dignidade, conquistou grande espaço na imprensa. Eram tempos em que se opor a FHC costumava tornar as pessoas maiores do que de fato eram. Ainda recentemente, no período de indefinição da candidatura tucana, bastava a Ciro uma viagem a Minas ou uma declaração antevendo a desistência de Serra, e sua visibilidade estava garantida. Nos bastidores, ou nem tanto, costurou um acordo com Lula que previa um Plano B, concorrer ao governo de São Paulo, caso não conseguisse tornar viável o Plano A: disputar a Presidência da República. Como segurança, transferiu o domicílio eleitoral para São Paulo.
Ciro gosta de se mostrar um senhor sabido, também um estudioso da política, daí que seu discurso seja salpicado de termos e expressões oriundos da ciência política. Mas demonstrou uma espantosa ingenuidade — além de ignorar, como já escrevi aqui muitas vezes, a natureza do PT. O que ele imaginou? Garantida a transferência de domicílio, acreditou que Lula realmente o deixaria livre para tentar arregimentar alguns partidos da base aliada para emplacar a sua candidatura? Apostou, em algum momento, que ele e Dilma concorreriam no livre mercado do governismo, e Lula acabaria indicando aquele que se mostrasse mais viável?
Sei lá que diabos se passou pela sua cabeça. Um pouco de teoria política — ou de prática, que ele tem!!! — adverte que não se dá àquele com quem se negocia a vantagem que Ciro deu a Lula: tornou viável o desejo do petista (fazê-lo candidato em São Paulo) e o deixou solto pra capturar todos os partidos com os quais ele, Ciro, poderia potencialmente se aliar, de sorte que este não teria como defender a sua candidatura nem junto ao PSB, que nunca, de fato, a levou a sério.
Nesta fase de pré-disputa, Ciro viu seu patrimônio eleitoral reduzir-se de modo vexaminoso. Dos 22% que já chegou a ter das intenções de voto, caiu para algo aí entre 8% e 9%, desidratado que foi pelo próprio Lula. Na reunião de hoje com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, também presidente do PSB, e com o vice-presidente, Roberto Amaral, foi obrigado a ouvir que a sua candidatura não emplacou, foi pro vinagre, está acabada. Por outra: Lula, o PT e o próprio PSB empurraram Ciro para a derrocada. E agora usam a sua situação ruim nas pesquisas para lhe impor a desistência.
Mas não só isso: o PSB instrumentalizou a sua eventual candidatura para arrancar vantagens do PT nos estados. Ciro foi usado como mercadoria mesmo; trocado por trinta dinheiros com uma desfaçatez como nunca vi. Tenho um aguçado senso de justiça. Mesmo Ciro sendo quem é, quase me solidarizo com ele. À sua maneira e do seu exclusivo ponto de vista, é mais uma vítima do lulo-petismo.
O que lhe resta? Sei lá eu! Fico a imaginá-lo, depois de uma conversa com Lula, o seu verdugo, a declarar apoio a Dilma Rousseff, o que significará, então, o endosso ao “roçado de escândalos”, segundo expressão sua, que une o PT ao PMDB… Seria uma boa forma de ele dilapidar os 8% que lhe restam de reconhecimento do eleitorado brasileiro…
Talvez, dado o andamento da coisa, acabasse lhe ficando bem a neutralidade, já que acredita que o desfecho eleitoral que aí está obedece a uma espécie de urdidura conspiratória. E qual lição pode ter aprendido? Esta:
“NEM SEMPRE O INIMIGO DO MEU INIMIGO É MEU AMIGO!” No caso, pode até ser meu pior inimigo. Romper com o PSDB fez Ciro parecer maior do que era. Aliar-se ao PT o tornou menor do que efetivamente era.
Essa é a máquina de desconstruir carreiras e reputações atualmente em operação no Brasil.
CIRO: MAIS UMA VÍTIMA DO LULO-PETISMO. OU: A GRANDE LIÇÃO
Reinaldo Azevedo, 22.04.2010
A humilhação a que a o lulo-petismo, por intermédio do PSB, submete o deputado Ciro Gomes deve ser inédita entre aliados. Ciro recebe, assim, uma dura lição numa quadra da vida em que as pessoas costumam estar se preparando para ser mestres. Quando rompeu com o PSDB, exercitando aquele seu discurso sempre estrepitoso, cheio de palavras fortes que apelam à moral, à honra, à dignidade, conquistou grande espaço na imprensa. Eram tempos em que se opor a FHC costumava tornar as pessoas maiores do que de fato eram. Ainda recentemente, no período de indefinição da candidatura tucana, bastava a Ciro uma viagem a Minas ou uma declaração antevendo a desistência de Serra, e sua visibilidade estava garantida. Nos bastidores, ou nem tanto, costurou um acordo com Lula que previa um Plano B, concorrer ao governo de São Paulo, caso não conseguisse tornar viável o Plano A: disputar a Presidência da República. Como segurança, transferiu o domicílio eleitoral para São Paulo.
Ciro gosta de se mostrar um senhor sabido, também um estudioso da política, daí que seu discurso seja salpicado de termos e expressões oriundos da ciência política. Mas demonstrou uma espantosa ingenuidade — além de ignorar, como já escrevi aqui muitas vezes, a natureza do PT. O que ele imaginou? Garantida a transferência de domicílio, acreditou que Lula realmente o deixaria livre para tentar arregimentar alguns partidos da base aliada para emplacar a sua candidatura? Apostou, em algum momento, que ele e Dilma concorreriam no livre mercado do governismo, e Lula acabaria indicando aquele que se mostrasse mais viável?
Sei lá que diabos se passou pela sua cabeça. Um pouco de teoria política — ou de prática, que ele tem!!! — adverte que não se dá àquele com quem se negocia a vantagem que Ciro deu a Lula: tornou viável o desejo do petista (fazê-lo candidato em São Paulo) e o deixou solto pra capturar todos os partidos com os quais ele, Ciro, poderia potencialmente se aliar, de sorte que este não teria como defender a sua candidatura nem junto ao PSB, que nunca, de fato, a levou a sério.
Nesta fase de pré-disputa, Ciro viu seu patrimônio eleitoral reduzir-se de modo vexaminoso. Dos 22% que já chegou a ter das intenções de voto, caiu para algo aí entre 8% e 9%, desidratado que foi pelo próprio Lula. Na reunião de hoje com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, também presidente do PSB, e com o vice-presidente, Roberto Amaral, foi obrigado a ouvir que a sua candidatura não emplacou, foi pro vinagre, está acabada. Por outra: Lula, o PT e o próprio PSB empurraram Ciro para a derrocada. E agora usam a sua situação ruim nas pesquisas para lhe impor a desistência.
Mas não só isso: o PSB instrumentalizou a sua eventual candidatura para arrancar vantagens do PT nos estados. Ciro foi usado como mercadoria mesmo; trocado por trinta dinheiros com uma desfaçatez como nunca vi. Tenho um aguçado senso de justiça. Mesmo Ciro sendo quem é, quase me solidarizo com ele. À sua maneira e do seu exclusivo ponto de vista, é mais uma vítima do lulo-petismo.
O que lhe resta? Sei lá eu! Fico a imaginá-lo, depois de uma conversa com Lula, o seu verdugo, a declarar apoio a Dilma Rousseff, o que significará, então, o endosso ao “roçado de escândalos”, segundo expressão sua, que une o PT ao PMDB… Seria uma boa forma de ele dilapidar os 8% que lhe restam de reconhecimento do eleitorado brasileiro…
Talvez, dado o andamento da coisa, acabasse lhe ficando bem a neutralidade, já que acredita que o desfecho eleitoral que aí está obedece a uma espécie de urdidura conspiratória. E qual lição pode ter aprendido? Esta:
“NEM SEMPRE O INIMIGO DO MEU INIMIGO É MEU AMIGO!” No caso, pode até ser meu pior inimigo. Romper com o PSDB fez Ciro parecer maior do que era. Aliar-se ao PT o tornou menor do que efetivamente era.
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quinta-feira, 22 de abril de 2010
415) A candidata como artista de TV: fiasco completo
Comentários sobre a última performance da candidata oficial (performance é exagero):
Ex-blog de Cesar Maia:
DILMA NA BAND: UM FIASCO INACREDITÁVEL!
1. Assim como Serra, Datena convidou Dilma para uma entrevista. A performance de Dilma foi amadora, de iniciante. A começar pelo modelito vermelho meio acetinado que lhe deram, realçando seu perfil. A sua posição em pé, quase em diagonal, acentuava. Lembrava Dircinha Batista em "Entrei de Gaiato".
2. Dilma repetiu várias vezes o dedo em riste, que tanto lhe criticam. E ainda batia ou dedava o braço esquerdo de Datena que deve ter saído com um pequeno hematoma. Dilma não consegue completar o pensamento. Gagueja no meio das frases. Passa às pessoas insegurança ao não saber que resposta dar. E às vezes exagera na diagonal ao entrevistador, dando as costas ao expectador.
3. Usa "melulancolicamente" a expressão "a gente". Pela contagem do Twitter deste Ex-Blog isso ocorreu umas 63 vezes. Seu sorriso é meio sem graça. O entrevistador se impõe e ainda mostra que está tentando ajudar. Na resposta ao programa habitacional, Dilma meteu os pés pelas mãos, estendeu-se e não sabia como concluir. Datena deu-lhe a mão.
4. Datena pediu que cantasse uma música. Escolheu o tango argentino "El Dia que me quieras" e cantarolou. Nenhuma lembrança de uma música brasileira. Chocante. Que pelo menos fosse Cambalache, para compor a coreografia de suas respostas. No final, Datena lhe deu um minuto para dar uma notícia para os jornais do dia seguinte. Dilma não sabia o que ia dizer e balbuciou: - Esta entrevista a você.
5. Numa situação dessas e, Lula já tendo usado as "3 substituições", o que resta é ir com ela em frente. Talvez devessem fazer uma imersão com ela num destes cursos de telegenia e só deixá-la voltar às ruas quando aprovada. O risco é isso ocorrer depois das eleições
================
Reinaldo Azevedo:
“A gente tem ainda um minuto e 40 segundos. O que a gente faz agora? Quer cantar?”
É…
Estava eu aqui, como a Inês de Castro, de Camões, “posto em sossego!, quando uma amiga avisa pelo MSN: “Dilma está no Datena”. Essa profissão não é bolinho, não! Lá vou eu. Já tinha perdido a primeira parte em que ela se disse devota de Nossa Senhora de Fátima. Como sintetizar a entrevista? Acho que esta fala de Datena diz tudo: “Temos ainda um minuto e quarenta segundos. O que a gente faz? Quer cantar?” Como a petista não tinha mais nada a dizer — e, de fato, tinha passado o tempo todo tentando dizer alguma coisa —, ensaiou: “El día que me quieras”… E soltou mais uns dois versos em “embromacíon“, a versão em espanhol do “embromation“.
Não foi o único momento constrangedor, não, daqueles que causam vergonha alheia. Faltando uns três minutos para o fim do programa, o apresentador mandou ver: “A senhora até agora não me deu a manchete. Diga alguma coisa pra ser manchete”. E ela, com aquela sua descontração natural: “Achei a entrevista com você o máximo!”.
Mas nem uma coisa nem outra foram o auge do constrangimento. Alguma coisa combinada nos bastidores não deu certo, e Dilma sofreu um apagão mental no meio da entrevista — espero que a Band mantenha a entrevista em seu site. Datena: “A senhora me falou que ia dizer uma coisa aqui pela primeira vez”. Dilma arregalou os olhos, passou a olhar desesperadamente o vazio em busca de algum auxílio, engrolou palavras sem muito nexo até que achou a idéia luminosa: “Eu quero dizer que eu amo o meu país e que já é muita coisa ter chegado até aqui”. E o apresentador um tanto surpreso com o comportamento basbaque dela: “Mas isso não quer dizer que já esteja bom”. E Dilma: “Não! Lembro sempre a mãe do presidente, que falava: ‘Teime, Lula, teime!’” Lula, Lula, Lula…
Temer
O entrevistador quis saber se Michel Temer (PMDB), presidente da Câmara, é um bom candidato a vice. Com “zero” de entusiasmo, ela disse que era um bom nome. Mas se negou a tratá-lo como o candidato do partido ao cargo. Ocorre que ele É O CANDIDATO do PMDB!
Foi difícil levar a coisa até o fim, como se nota. A fala de Dilma ia se fragmentando e se perdendo em anacolutos, com parênteses dentro de parênteses, onde ela intercalava frases, metendo apostos em apostos… O raciocínio não era um novelo que se desenrolava, mas uma grande embromação. Depois de algum tempo, ninguém entendia nada. E quem conferia alguma inteireza àquele caos de idéias quase claras? Acreditem: Datena!
Dilma tentou explicar o programa “Minha Casa, Minha Vida”. Não conseguiu. O apresentador ajudou: “É para dar moradia digna”. Isso! É para dar moradia digna!!!
Datena indagou o que ela pensava dos ataques (quais?) que FHC lhe teria desferido. Num sinal, talvez, de que a luta do suposto “bem” contra o suposto “mal” esgotou as suas virtudes eleitoreiras, Dilma fugiu da briga e disse apenas que a crítica é natural porque FHC é de um partido de oposição… Foi o seu melhor momento.
Faltam ainda seis meses. Vamos ver o que eles vão fazer agora.
=================
Reinaldo Azevedo:
A DECLARAÇÃO-BOMBA DE DILMA!!!
No texto que escrevi ontem sobre a entrevista de Dilma a Datena, informei que o apresentador lhe pediu uma revelação inédita, algo que ela não houvesse dito ainda a ninguém e que gostaria de dizer ali. Vai do comecinho do vídeo até 1min40s:
Transcrevo para a história:
DILMA - Olhe, eu queria dizer uma coisa assim… Eu acho que pra mim, tá?, esses anos que passei lá em Brasília, no governo federal, foi (sic) um momento especial na minha vida, Porque eu sou de uma geração que sempre quis transformar o Brasil, sempre queria um, um… país mais justo. E, aí, o que é que acontece? Acontece que a gente… Muita gente ficou pra trás. E, muitas vezes, né?, cê ficava pensando: “Mas será que, nessa etapa da minha vida, já pro…, já pra segunda metade, né?, eu vou ter essa oportunidade?” E eu quero te dizer o seguinte: eu me sinto muito feliz de ter chegado até aqui. Já sou muito grata por ter chegado até aqui. E, é…, uma coisa que fica muito dentro de mim, né?… Se ocê me perguntasse: “MAS O QUE É QUE OCÊ QUER DIZER MESMO COM ISSO? Eu quero dizer o seguinte: “Eu amo o meu país”. E, já ter chegado aqui, para mim, foi uma grande conquista.
DATENA - Isso não quer dizer que já é o suficiente, né?
DILMA - Não! Porque a gente, qualquer um de nós, quem tá me escutando sabe disso, homens e mulheres, uma das melhores coisas da gente é que a gente não desiste nunca, né? Nós não desistimos. Como dizia a mãe do presidente pra ele: “Teime, Teime Lula”. É isso que eu digo pra mim mesma: “Dilma, teime”.
Comento
O que é isso? Efeito da marquetagem. É a equipe de campanha dizendo à candidata que ela tem de se mostrar mais humana, fazer um discurso menos tecnocrático, ser menos rígida, mostrar-se uma pessoa amorável, cordata, doce, próxima… Tudo aquilo que ela não é.
Por isso acabou estrelando esse momento patético, em que fica tentando arrancar palavras do vazio para provar a sua ternura, forçando um certo suspense emocionado que termina na frase estupenda: “EU AMO O MEU PAÍS”. Mais: sua resposta dá a entender que já chegou longe demais…
O alinhamento de Datena com Lula, o PT e Dilma é conhecido. Atuou, durante a entrevista, como um advogado entusiasmado do governismo e tradutor do que ela dizia. Mas o esforço, parece, não foi bem-sucedido. Queria algo que, afinal, fosse notícia nos sites e nos jornais. Aos cinco minutos (desse trecho), cobra:
DATENA - Me dá uma notícia que vai sair no jornal amanhã. A senhora não me deu nenhuma até agora.
E Dilma respondeu com aquela descontração natural:
“A minha manchete é a seguinte: eu achei a entrevista com você o máximo!”
Dizer o quê. O petistíssimo apresentador, certamente sem querer, encerrou o programa com uma pergunta-emblema, aos 5min29s:
DATENA - Olha, é… Temos um minuto e quarenta, o que a gente poderia fazer? Dançar, eu não sei dançar; cantar um tango, eu não sei cantar. Eu acho que nós (sic) já esgotamos tudo que tinha de falar…
DILMA - Eu sabia cantar, mas a minha voz tá ruim também…
DATENA - Experimenta um pouquinho…
DILMA - Não, não… El día que me quieras
Pode não saber cantar. Mas, se não mudar a toada, tem tudo para dançar. Nem sempre haverá alguém ao lado com o talento de Datena…
================
Reinaldo Azevedo:
UMA CANDIDATA CHAMADA “VANDA”. OU: DILMA ACABA COM O MONOTEÍSMO NA IGREJA CATÓLICA!
Escrevi aqui outro dia que, Dilma Rousseff, quando pertencia a grupos clandestinos, devia se encarregar de assuntos lítero-musicais, já que assegura não ter participado de nenhuma das ações armadas das três organizações terroristas que integrou: Colina, VAR-Palmares e VPR. Também deve ter lido a Bíblia com afinco naqueles tempos, daí a insistência em acusar a oposição de “lobos em pede de cordeiro”. Na, vá lá, “entrevista” concedida ontem ao tal Datena, da Band, a pré-candidata petista mostrou o que sobrou de tanta reflexão religiosa… Já chego lá.
“Calma, Vanda!”
Antes, quero lembrar aqui um bate-papo descontraído que Carlos Minc andou mantendo com os descolados do Rio. Segundo o ex-ministro do Meio Ambiente, quando Dilma, à frente da Casa Civil, ficava muito brava e dava murros na mesa, ele conseguia apaziguá-la dizendo estas palavras mágicas: “Calma, Vanda, calma!!!” Huuummm… “Vanda” é um dos nomes que Dilma teve na clandestinidade. O ex-ministro, diga-se, chegado a um verde, que hoje abraçaria troncos de árvore com emoção, já foi menos doce com pessoas. Será ele um lobo em pele de Minc (não resisti)?
No dia 31 de março de 1969, a Vanguarda Popular Revolucionária assaltou o banco Andrade Arnaud no Rio. Os terroristas mataram um inocente, o comerciante Manoel da Silva Dutra. Minc fez parte da operação. Dilma jura que não. Então fazia o quê? Estudava religião!!! É a conclusão a que cheguei vendo o trecho abaixo da entrevista a Datena. O trecho que interessa vai de 1min20s a 2min8s. Advirto: trata-se de uma cena forte. Reproduzo trecho da fala por escrito depois:
DATENA - Não sendo nem um pouco criativo, quando fizeram aquela pergunta pro Fernando Henrique, ele demorou três horas e meia para responder… A senhora acredita em Deus?
DILMA - Olha, eu acredito numa força superior que a gente pode chamar de Deus. Eu acredito e… E acredito, mais do que nessa força, se ocê (???) me permitir, acredito na força dessa deusa mulher que é Nossa Senhora.
DATENA - Nossa Senhora de Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de uma forma geral (!!!)…
DILMA - Todas essas múltiplas Nossas Senhoras (!!!) que existem por esse Brasil afora: Nossa Senhora das Dores, das Graças, Aparecida…
DATENA - Porque no fundo, no fundo, elas representam é…
DILMA - Nossa Senhora da Boa-Morte…
DATENA - No fundo, no fundo, Nossa Senhora representa a força que a mulher brasileira tem, né?
DILMA - Representa isso, eu acho, e representa uma coisa que todo mundo precisa: misericórdia. Ela representa muito isso. Proteção! Todo mundo precisa.
Comento
Começarei pelo aspecto mais, bem…, bizarro da resposta. Pode ser chato, mas nem a VPR teria mudado isto caso tivesse conseguido implantar a ditadura comunista e atéia no Brasil: as religiões monoteístas têm apenas um Deus. Assim, Nossa Senhora não é uma “deusa mulher” porque inexistem deuses e deusas no catolicismo — na verdade, no cristianismo. Só existe “Deus”, que se expressa nas três Pessoas da Trindade. O catolicismo reconhece a existência de santos — e Maria, a “Nossa Senhora”, está entre eles, recebendo denominações distintas de acordo com os locais de aparição ou com o tipo de culto que se faça à santa. Com alguma graça, poder-se-ia dizer que o Deus cristão é, sim, Três em Um, mas Nossa Senhora é Uma em Uma em suas várias manifestações.
O diálogo, como se estabelece num nível elevado, inclusive o teológico, permite que Datena indague em qual Nossa Senhora em particular ela acredita, incluindo uma nova: a “Nossa Senhora de Uma Forma Geral”. E a sapientíssima fala das “múltiplas Nossas Senhoras Brasil afora (sic). E quais são elas? A das Graças (França); a da Boa Morte (Portugal) e a Das Dores, que já era cultuada na Alemanha no século 13… Datena, que só perdeu em cultura religiosa para a entrevistada, arrematou: “No fundo, Nossa Senhora é a força da mulher brasileira”. Ô!!! Maria nasceu em Garanhuns!
Vamos agora ao comentário do petistíssimo apresentador sobre FHC. A pergunta a que ele se refere tem autor: Boris Casoy, seu colega de emissora, que ele não listou entre os jornalistas de valor da casa. O então candidato a prefeito de São Paulo não pagou o mico que paga Dilma, afetando uma crença que não tinha. Jamais chamaria Nossa Senhora de “deusa”. Disse que respeitava a religião dos brasileiros, mas não fingiu ser o que não era para ganhar votos.
Nossa Senhora? Então Dilma se declara “católica”. Lembro aqui duas afirmações que revelam essa intimidade com o catolicismo, extraídas de uma entrevista à revista Marie Claire:
- Abortar não é fácil para mulher alguma. Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização.
- Fui batizada na Igreja Católica, mas não pratico. Mas, olha, balançou o avião, a gente faz uma rezinha”.
Dilma é a católica que chama Nossa Senhora de “deusa”, que defende a legalização do aborto e que reza quando balança o avião. Daí seu Deus ser aquela tal “força superior” — ela pode estar confundindo com Lula…— na qual credita. Mas acredita mais ainda na “Deusa mulher”…
A Dilma que dá murro na mesa é mais autêntica, creio. Forçar esse figurino descontraído, “humano”, vai funcionar (ver post abaixo)? Não sei. Talvez os marqueteiros devessem deixar a candidata um pouco mais à vontade. Minc poderia acompanhá-la Brasil afora. Ao menor sinal de perda de controle, ele diria: “Calma, Vanda, Calma!!!”
Ex-blog de Cesar Maia:
DILMA NA BAND: UM FIASCO INACREDITÁVEL!
1. Assim como Serra, Datena convidou Dilma para uma entrevista. A performance de Dilma foi amadora, de iniciante. A começar pelo modelito vermelho meio acetinado que lhe deram, realçando seu perfil. A sua posição em pé, quase em diagonal, acentuava. Lembrava Dircinha Batista em "Entrei de Gaiato".
2. Dilma repetiu várias vezes o dedo em riste, que tanto lhe criticam. E ainda batia ou dedava o braço esquerdo de Datena que deve ter saído com um pequeno hematoma. Dilma não consegue completar o pensamento. Gagueja no meio das frases. Passa às pessoas insegurança ao não saber que resposta dar. E às vezes exagera na diagonal ao entrevistador, dando as costas ao expectador.
3. Usa "melulancolicamente" a expressão "a gente". Pela contagem do Twitter deste Ex-Blog isso ocorreu umas 63 vezes. Seu sorriso é meio sem graça. O entrevistador se impõe e ainda mostra que está tentando ajudar. Na resposta ao programa habitacional, Dilma meteu os pés pelas mãos, estendeu-se e não sabia como concluir. Datena deu-lhe a mão.
4. Datena pediu que cantasse uma música. Escolheu o tango argentino "El Dia que me quieras" e cantarolou. Nenhuma lembrança de uma música brasileira. Chocante. Que pelo menos fosse Cambalache, para compor a coreografia de suas respostas. No final, Datena lhe deu um minuto para dar uma notícia para os jornais do dia seguinte. Dilma não sabia o que ia dizer e balbuciou: - Esta entrevista a você.
5. Numa situação dessas e, Lula já tendo usado as "3 substituições", o que resta é ir com ela em frente. Talvez devessem fazer uma imersão com ela num destes cursos de telegenia e só deixá-la voltar às ruas quando aprovada. O risco é isso ocorrer depois das eleições
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Reinaldo Azevedo:
“A gente tem ainda um minuto e 40 segundos. O que a gente faz agora? Quer cantar?”
É…
Estava eu aqui, como a Inês de Castro, de Camões, “posto em sossego!, quando uma amiga avisa pelo MSN: “Dilma está no Datena”. Essa profissão não é bolinho, não! Lá vou eu. Já tinha perdido a primeira parte em que ela se disse devota de Nossa Senhora de Fátima. Como sintetizar a entrevista? Acho que esta fala de Datena diz tudo: “Temos ainda um minuto e quarenta segundos. O que a gente faz? Quer cantar?” Como a petista não tinha mais nada a dizer — e, de fato, tinha passado o tempo todo tentando dizer alguma coisa —, ensaiou: “El día que me quieras”… E soltou mais uns dois versos em “embromacíon“, a versão em espanhol do “embromation“.
Não foi o único momento constrangedor, não, daqueles que causam vergonha alheia. Faltando uns três minutos para o fim do programa, o apresentador mandou ver: “A senhora até agora não me deu a manchete. Diga alguma coisa pra ser manchete”. E ela, com aquela sua descontração natural: “Achei a entrevista com você o máximo!”.
Mas nem uma coisa nem outra foram o auge do constrangimento. Alguma coisa combinada nos bastidores não deu certo, e Dilma sofreu um apagão mental no meio da entrevista — espero que a Band mantenha a entrevista em seu site. Datena: “A senhora me falou que ia dizer uma coisa aqui pela primeira vez”. Dilma arregalou os olhos, passou a olhar desesperadamente o vazio em busca de algum auxílio, engrolou palavras sem muito nexo até que achou a idéia luminosa: “Eu quero dizer que eu amo o meu país e que já é muita coisa ter chegado até aqui”. E o apresentador um tanto surpreso com o comportamento basbaque dela: “Mas isso não quer dizer que já esteja bom”. E Dilma: “Não! Lembro sempre a mãe do presidente, que falava: ‘Teime, Lula, teime!’” Lula, Lula, Lula…
Temer
O entrevistador quis saber se Michel Temer (PMDB), presidente da Câmara, é um bom candidato a vice. Com “zero” de entusiasmo, ela disse que era um bom nome. Mas se negou a tratá-lo como o candidato do partido ao cargo. Ocorre que ele É O CANDIDATO do PMDB!
Foi difícil levar a coisa até o fim, como se nota. A fala de Dilma ia se fragmentando e se perdendo em anacolutos, com parênteses dentro de parênteses, onde ela intercalava frases, metendo apostos em apostos… O raciocínio não era um novelo que se desenrolava, mas uma grande embromação. Depois de algum tempo, ninguém entendia nada. E quem conferia alguma inteireza àquele caos de idéias quase claras? Acreditem: Datena!
Dilma tentou explicar o programa “Minha Casa, Minha Vida”. Não conseguiu. O apresentador ajudou: “É para dar moradia digna”. Isso! É para dar moradia digna!!!
Datena indagou o que ela pensava dos ataques (quais?) que FHC lhe teria desferido. Num sinal, talvez, de que a luta do suposto “bem” contra o suposto “mal” esgotou as suas virtudes eleitoreiras, Dilma fugiu da briga e disse apenas que a crítica é natural porque FHC é de um partido de oposição… Foi o seu melhor momento.
Faltam ainda seis meses. Vamos ver o que eles vão fazer agora.
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Reinaldo Azevedo:
A DECLARAÇÃO-BOMBA DE DILMA!!!
No texto que escrevi ontem sobre a entrevista de Dilma a Datena, informei que o apresentador lhe pediu uma revelação inédita, algo que ela não houvesse dito ainda a ninguém e que gostaria de dizer ali. Vai do comecinho do vídeo até 1min40s:
Transcrevo para a história:
DILMA - Olhe, eu queria dizer uma coisa assim… Eu acho que pra mim, tá?, esses anos que passei lá em Brasília, no governo federal, foi (sic) um momento especial na minha vida, Porque eu sou de uma geração que sempre quis transformar o Brasil, sempre queria um, um… país mais justo. E, aí, o que é que acontece? Acontece que a gente… Muita gente ficou pra trás. E, muitas vezes, né?, cê ficava pensando: “Mas será que, nessa etapa da minha vida, já pro…, já pra segunda metade, né?, eu vou ter essa oportunidade?” E eu quero te dizer o seguinte: eu me sinto muito feliz de ter chegado até aqui. Já sou muito grata por ter chegado até aqui. E, é…, uma coisa que fica muito dentro de mim, né?… Se ocê me perguntasse: “MAS O QUE É QUE OCÊ QUER DIZER MESMO COM ISSO? Eu quero dizer o seguinte: “Eu amo o meu país”. E, já ter chegado aqui, para mim, foi uma grande conquista.
DATENA - Isso não quer dizer que já é o suficiente, né?
DILMA - Não! Porque a gente, qualquer um de nós, quem tá me escutando sabe disso, homens e mulheres, uma das melhores coisas da gente é que a gente não desiste nunca, né? Nós não desistimos. Como dizia a mãe do presidente pra ele: “Teime, Teime Lula”. É isso que eu digo pra mim mesma: “Dilma, teime”.
Comento
O que é isso? Efeito da marquetagem. É a equipe de campanha dizendo à candidata que ela tem de se mostrar mais humana, fazer um discurso menos tecnocrático, ser menos rígida, mostrar-se uma pessoa amorável, cordata, doce, próxima… Tudo aquilo que ela não é.
Por isso acabou estrelando esse momento patético, em que fica tentando arrancar palavras do vazio para provar a sua ternura, forçando um certo suspense emocionado que termina na frase estupenda: “EU AMO O MEU PAÍS”. Mais: sua resposta dá a entender que já chegou longe demais…
O alinhamento de Datena com Lula, o PT e Dilma é conhecido. Atuou, durante a entrevista, como um advogado entusiasmado do governismo e tradutor do que ela dizia. Mas o esforço, parece, não foi bem-sucedido. Queria algo que, afinal, fosse notícia nos sites e nos jornais. Aos cinco minutos (desse trecho), cobra:
DATENA - Me dá uma notícia que vai sair no jornal amanhã. A senhora não me deu nenhuma até agora.
E Dilma respondeu com aquela descontração natural:
“A minha manchete é a seguinte: eu achei a entrevista com você o máximo!”
Dizer o quê. O petistíssimo apresentador, certamente sem querer, encerrou o programa com uma pergunta-emblema, aos 5min29s:
DATENA - Olha, é… Temos um minuto e quarenta, o que a gente poderia fazer? Dançar, eu não sei dançar; cantar um tango, eu não sei cantar. Eu acho que nós (sic) já esgotamos tudo que tinha de falar…
DILMA - Eu sabia cantar, mas a minha voz tá ruim também…
DATENA - Experimenta um pouquinho…
DILMA - Não, não… El día que me quieras
Pode não saber cantar. Mas, se não mudar a toada, tem tudo para dançar. Nem sempre haverá alguém ao lado com o talento de Datena…
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Reinaldo Azevedo:
UMA CANDIDATA CHAMADA “VANDA”. OU: DILMA ACABA COM O MONOTEÍSMO NA IGREJA CATÓLICA!
Escrevi aqui outro dia que, Dilma Rousseff, quando pertencia a grupos clandestinos, devia se encarregar de assuntos lítero-musicais, já que assegura não ter participado de nenhuma das ações armadas das três organizações terroristas que integrou: Colina, VAR-Palmares e VPR. Também deve ter lido a Bíblia com afinco naqueles tempos, daí a insistência em acusar a oposição de “lobos em pede de cordeiro”. Na, vá lá, “entrevista” concedida ontem ao tal Datena, da Band, a pré-candidata petista mostrou o que sobrou de tanta reflexão religiosa… Já chego lá.
“Calma, Vanda!”
Antes, quero lembrar aqui um bate-papo descontraído que Carlos Minc andou mantendo com os descolados do Rio. Segundo o ex-ministro do Meio Ambiente, quando Dilma, à frente da Casa Civil, ficava muito brava e dava murros na mesa, ele conseguia apaziguá-la dizendo estas palavras mágicas: “Calma, Vanda, calma!!!” Huuummm… “Vanda” é um dos nomes que Dilma teve na clandestinidade. O ex-ministro, diga-se, chegado a um verde, que hoje abraçaria troncos de árvore com emoção, já foi menos doce com pessoas. Será ele um lobo em pele de Minc (não resisti)?
No dia 31 de março de 1969, a Vanguarda Popular Revolucionária assaltou o banco Andrade Arnaud no Rio. Os terroristas mataram um inocente, o comerciante Manoel da Silva Dutra. Minc fez parte da operação. Dilma jura que não. Então fazia o quê? Estudava religião!!! É a conclusão a que cheguei vendo o trecho abaixo da entrevista a Datena. O trecho que interessa vai de 1min20s a 2min8s. Advirto: trata-se de uma cena forte. Reproduzo trecho da fala por escrito depois:
DATENA - Não sendo nem um pouco criativo, quando fizeram aquela pergunta pro Fernando Henrique, ele demorou três horas e meia para responder… A senhora acredita em Deus?
DILMA - Olha, eu acredito numa força superior que a gente pode chamar de Deus. Eu acredito e… E acredito, mais do que nessa força, se ocê (???) me permitir, acredito na força dessa deusa mulher que é Nossa Senhora.
DATENA - Nossa Senhora de Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de uma forma geral (!!!)…
DILMA - Todas essas múltiplas Nossas Senhoras (!!!) que existem por esse Brasil afora: Nossa Senhora das Dores, das Graças, Aparecida…
DATENA - Porque no fundo, no fundo, elas representam é…
DILMA - Nossa Senhora da Boa-Morte…
DATENA - No fundo, no fundo, Nossa Senhora representa a força que a mulher brasileira tem, né?
DILMA - Representa isso, eu acho, e representa uma coisa que todo mundo precisa: misericórdia. Ela representa muito isso. Proteção! Todo mundo precisa.
Comento
Começarei pelo aspecto mais, bem…, bizarro da resposta. Pode ser chato, mas nem a VPR teria mudado isto caso tivesse conseguido implantar a ditadura comunista e atéia no Brasil: as religiões monoteístas têm apenas um Deus. Assim, Nossa Senhora não é uma “deusa mulher” porque inexistem deuses e deusas no catolicismo — na verdade, no cristianismo. Só existe “Deus”, que se expressa nas três Pessoas da Trindade. O catolicismo reconhece a existência de santos — e Maria, a “Nossa Senhora”, está entre eles, recebendo denominações distintas de acordo com os locais de aparição ou com o tipo de culto que se faça à santa. Com alguma graça, poder-se-ia dizer que o Deus cristão é, sim, Três em Um, mas Nossa Senhora é Uma em Uma em suas várias manifestações.
O diálogo, como se estabelece num nível elevado, inclusive o teológico, permite que Datena indague em qual Nossa Senhora em particular ela acredita, incluindo uma nova: a “Nossa Senhora de Uma Forma Geral”. E a sapientíssima fala das “múltiplas Nossas Senhoras Brasil afora (sic). E quais são elas? A das Graças (França); a da Boa Morte (Portugal) e a Das Dores, que já era cultuada na Alemanha no século 13… Datena, que só perdeu em cultura religiosa para a entrevistada, arrematou: “No fundo, Nossa Senhora é a força da mulher brasileira”. Ô!!! Maria nasceu em Garanhuns!
Vamos agora ao comentário do petistíssimo apresentador sobre FHC. A pergunta a que ele se refere tem autor: Boris Casoy, seu colega de emissora, que ele não listou entre os jornalistas de valor da casa. O então candidato a prefeito de São Paulo não pagou o mico que paga Dilma, afetando uma crença que não tinha. Jamais chamaria Nossa Senhora de “deusa”. Disse que respeitava a religião dos brasileiros, mas não fingiu ser o que não era para ganhar votos.
Nossa Senhora? Então Dilma se declara “católica”. Lembro aqui duas afirmações que revelam essa intimidade com o catolicismo, extraídas de uma entrevista à revista Marie Claire:
- Abortar não é fácil para mulher alguma. Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização.
- Fui batizada na Igreja Católica, mas não pratico. Mas, olha, balançou o avião, a gente faz uma rezinha”.
Dilma é a católica que chama Nossa Senhora de “deusa”, que defende a legalização do aborto e que reza quando balança o avião. Daí seu Deus ser aquela tal “força superior” — ela pode estar confundindo com Lula…— na qual credita. Mas acredita mais ainda na “Deusa mulher”…
A Dilma que dá murro na mesa é mais autêntica, creio. Forçar esse figurino descontraído, “humano”, vai funcionar (ver post abaixo)? Não sei. Talvez os marqueteiros devessem deixar a candidata um pouco mais à vontade. Minc poderia acompanhá-la Brasil afora. Ao menor sinal de perda de controle, ele diria: “Calma, Vanda, Calma!!!”
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