domingo, 3 de janeiro de 2010

205) Comparacoes entre o tucanato e o petenato...

Comparar realizações sempre é bom, posto que elas nos dão uma medida do que efetivamente foi feito em termos de governança.
Mas, me refiro a comparações honestas, não o travestimento da realidade que nos é servido intensa e cotidianamente como nunca antes neste pais.
Abaixo, transcrição da transcrição, de Reinaldo Azevedo que por sua vez copiou um pedaço do Elio Gaspari. Em post seguinte a este, transcreverei dois outros posts antigos do Reinaldo Azevedo, que têm a ver com este debate.
Paulo Roberto de Almeida

ATÉ ELIO GASPARI RECONHECE, MAS…
Reinaldo Azevedo, 3/01/10

Leiam trecho da coluna de hoje de Elio Gaspari:

Não foi o PT nem o PSDB, foram os dois
O PROFESSOR Claudio Salm investigou os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 1996 e 2002 (anos tucanos) e daí a de 2008 (anos petistas). Ele verificou que a ideia segundo a qual Nosso Guia mudou radicalmente a vida do andar de baixo nacional é propaganda desonesta. Estimando-se que no andar de baixo estejam cerca de 50 milhões de pessoas (25% da população), o que se vê nas três Pnads estudadas por Salm é uma linha de progresso contínuo, sem inflexão petista.
Em 1996, quando Fernando Henrique Cardoso tinha um ano de governo, 48,5% dos domicílios pobres tinham água encanada. Em 2002, ao fim do mandato tucano, a percentagem subiu para 59,6%. Uma diferença de 11,1 pontos percentuais. Em 2008, no mandato petista, chegou-se a 68,3% dos domicílios, com uma alta de 8,7 pontos.
Coisa parecida sucedeu com o avanço no saneamento. Durante o tucanato, os domicílios pobres com acesso à rede de esgoto chegaram a 41,4%, com uma expansão de 9,1 pontos percentuais. Nosso Guia melhorou a marca, levando-a para 52,4%, avançando 11,3 pontos.
O acesso à luz elétrica passou de 79,9% em 1996 para 90,8% em 2002. Em 2008, havia luz em 96,2% dos domicílios pobres.
Esses três indicadores refletem políticas públicas. Indo-se para itens que resultam do aumento da renda e do acesso ao crédito, o resultado é o mesmo.
Durante o tucanato, os telefones em domicílios do andar de baixo pularam de 5,1% para 28,6%. Na gestão petista, chegaram a 64,8% das casas. Geladeira? 46,9% em 1996, 66,1% em 2002 e 80,1% em 2008.
O indicador da coleta de lixo desestimula exaltações partidárias. A percentagem de domicílios pobres servidos pela coleta pulou de 36,9% em 1996 para 64,4% em 2008. Glória tucana ou petista? Nem uma nem outra. O lixo é um serviço municipal.
Nunca antes na história deste país um governante se apropriou das boas realizações alheias e nunca antes na história deste país um partido político envergonhou-se de seus êxitos junto ao andar de baixo com a soberba do tucanato.


Comento [Reinaldo Azevedo]
Como se vê, são os números que provam a vigarice política do discurso do PT. Se até Elio Gaspari reconhece, não é? Se bem que ele o faz amparado num estudo insofismável, com dados do IBGE.

O que acho curioso é que Gaspari não consegue deixar de dar uma porrada no PSDB. Reparem que ele acredita que o partido não divulga adequadamente suas conquistas por “soberba”. Ora, por que um partido se orgulharia de não exaçtar as suas realizações?

A pergunta: não terá tido o partido um pouco mais de decoro em anunciar os seus feitos do que tem Lula em cacarejar até aqueles que não são seus?

Gaspari poderia ter lembrado, por exemplo, das primeiras palavras de Dilma Rousseff no programa eleitoral do PT: “Até 2002, o Brasil era um país que tinha tudo, mas não tinha nada…” EU APONTEI A MENTIRA DO PROGRAMA AQUI. E FUI PRATICAMENTE O ÚNICO NA IMPRENSA A FAZÊ-LO. O texto é este: POR QUE GOSTEI DO PROGRAMA DO PT, AQUELE VERDADEIRO SHOWROOM DE MENTIRAS. E a imprensa? Será que não erra nem um pouquinho com o governo FHC? E o colunismo?

Aliás, quantas foram as vezes em que o próprio Gaspari relevou alguns de seus feitos e quantas foram as vezes que preferiu falar naquela tal privataria? Com um particular senso de justiça, Gaspari está dizendo que a culpa da difamação é do próprio difamado.

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